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A Transformação da Longzhu

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Quando foi anunciada a repaginação da Incredible Miracle para Longzhu Gaming — e com isso um amplo investimento financeiro por parte da empresa chinesa Suning — , muitos ficaram no aguardo para saber o que a conhecida organização faria com tanto dinheiro. A Coréia, mesmo sendo a incontestável melhor região do League of Legends, recebe pouca compensação se comparada com a China e a América do Norte.

Tome como exemplo a gigante da tecnologia Samsung. Eles eram donos de duas das equipes mais prestigiosas do jogo: a Blue — que foi campeã e vice da antiga OGN — e a White, vencedora do Mundial de 2014. Mesmo assim, foram não apenas incapazes de segurar estrelas como Cho “Mata” Se-hyeong e Kim “Deft” Hyuk-kyu, como também optaram por não investir pesado para a temporada de 2015, o que resultou no último lugar do Spring Split.

A expectativa por um super time era grande. Não é sempre que uma organização — quanto mais coreana — reúne tantos jogadores consagrados em um só roster. Foi o que aconteceu: no dia 3 de janeiro de 2016, a Longzhu anunciou a contratação de uma equipe com dez jogadores. Nomes como Lee “Chaser” Sang-hyun, Shin “Coco” Jin-yeong e Lee “Fury” Jin-yong — que foram muito bem no ano anterior — figuraram a lista, assim como ícones na forma de Lee “Flame” Ho-jong e Kang “Cpt Jack” Hyung-woo.

O ten-man-roster da Longzhu (OGN)

Conforme as semanas da LCK Spring 2016 foram passando, contudo, a empolgação se dissipou e o time começou a ser tratado como piada. Eles não conseguiam encaixar uma boa sequência de vitórias, muito menos uma line-up fixa para representar a organização. A comissão técnica formada por Kang “Hirai” Dong-hoon e Ham “Lustboy” Jang-sik foi duramente criticada por isso, uma vez que, num mar de inconstância, trocavam os jogadores a cada rodada. “Como esse time vai encontrar uma sinergia?”, indagavam na época os analistas internacionais.

E não encontrou. Por mais que tivessem um bom Early Game — o quarto melhor da liga — , a transição para o Mid-Late era ruim — apenas a sétima melhor — , o que fazia os jogos durarem muito mais do que deveriam (média de 39 minutos por jogo). A Longzhu era mediana em capitalizar Dragões, primeiras torres e o Barão. No Summer Split, a situação só piorou. Eles passaram a ter o pior Mid-Late dentre todos os times, inferior até que ESC Ever e CJ Entus, que disputaram o rebaixamento. Ficaram, assim, respectivamente em sétimo e oitavo nas etapas daquele ano, muito longe do almejado na pré-temporada.

Era necessária uma mudança, dessa forma, para 2017. Se aquele elenco cheio de estrelas não dera certo, era hora de tentar novamente com outros jogadores de destaque. Deu-se espaço, então, para o coach Kim “SSONG” Sang-soo, Kim “PraY” Jong-in e Kang “GorillA” Beom-hyeon — o trio da ROX Tigers que acabara de conquistar a LCK — , assim como os mids Song “Fly” Yong-jun e Gwak “Bdd” Bo-seong. Koo “Expession” Bon-taek e Lee “Crash” Dong-woo completavam o conjunto.

No papel, era um experimento curioso que poderia dar muito certo. Afinal, no que antes a Longzhu precisava de um shotcaller, agora teriam GorillA para cumprir esse papel. A experiência e a liderança do suporte liberaria Crash para chegar ao próximo nível, quem sabe repetir o desempenho da sua estréia em séries, onde conseguiu um Flame Horizon sobre Park “Bubbling” Jun-hyeong. PraY seria o carry monstruoso, Expession seria uma rocha e Fly e Bdd dividiriam tempo de jogo de acordo com a champion pool necessária.

A primeira metade foi extraordinária, só perderam para os favoritos da kt, Samsung e SKT. As séries contra esses dois últimos, inclusive, foram muito apertadas e terminaram num 2×1. Foi na virada para a segunda parte, no entanto, que tudo foi por água abaixo. A Longzhu só conseguiu vitórias contra bbq Olivers e ROX Tigers, ficando assim 2–7 e terminando o split com a marca de 8–10, em sétimo lugar. Para confusão dos fãs, Bdd não jogou nenhuma vez.

Depois que a etapa acabou, veio à tona que a organização se encontrava no meio de problemas financeiros. O patrocinador chinês estava desistindo e por isso os jogadores não recebiam o salário prometido. Isso explica a queda repentina de rendimento. Ocorreu, então, um êxodo e SSONG, Expession, Crash e Fly tomaram novos rumos. Depois de tantas falhas e problemas no mundo do LoL, qual seria o próximo passo para a Longzhu?

No dia 23 de maio, anunciaram as aquisições de Kim “Khan” Dong-ha e Kim “Rascal” Kwang-hee para o topo e as titularidades do caçador Moon “Cuzz” Woo-chan e de Bdd. Foi uma transformação completa de ares para a Longzhu, que passou da mentalidade de contratar nomes famosos para jogadores não provados no profissional. Na fila ranqueada era outra história: Khan, Cuzz, Bdd e PraY ocupavam o top 10 e até Rascal conseguiu se juntar aos titulares nessa missão. Era muito talento natural nessa formação.

A nova Longzhu constrasta experiência e juventude (@kenzi131)

Khan veio de uma período de quase dois anos na China, onde passou basicamente despercebido. É fácil, por isso, confundi-lo com um estreante. Em entrevista, ele disse que “quando estava jogando na China, até mesmo quando estava assistindo do banco, eu tive vários momentos nos quais sabia que podia derrotar facilmente certos toplaners”. É isso que vem fazendo até então na LCK, com diversos outplays com campeões carregadores como Fiora e Renekton e sendo — surpreendentemente — um dos melhores da posição.

Cuzz, por sua vez, fez seu primeiro jogo de maneira modesta na vitória contra a KT Rolster. Esperava-se muito do jovem jungler, que fez apenas o feijão com arroz. Para um estreante, todavia, é impressionante que esteja colaborando para a dinâmica do grupo com os picks de Kha’Zix, Zac, Elise, Lee Sin, Rek’Sai e Gragas, e acumulando tantos pontos de MVP (500).

A última joia veio na forma de Bdd. O prodígio da CJ Entus começou a carreira sendo tido como “o novo Faker”, graças aos impressionantes highlights com Assassinos no YouTube. Por mais que não tenha jogado mal, o ânimo com o midlaner decaiu porque ele dividia tempo com Kim “Sky” Ha-neul. Depois disso, passou uma temporada no banco de Fly. Agora de volta à titularidade, o garoto ostenta estatísticas de veterano: tem disparado o melhor KDA da liga (10.9), o melhor diferencial de experiência aos dez minutos (178) e é o segundo melhor em CS aos dez (4,2) e dano por minuto (503). Tudo isso o garante, até agora, a liderança do quadro de MVP (800 pontos).

Como um conjunto, os Dragões dividem o terceiro lugar da LCK Summer com a KT Rolster, o qual massacraram na primeira rodada. Eles só foram derrotados para SKT, Samsung e Jin Air. Assim como em Spring, foram séries decididas no detalhe — especialmente contra Bae “Bang” Jun-sik e companhia. Estatisticamente, são o segundo melhor time em quesitos de Early Game, mas agora também possuem bom Mid-Late. Só precisam melhorar no controle de Barão e selva e no aproveitamento de CS.

O futuro é empolgante para a Longzhu. A Associação Coreana de Esports (KeSPA) vai administrar o time até o fim do ano, em resposta aos problemas com dinheiro. Por terem ido mal no primeiro split, a possibilidade de os vermos na China para o Mundial é pequena. Mas numa equipe tão explosiva, tudo é possível. Caso contrário, o desenvolvimento de Cuzz e Bdd só pode propulsioná-los para o topo do ano que vem e Khan, PraY e GorillA vão, sem dúvidas, se certificar disso.

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Rick Birman

por Rick Birman

Publicado em 10 de julho de 2017 • Editado há mais de 7 anos

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