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CBLOL 2021: Diamondprox comenta sobre cenário brasileiro e elogia Lord Semi

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O 2º split do CBLOL 2021 começou e veio recheado de novos nomes trazidos pelas equipes que buscam a única vaga brasileira no Mundial de League of Legends. Nesta semana, o Mais Esports conversou com um dos recém-chegados, ninguém menos que Diamondprox, lendário jogador da Rússia que foi contratado pela FURIA.

O caçador de 28 anos chegou ao Brasil e já disputou seus dois primeiros jogos no CBLOL, válidos pela Semana 1 do 2º split, contra Netshoes Miners e KaBuM!, com uma vitória e uma derrota, respectivamente.

Diamondprox é o jungler da FURIA no 2º split do CBLOL 2021 (Imagem: Reprodução/FURIA)

Entre os diversos assuntos abordados, Diamondprox falou do Brasil como região e a evolução das Wildcards, ou “Minors”, no cenário de League of Legends. Para o jogador, o fato do Brasil estar afastado de outra região, principalmente região Major, é um fator importante e único do CBLOL.

O problema do Brasil como região competitiva, segundo Diamondprox

“Esse é o problema do Brasil. É isolado de qualquer região Major com uma grande quantidade de bons jogadores. Eu vejo muitos jogadores na SoloQ no Brasil, LoL é muito popular aqui, na minha visão, e mesmo assim não vejo essa quantidade de jogos na Europa, ou mesmo no NA, que são melhores que o Brasil”, afirma.

Mas, quais as chances de um time Wildcard performar bem num Mundial ou MSI? Para Diamondprox, é uma possibilidade remota. “Não vejo as regiões Wildcards indo bem nos próximos torneios internacionais. Podem ter surpresas, mas as chances são meio pequenas. Como o passar do tempo, alguns times vão evoluir, vão aprender a ter bons imports, ou talvez algum time aleatório vai juntar um talento puro, como a Moscow5”

Já sobre o nível do CBLOL em si, Diamondprox compartilhou suas primeiras impressões do cenário brasileiro e se diz surpreso com o que viu, citando a própria liga russa (LCL) como exemplo: “Quando eu jogava na LCL, na maior parte da temporada eram nós e outros dois times disputando no split, já aqui muito mais times podem vencer. Vejo seis equipes podendo vencer, isso é surpreendente e também interessante.”

Brasil x Rússia

Ainda na comparação entre Brasil e Rússia, o jungler conta que a estrutura da FURIA é bem melhor do que a de todos os times que disputam a LCL. “A estrutura, eu diria que é muito boa, porque gosto de como funciona. Sei que pode ser melhor, muito melhor. Não é no nível de alguns times profissionais de Esports, mas é de um nível muito maior de qualquer equipe da LCL. Muito maior, por isso está sendo tão bom para mim.”

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Com passagens pela Europa, NA e Rússia, Diamondprox agora se aventura no Brasil (Foto: Riot Games)

Por fim, Diamond deu sua receita do bolo para a evolução do Brasil como região competitiva, e ainda rendeu elogios aos jogadores profissionais brasileiros. “Acredito que, para uma região melhorar como um todo, você precisa ter um ponto de ruptura, a quantidade de jogadores profissionais numa região tem que ser uma certa % de toda a player base.”

Aqui, a quantidade de pro players que estão sendo ensinados apropriadamente a como jogar, ensinados a jogar o macro, como não jogar numa bagunça, é muito baixa. Na SoloQ tem muitos jogadores não educados, eles não têm a oportunidade de aprender com os outros. É um loop interminável da região não evoluindo como um todo, e se a região não evolui, os jogadores também ficarão estagnados, porque uma parcela do treino de um pro player depende da SoloQ. Então, estou surpreso que os jogadores daqui, os times, não são tão ruins quanto a SoloQ, eles estão num nível muito maior que a SoloQ. A SoloQ é muito pior em outras regiões, mas os pro players não são tão melhores. Eu diria que os jogadores brasileiros estão fazendo um ótimo trabalho na sua evolução, mas talvez a SoloQ os afunde um pouco.

“Lord Semi é um deus”, dispara Diamondprox

Por fim, ainda sobrou para um dos streamers e mono champions mais queridos do cenário brasileiro, Lord Semi. Conhecido por seu Rammus, ele não escapou dos olhos do experiente caçador russo, que viu a campanha da Tatu em chegar ao elo Desafiante no servidor EUW jogando do Brasil, e portanto, com um ping de 200, aproximadamente.

“Fiquei muito surpreso que ele conseguiu pegar Challenger no servidor europeu, com 200 de ping.[…] Jogando daqui, ele é um deus. Quando a jungle mudou, tentei prestar atenção e até jogar de Rammus e olhei as builds dele. Talvez eu aprenda um pouco”, conta.

Diamondprox começa 1-1 no CBLOL e enfrenta os finalistas

Diamondprox e companhia, na FURIA, seguem sua caminhada no 2º split do CBLOL 2021 no próximo fim de semana. Buscando as primeiras posições na tabela, as Panteras enfrentam os dois últimos finalistas do Campeonato Brasileiro. A paiN será a adversária no sábado (12), enquanto que a Vorax Liberty será o desafio do domingo (13).

Você confere a cobertura completa do CBLOL aqui no Mais Esports.

Veja também: “Provavelmente o player mais inteligente que já joguei junto” diz Anyyy sobre Diamondprox

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Vitor Ventura
publicado em 10 de junho de 2021

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