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CBLoL 2019: As forças da Uppercut

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Mais uma vez nos aproximamos das etapas finais do segundo split do CBLoL 2019. Como de praxe, lançamos as moedas e fazemos nossas apostas em torno daquilo que acreditamos, e principalmente, com base no que temos visto. Não é a primeira vez que a Uppercut chega como um time forte na disputa pelos playoffs, também foi assim no split passado. Mesmo com as falhas e a decaída na reta final no semestre anterior, ainda me custa acreditar que isso possa acontecer novamente dessa vez.

Se mantendo como uma das poucas equipes que praticamente não fez nenhuma mudança no elenco, com exceção do caçador Hy0g4, o time fez uma aposta e um investimento bastante interessante em torno da sinergia que já existia entre Fitz, LeChase e companhia. Esse é um ponto a ser ressaltado, já que esse fator tem ficado cada vez mais evidente como um grande ponto forte. 

Mesmo a contratação de apenas um jogador dava o indício de que a organização queria reforçar a sua equipe, trabalhando com diferentes possibilidades dentro de jogo. Há quem pense que trocar apenas um jogador possa não resolver alguns problemas, mas a realidade é que qualquer substituição tem um grande impacto não apenas dentro de jogo, mas em como os jogadores irão se comportar de maneira geral.

Em alguns dos jogos mais recentes, quando Hy0g4 substituiu LeChase e a equipe saiu vitoriosa, muitos comentavam que o jungler português era o problema da equipe e por essa razão eles teriam vencido. Tendo a discordar que um jogador de maneira isolada seja o grande problema de uma equipe e acho que múltiplos fatores devem ser levados em consideração. É claro que é difícil ponderar sobre todos eles, já que não temos acesso às questões internas, mas não é possível afirmar que exista apenas um problema e concentrá-lo em uma único indivíduo.

A UP tem nomes relativamente novos do cenário, jogadores que estão construindo sua carreira e que, de fato, não são grandes estrelas. Não vejo isso como um problema, muito pelo contrário. Na realidade, em suas derrotas o que vi foram jogadores com muito potencial que pareciam não agir como coletivo ou não estar na mesma sincronia, por vezes eu sentia até uma certa falta de confiança para realizar algumas jogadas.

Não deveríamos discutir se Fitz, Anyyy e Alternative são grandes peças, porque eles estão lá e provaram que podem ser bons, mas precisamos discutir o que exatamente eles precisam para serem melhores e finalmente alcançarem os playoffs. Eu gosto de como a Uppercut tem apostado as fichas em seus solo laners, eles parecem muito mais confiantes nos últimos jogos.

Com o sentimento de confiança e segurança para assumir riscos, a tendência é que a comunicação dentro de jogo se desenvolva e é exatamente esse ponto que eu acredito que seja o ápice da equipe no atual momento. Algumas das jogadas mais recentes tem demonstrado exatamente isso, justamente porque quando eles jogam em sincronia e com a mentalidade certa sobre o que querem fazer, conseguem executar seu jogo com base em suas condições de vitória. 

Um time não precisa necessariamente de grandes estrelas, precisa de um coletivo forte e com um mindset alinhado. Um ótimo exemplo disso foi a KaBuM de 2018. Além disso, o trabalho da comissão técnica também precisa ser ressaltado como essencial para esse avanço. Muitas das fichas que eu mencionei anteriormente têm sido apostadas justamente nos drafts.

Eu definitivamente quero ver mais da Uppercut, sinto que eles podem chegar nos playoffs dessa vez e continuar ganhando das equipes que estão abaixo. Porém, seus próximos dois confrontos não serão fáceis. Os Cangurus enfrentarão a Team One e a CNB, que devem lutar com unhas e dentes para fugir das últimas colocações. E aí, o que estão achando da equipe nessa etapa? 

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Letícia Motta
publicado em 21 de julho de 2019

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