Em entrevista exclusiva ao Mais Esports, Jaime Pádua falou sobre como a FURIA está trabalhando para melhorar a qualificação da sua comissão técnica, e isso envolve a possibilidade de trazer treinadores estrangeiros para ajudar Maestro.
Assista à entrevista completa logo abaixo, o assunto acontece aos 1:08:30. Se preferir, leia a transcrição após o vídeo.
FURIA quer melhorar a qualificação da sua comissão técnica
O Maestro é um cara que está crescendo cada vez mais conosco. Ele tem um perfil para ir além de ser um treinador, talvez ser um General Manager, alguém que seja responsável por operações de LoL. É um cara incrível, que já é de casa e que gostamos bastante. No entanto, ele sabe das limitações que tem.
Quando a gente critica o cenário brasileiro, a gente não pode tapar os olhos e não olhar para o que temos dentro de casa. São caras extremamente dedicadas, mas que às vezes não têm a mesma exposição que tem outros treinadores na Europa, Ásia, EUA e por aí vai.
FURIA pensa em um treinador estrangeiro para ajudar Maestro a se desenvolver
Parte da nossa missão neste split e nos próximos não é só bootcamp para os jogadores, mas sim investir em conhecimento e educação para a nossa comissão técnica. Isso envolve talvez trazer um treinador coreano, cursos e sessões de treinamentos específicos com determinados times.
O nosso foco não é só simplesmente ignorar que não podemos melhorar, muito pelo contrário, se a gente prega essa evolução, eu quero garantir que não só o maestro, mas também toda a nossa comissão técnica, tenha condições melhores.
Parte da nossa estratégia para a FURIA neste split evolve ou trazer um treinador internacional para compartilhar essa tomada de decisão com o Maestro, ou trazer pessoas que vão atuar remotamente em pontos que o Maestro precisa desenvolver, mas queremos garantir que não só os jogadores, mas também os jogadores se desenvolvam por completo.
O quão importante é ter uma comissão técnica completa?
Eu acho que a galera superestima o que o treinador pode fazer, de verdade. Parece meio forte o que estou falando, mas uma comissão técnica não é uma pessoa que faz tudo, se vai muito bem ou muito mal, depende de como essa comissão está funcionando. Não dá para um treinador só ser responsável por tudo o que acontece no time. “Ah o cara jogou a lane mal, estratégia foi ruim, o draft…”, todas essas decisões são tomadas em conjunto por várias pessoas.
O treinador que faz um bom trabalho é o cara que consegue gerir muito bem os recursos que tem na mão. Ele precisa ter um cara que está fazendo scout, um que está olhando o draft, um que está olhando as lanes, ter pessoas que estão cercando ele com as melhores informações para a tomada de decisões ser a mais completa possível.
Jaime cita NFL como exemplo do que a FURIA deseja seguir
Um exemplo disso é a NFL, que tem treinadores para todas as posições do time, são muitas funções muito específicas que o Head coach não consegue atender, a não ser que ele esteja muito bem cercado. Então, ao mesmo tempo que no Brasil muitas vezes falta talento do ponto de vista de jogadores, também faltam comissões técnicas.
O nosso papel agora é garantir que estamos o mais bem cercado possível dessas pessoas, para quando o Maestro tiver que avaliar do ponto de vista de gestão e de tomada de decisão, ele consiga entender para qual lado precisa ir, pois ele é muito bom nisso.
A FURIA no CBLOL 2023 2° split
A FURIA chegará com uma line-up totalmente reformulada para o CBLOL 2° split. Após anunciar a saída de 4 jogadores, a organização apostará em novos talentos e velhos conhecidos da casa para o segundo split, líderados pelo mid laner Tutsz, que já foi campeão do CBLOL.
A escalação ficou da seguinte forma:
- Betão – Top
- Goot – Jungler
- Tutsz – Mid
- Ayu – ADC
- Zay – Support
Confira todas as mudanças já anunciadas e rumores da janela de transferências do CBLOL 2023.
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