
Após quatro fases qualificatórias em quatro países diferentes, muitas madrugadas de transmissão em português, jogadas incríveis, seleção brasileira fazendo bonito e o tailandês oPuTo sem bigode, a Copa do Mundo de Overwatch está cada vez mais próxima de sua fase final, que será realizada durante a Blizzcon nos dias 2 e 3 de novembro! Com isso, as previsões para qual será o resultado desse conglomerado épico de SR são diversas, por mais que a expectativa do Annyeonghaseyo Fatal ainda prevaleça. Então, partiu analisar as possibilidades para cada time das quartas-de-final!
AS SURPRESAS
• Austrália
Improvavelmente classificados, os australianos tiveram que passar por cima de pedreiras, como Suécia e Dinamarca, para conseguirem avançar no campeonato. Mesmo empatada justamente com estes times em número total de vitórias em série, foi na contagem de mapas vencidos que o pulo final do canguru foi dado!
Menção honrosa à Suécia, uma das favoritas à classificação, que, similar ao que aconteceu com um de seus atletas durante a Copa de 2016, desandou ao decorrer do qualificatório, apresentando um jogo mediano, descoordenado e frágil, o que abriu uma grande avenida para outros times sedentos pela vaga na Blizzcon. E, portando o verde-e-amarelo clássico de seus uniformes esportivos, a Austrália sambou nesta avenida, com grandes atuações de Custa, ckm, Trill e Hus, todos nomes conhecidos e experientes na cena australiana, sendo Custa jogador da OWL pela LA Valiant.
Porém, a alegria pode durar menos que o esperado, pois a Coreia do Sul será seu primeiro adversário nas quartas e não sei dizer se o coreano da Austrália está afiado, principalmente para pedir piedade ao inimigo durante a partida.
• China
Também classificada no grupo que continha a Austrália, a equipe era usualmente descrita como “quem vai ganhar tudo ou perder tudo“, justamente por não haver tanto conhecimento do que o talento chinês seria capaz de fazer em nível internacional. A Shanghai Dragons não estava envolvida na conversa, pois somente o suporte do time na época, Sky, foi chamado para a seleção. Porém, o receio do efeito Shanghai permaneceu uma realidade… até o primeiro jogo.
Coordenação em dia, jogo rápido – característico das regiões orientais -, uso excelente de estratégias com Sombra e alto potencial de jogadas individuais com destaque para o tanque guxue. Tudo isso junto fez com que a China não tomasse conhecimento dos adversários no grupo e trouxe muitas expectativas para o time, que, mesmo sendo zebra frente à experiente e forte Finlândia nas quartas, promete uma grande série!

OS CHEFÕES
• Coreia do Sul
Jogando em casa, os bicampeões do mundo não tiveram tantos problemas para passar por cima dos adversários, porém suaram muito a camisa para ganhar da Finlândia, com direito a disputa de última porcentagem no quinto mapa da série! Ainda assim, disciplina tática e leque estratégico foram os nomes do jogo, sendo a Coreia, inclusive, a responsável pela apresentação de alto nível de composições com o famigerado Wrecking Ball somado à D.Va e Sombra para agressividade sem limites.
Com novos jogadores no elenco – Fleta, Fury e Anamo -, a preocupação em não deixar a taça escapar se mostra cada vez maior e, embora o favoritismo para o tricampeonato permaneça em pé, já está com as pernas bambas. Pelo menos, o primeiro confronto da equipe, contra a Austrália, tende a ser tranquilo por conta da altíssima diferença de experiência e qualidade estratégica. Então, é só colocar um bom K-Pop e acompanhar o passei… digo, a partida numa boa!
• Finlândia
Eis a pedra no sapato coreano e uma das equipes mais fortes das quartas! Bebendo direto da gordurosa fonte europeia e seu Overwatch muito baseado em tanques, principalmente utilizando a composição GOATS, os vikings contemporâneos apresentaram movimentações e rotações muito interessantes e potentes, usando e abusando dos pontos fortes das composições escolhidas. Além disso, Widowmaker também virou sinônimo de Finlândia durante o qualificatório, mais especificamente de LiNkzr, provando que, se depender de mira, os finlandeses também estão preparados para bater de frente com qualquer um!
Ainda assim, enfrentar a China não será nada fácil, em especial pelo jogo rápido chinês que pode deixar a Finlândia confusa durante rotações e armações de jogada. Porém, a experiência somada ao bom momento da equipe dão ao time o status de favorito do confronto, e a nós a certeza de uma ótima série!

• EUA e Canadá
Duas equipes que vieram do mesmo grupo nos qualificatórios e, tirando os confrontos contra a seleção brasileira, não esquentaram muito a cabeça para obter a classificação. Muito era dito sobre os canadenses, porém a seleção americana mais uma vez provou que quando a água bate… eles conseguem nadar mais rápido que outras seleções. E, mesmo com algumas atuações individuais fracas, como a de Hydration, o pessoal do Tio Sam ficou em primeiro do grupo após um 3-1 sobre o Canadá.
Ambas as equipes possuem ótimos jogadores de Winston, boa dupla de suportes, especialistas em Pharah, possibilidade altíssima de Sombra, Junkrat e Genji, técnicos conceituados e experiência de sobra. Porém, nas quartas, o confronto canadense contra a França deve ser mais suado que o combate americano com o Reino Unido. Ainda assim, em ambos os casos, os chefões são favoritos a avançar!

AS INCÓGNITAS
• França e Reino Unido
Vindos do qualificatório de Paris, foram os únicos gigantes de seu grupo, que não ofereceu competição à altura. Com nomes conhecidíssimos de ambos os lados – inclusive alguns recém-chegados à OW League, como Kruise, NiCO e BenBest -, França e Reino Unido contam com elencos com potencial altíssimo.
Entretanto, foi-se o tempo que a antiga Rogue, representante da França na Copa de 2017, reinava no Overwatch mundial e que Boombox, suporte britânico, era o melhor Zenyatta do mundo com seu posicionamento e agressividade incríveis. Portanto, os próximos passos rumo ao campeonato mundial serão complicados para as duas equipes, que precisam manter o mesmo nível de jogo da fase de grupos e ainda estar em um dia bom, especialmente no caso britânico.
Os franceses enfrentam o Canadá, como dito anteriormente, e este promete ser um confronto inesquecível dessa Copa do Mundo; enquanto os britânicos, que tomaram 4-0 da França, precisarão correr para as colinas e organizar esse terreno elevado se quiserem levar a melhor contra os EUA!

Ok, Tonello, mas e a final? Quem leva o título?
Olhando a tabela abaixo, apostaria minhas fichas em uma final de Coreia e Finlândia, a revanche perfeita para se acompanhar enquanto se come Kimchi e deixa a barba crescer. E, neste caso, ainda vejo a Coreia do Sul como favorita ao campeonato, embora realmente espero que outra seleção leve o título. Não por um hate gratuito na Coreia – até porque adoro a filosofia coreana para os esports e tenha plena ciência de que tudo que os times e jogadores de lá conquistaram foi por puro mérito e qualidade – mas por saber qual seria o efeito disso em outras regiões do mundo. Tal fôlego de renovação pode ser muito importante para muita gente e imagino que, inclusive, a rivalidade da possível nova seleção campeã com a Coreia possa ser criada ou nutrida, o que gerará partidas ainda mais incríveis no futuro!

E você? Para quem vai a torcida? E o palpite? Deixa aqui embaixo da matéria e vamos trocar essa ideia! E ah, se alguém me vir pulando lá na arena da final, clipa e me manda no Twitter depois, por favor! Até semana que vem! :D