Muitos torcedores da FURIA se surpreenderam com o anúncio das contratações de Krikor Mekhitarian, no Xadrez, e de Livinha Souza do UFC. Para entender o movimento da organização em direção aos esportes tradicionais, o Mais Esports conversou com Jaime Pádua, CEO da FURIA, a respeito do futuro da organização em relação as novas modalidades.
O Movimento FURIA
Para além de ser uma organização de esporte eletrônico, a contratação de atletas que não fazem parte do ecossistema de jogos visa expandir a área de influência FURIA. “Nosso objetivo como organização é criar um movimento sociocultural que vai além do jogo”, disse Pádua em entrevista exclusiva ao Mais Esports.
Para Jaime Pádua, esse movimento além do jogo será alcançado através “de performance e da nossa metodologia de trabalho”. Ainda de acordo com o CEO da FURIA, a organização quer “impactar positivamente cada mais pessoas e atletas”.
FURIA nos esportes tradicionais
A ideia de contratar esses atletas que não advém do esport “se tornou uma grande oportunidade”. Para Jaime, a metodologia utilizada pela FURIA “era muito forte para influenciar não só atletas de esportes eletrônicos, mas qualquer pessoas que buscasse trabalhar em alta performance”.
Nesse sentido, o executivo vê a FURIA, no futuro, como uma organização que não se enquadra apenas nos esports. “Acredito que vai ser cada vez mais natural ver a FURIA presente em mais modalidades, não se limitando apenas aos esportes eletrônicos’, apontou Pádua.
O CEO também revelou que a FURIA tem interesse em contar com mais atletas que não sejam do universo gamer. No entanto, Jaime Pádua não deu maiores detalhes, mas garantiu que a organização está “de olho em diversas oportunidades” e que novidades serão apresentadas em breve. “Fiquem ligados”, deu a dica aos torcedores furiosos.
A estrutura para os atletas
Se é conhecido como uma organização como a FURIA dá suporte aos seus atletas de CS:GO, LoL, VALORANT, Rainbow Six entre outras modalidade de esport, o mesmo não pode se dizer de atletas de esportes tradicionais. No entanto, Jaime Pádua revelou como a FURIA fará o suporte desses atletas dentro da organização.
Segundo o CEO, toda a infraestrutura no Brasil e nos Estados Unidos serão disponibilizados para Livinha Souza e Krikor Mekhitarian. Além disso, “toda nossa equipe técnica, com psicólogos, performance coach, médicos e entre outros profissionais” serão deixados à disposição dos atletas. “Atuaremos fortemente com a promoção dos nossos valores e filosofia, que são fundamentais para a evolução desses profissionais”, disse Pádua.
A surpresa
Os torcedores da FURIA sempre estão esperando alguma contratação de peso do cenário de esport, mas de uns tempos para cá, isso tem mudado. Apesar da contratação do enxadrista Mekhitarian, os fãs não imaginavam um outro anúncio que não fosse do meio gamer.
Há surpresa, mas também há o sentimento positivo, segundo o Jaime Pádua. Apesar da estranheza inicial, os torcedores compreendem esse novo movimento da FURIA e garantem o apoio à organização nessa nova fase.
“Acredito que houve uma leve surpresa, porém a torcida entendeu perfeitamente do que se trata. A marca FURIA é muito forte e de fato se tornou um movimento cultural que vai além do jogo. Portanto, o sentimento da torcida está cada vez mais positivo em relação a todas essas contratações”, concluiu Jaime Pádua.
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