O Mais Esports entrevistou em exclusividade o Head de Esports de LoL da América, Caco Antunes, para esclarecer diversas questões da comunidade. Um dos tópicos mais citados pela comunidade foi sobre este ser o último CBLOL.
Você acredita que o comunicado sobre as mudanças para 2025 veio rápido demais? Afinal, estamos no meio de um split competitivo no CBLOL, e muitas equipes talvez tenham que congelar suas estratégias por falta de segurança. Foi um erro de comunicação?
Olha, sobre isso, dois pontos. O primeiro, não foi um erro porque não há um momento exato que a gente possa fazer isso. Se a gente fosse fazer uma comunicação desse tipo depois da temporada competitiva, do tipo final de setembro, a gente não teria o tempo de preparar isso da forma correta com as equipes para uma temporada que começa em janeiro de 2025. Então, potencialmente, algumas equipes já teriam feito investimentos, não teriam tido tempo de avaliar se querem permanecer ou não na liga. A gente sabe que tem equipes que avaliam a continuidade do negócio pelo retorno que elas já tiveram nos últimos anos. Então, se a gente deixa para depois da temporada competitiva, sobra muito pouco tempo para preparar para janeiro.
Então, quando a gente fez a franquia também, a gente anunciou no começo do primeiro split de um ano que se transformaria. O que é mais importante para a gente é ter um tempo para que os times possam se preparar e a gente possa trabalhar com eles. Se a gente for deixar muito para o final da temporada, sobra pouco tempo para tomar uma decisão informada, fazer uma transição adequada e começar a temporada seguinte. Então, não achamos que o tempo foi inadequado.
Entendemos que há impactos nessa temporada e vamos conversar com todos os times sobre isso. E vamos entender as decisões estratégicas que eles fossem tomar. Com relação às informações que faltam para os times para soltarem suas estratégias ou reavaliarem suas estratégias, a gente teve uma primeira conversa com os times na segunda-feira. Já estamos começando um calendário de conversas detalhadas com os times do que é o que acontece em 2025. Não estimamos uma grande mudança em termos do que será a liga e o que será o calendário. Mas a gente está preparado para passar todas as informações para os times, inclusive de tier 2, para que eles possam tomar uma série de decisões.
Então, é um movimento que a gente acredita que é muito rápido para avaliar. E se os times tiverem alguma dessas pendências, essas informações que impactem decisões de 2024, a gente também já está com os canais abertos para mais rapidamente ainda tomar as decisões e dar suporte. Mas fazer essa comunicação no momento em que a gente tem tempo de dar suporte aos times é mais importante do que esperar a temporada competitiva acabar e fazer tudo ocorrer em três meses e ninguém tomar as melhores decisões.
E com tanta mudança, fica um clima de “matar ou morrer”, né? Como a Riot pretende manter a integridade competitiva da liga?
Olha, não entendemos como um risco de integridade competitiva porque a gente tem uma série de regras que garantem a integridade do campeonato agora.
Contudo, eu reconheço que a saída de quatro, ou três, porque a gente tem uma vaga de gás aí que a gente tem uma decisão estratégica para o primeiro ano para fazer. Tem a vaga convidada da Conferência Sul, que no primeiro ano é um convite que nós vamos fazer, que pode ser alguém do sistema ou alguém de fora, mas alguém que a gente acredita que realmente tem potencial para estar no Tier 1. E a partir do segundo ano, entra o modelo de Promo Relegation.
Então, haverá uma redução de times. Isso aí é em função, de novo, do objetivo maior, que é garantir para os times que ficam uma receita que seja viável para o negócio deles. Então, é um ajuste do negócio. Mas a gente já tem observado também que o acesso de novos jogadores, a gente está vendo esse fluxo de novos jogadores vindo da Academy para o CBLOL, já está provocando uma mudança nos talentos que estão acontecendo dentro do CBLOL.