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A importância do Rift Rivals para LPL

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Para surpresa de todo o mundo, a LPL conseguiu derrotar a toda poderosa LCK e de certa forma com tranquilidade, mas o que isso significa de fato? A LPL melhorou e agora consegue bater de frente com a LCK? A LCK só teve um campeonato ruim e por isso foi derrotada? Não é sobre isso que vou falar aqui.

Vou começar explicando como é o formato dos playoffs desse Rift Rivals que foi uma das coisas mais divertidas que eu já assisti em termos de formato de campeonato.

Os quatro times de cada região tem que decidir a ordem de quem vai jogar cada jogo da MD5, ou seja, existe um draft de times que tem que ser pensado com antecedência. Com isso, passa a existir planos de jogos e previsões de qual time vai jogar qual partida.

Quando uma partida terminasse, o próximo time a subir no palco tinha que ser anunciado, mas sempre seguindo a regra de que nenhum time poderia jogar mais de uma vez até todos os quatro times da região terem pelo menos uma partida na serie, assim todos jogariam. E com base nessa regra, a LPL montou sua estratégia

Para começar tivemos Samsung contra a EDG, que até então estava tendo um campeonato terrível e não tinha vencido nenhuma partida na competição. A EDG apesar de ter perdido todos os jogos tinha tido um bom jogo contra a Samsung na fase de grupos e acreditando nisso a LPL os escolheu primeiro prevendo que os três primeiros times da LCK seriam os três mais fortes, para assim eles conseguirem um 3-0 que era o resultado que todos esperavam. A LCK mandou a Samsung, um dos times que tinha terminado a fase de grupos 2-0, e assim a LPL já tinha todo o draft de partidas feito.

Foto tirada um dia antes da final com todos os coaches da LPL planejano o draft)

Com isso em mente, o draft era bem claro: se a EDG, que tinha feito um bom jogo contra a Samsung, ganhasse a partida, a LCK enviaria a SKT e foi o que de fato aconteceu.

SAMSUNG X EDG: a EDG teve o domínio sobre a partida e um fator importante para vitória foi o desempenho de Clearlove, que jogou pressionando bastante o Ambtion e ajudou Mouse a lidar com Cuvee na parte superior do mapa. Somando isso e o bom desempenho de Scout, o time mostrou o que, talvez, possa ser a sua verdadeira força.

Contando com a vitória da EDG sobre a Samsung a LPL enviaria a WE para enfrentar a SKT. Homme, coach da WE, estava realmente muito confiante que conseguiria vencer da SKT e deu para perceber isso durante as entrevistas antes dos jogos. Novamente foi o que aconteceu! Com essa vitória a LPL praticamente tinha ganho a final apenas com 2 jogos.

A LCK teria que enviar a KT na terceira partida para ainda ter alguma chance. Então, a LPL mandaria seu time mais fraco e com isso todo o campeonato cairia nas mãos do nono lugar da LCK (MVP) que estaria enfrentando o segundo time mais forte da LPL, a Royal Never Give Up.

Mas claro esse plano de jogo só foi possível, pois tanto EDG como WE ganharam seus jogos. Mas vamos lá, como a WE conseguiu ganhar da SKT? O draft dessa partida explica um pouco o que aconteceu!

Draft da partida entre SKT e WE pela final do Rift Rivals

Para começar o que mais chama a atenção é o fato da WE ter conseguido Galio, e isso tem uma explicação para ter acontecido. Na fase de grupos, a Cassiopeia de Faker destruiu o Galio do Xiye e, pensando naquele jogo a SKT optou por deixar Galio aberto, mesmo sabendo que no dia anterior a WE tinha conseguido ganhar da FW com uma composição parecida.

Com essa primeira rotação de picks muito forte da WE e sabendo da força do time com composições voltadas para o Kog’Maw, a SKT se viu em uma situação onde se eles pegam a Cassiopeia no ultimo pick da rotação, o Galio poderia ser jogado para outra lane. Se prevenindo disso, a SKT pickou a Karma que nessa situação era um flex muito bom e uma boa resposta tanto para o Galio quanto para o Kog na botlane.

A SKT querendo ter o bom matchup no mid acabou escolhendo Jax nas escuras e a WE voltou com Braum e Jarvan., Garantindo uma boa fase de rota contra o Jax. Tendo certeza que o Galio seria mid, a SKT resolveu repetir o matchup que havia sido muito tranquilo para Faker alguns dias atrás.

Entretanto, esse foi um dos grandes erros da SKT durante esse draft, acreditar que o Faker conseguiria repetir a grande atuação contra o Galio.

No inicio do jogo, Faker acabou perdendo as spells e morrendo para o Kog’Maw do Mystic, não conseguiu colocar a pressão que deveria colocar e o Galio conseguiu sair tranquilamente da rota para ajudar seu hypercarry na bot lane. Em um momento da partida, Faker não pode acompanhar o Galio e pronto. Tinha um Kog’Maw muito forte de um lado do mapa e um mid laner bastante atrás do outro ao lado de um Jax que se encontrava em um matchup nada agradável.  Esse jogo tinha terminado, assim como o campeonato.

Clearlove antes da terrível derrota para AHQ nas semis

Bom e o que isso significa no final das contas?

Que a LPL teve apenas sorte e conseguiu ganhar? Que a LCK não pensou muito bem em seu draft de partidas?

Bom eu não acho que foi nenhuma dessas coisas e também não acho que o resultado final é o mais importante aqui. O mais importante de tudo nesse campeonato foi a LPL aprendendo com seus erros durante a fase de grupos e semifinais, aprendendo a trabalhar junto e de fato, evoluindo durante a competição. 

A Edward Gaming que foi o pior time da LPL durante a fase de grupos conseguiu uma vitória incrível contra a Samsung, claro que se fosse uma MD3 ou MD5 entre esses times a historia seria outra, mas tenho certeza que esse campeonato ensinou muito para LPL e isso me deixa ainda mais ansioso para o Mundial, com pé no chão é claro, mas tendo a certeza que a LPL agora consegue de fato evoluir durante uma competição internacional.

BETBOOM
Calise
publicado em 11 de julho de 2017

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