Na tarde desta sexta-feira (4), o Cruzeiro anunciou seu retorno ao cenário de Esports, o qual ele estava afastado desde o rompimento da parceria com a E Flix, feita de forma unilateral por parte da empresa, hoje detentora da vaga no CBLOL sob o nome de Netshoes Miners, além de outras modalidades.
O racha ocorreu em março, e três meses depois, a Raposa retorna ao cenário em um formato de parceria diferente do modelo anterior e já confirmando a participação em cinco modalidades: CS:GO (Times masculino e feminino), Valorant, Free Fire, FIFA e PES.
Depois do racha, Cruzeiro volta em novo modelo
Antes em um acordo de licenciamento com a E-Flix, o projeto de Esports do Cruzeiro agora será gerido pelo próprio clube, associado à F7WA Esports. Esta nova empresa, gerida pelo empresário Felipe Carvalho, é detentora de 30% do projeto e será responsável por prestar consultorias, encontrar patrocinadores para a organização e montar um modelo de negócios.
De acordo com o CEO do Cruzeiro Esports, Rodrigo Moreira, o investimento que o clube mineiro fará na sua volta aos Esports é com a intenção de ser plenamente competitivo. “As nossas metas são bem agressivas em relação à nossa participação nessas modalidades. Pretendemos participar da LBFF, por exemplo, da forma mais competitiva possível, não queremos só compor.”
Retorno ao CBLOL
Um dos campeonatos mais importantes que contava com a presença do Cruzeiro é o CBLOL. Apesar de ter participado do 1º split de 2021 como um dos sócios da Riot Games Brasil, tendo adquirido uma das vagas da Franquia, a Raposa acabou fora da competição por causa do rompimento com a E Flix.
Hoje, é a empresa que segue presente na liga, mas com o nome Netshoes Miners. Sobre um possível retorno ao League of Legends, Rodrigo afirma que o clube está de olho no cenário de LoL, e que considera a vaga no CBLOL como sendo do próprio Cruzeiro.
Porém, sem entrar em detalhes, ele conta que a questão está nas mãos do setor jurídico e a melhor forma de prosseguir com isso ainda não foi decidida.
Parceria com outra org do CBLOL é possível
Apesar disso, Rodrigo explica que o Cruzeiro não está fechado ao mercado. Usando como exemplo a parceria entre Vorax e Liberty, que fez a org catarinense voltar ao cenário de LoL, ele diz que o clube mineiro estuda estas possibilidades.
“Ainda não tomamos a decisão, se é melhor irmos atrás de uma parceria ou começar uma equipe do zero. A vantagem do mercado de Esports é ter essa possibilidade aberta e temos que estudar os riscos e ganhos de cada estratégia”, declara o dirigente.
Uma vaga nas Franquias do CBLOL custa a partir de R$ 4 milhões, caso a organização já estivesse presente nos circuitos oficiais de LoL da Riot Games, ou R$ 4.4 milhões para empresas e marcas novas no cenário.
LBFF na mira
Além do League of Legends, o Cruzeiro já estava presente na LBFF, porém, desta vez a organização já confirmou que vai atrás do retorno ao battle royale da Garena. Diferente do campeonato da Riot, a Liga Brasileira de Free Fire não está em um sistema de Franquias, portanto, novas organizações podem chegar à elite sem necessariamente comprar uma vaga, através das promoções feitas dentro das próprias Séries B e C.
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