O youtuber Basically Homeless viralizou nesta semana após apresentar um experimento inusitado no Counter-Strike 2: um sistema de mira assistida com impulsos elétricos diretamente no braço. O objetivo? Reduzir o tempo de reação para menos de 100 milissegundos — sem recorrer a trapaças no software do jogo.
Como funciona o “hack de choques” no braço
O projeto combina visão computacional, eletrônica e estímulo muscular. Um programa com inteligência artificial escaneia a tela em tempo real usando o modelo YOLO para detectar inimigos.
Quando um oponente é identificado, o sistema calcula a direção relativa ao centro da mira e ativa um conjunto de eletrodos posicionados no braço do jogador.
Um doido criou um sistema que estimula os músculos com eletricidade, fazendo com que as mãos mirem automaticamente em alvos no CS. O programa lê a tela, um transmissor envia os dados e os controles elétricos fazem a parada. O tempo de reação é inferior a 100 ms pic.twitter.com/UOfxYd9dzt
— Não Intendo (@blognaointendo) August 14, 2025
Esses eletrodos, alimentados por uma unidade de estimulação muscular (EMS), enviam pequenos choques para músculos específicos, contraindo-os de forma involuntária e movendo a mão na direção certa — seja para a esquerda ou direita. A execução é controlada por um Raspberry Pi que recebe os comandos do PC e aciona os relés corretos.
Sensação de “computador tomando controle do corpo”
Nos primeiros testes, o braço de Basically Homeless começava a se mover em menos de 100 milissegundos, atingindo tempos de reação considerados “desumanos”. No entanto, o impacto físico dos choques era desconfortável, e o susto constante fazia com que ele errasse tiros com frequência.
Com o tempo, o sistema foi aprimorado: ele trocou o modelo genérico de detecção por um específico para personagens do CS2, ajustou a latência do hardware e passou a distinguir aliados e inimigos com mais precisão. O toque final foi um “neuromuscular triggerbot”, que contrai automaticamente o dedo do gatilho quando a mira passa sobre a cabeça de um inimigo.
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Funciona mesmo ou só assusta?
Apesar das melhorias, a experiência ainda é uma montanha-russa. Em alguns momentos, o youtuber descreve a sensação de ter o braço controlado por uma inteligência artificial, enquanto em outros nem percebe se foi ajudado ou não. O sistema também comete erros, como mover o braço para companheiros de equipe por breves instantes.
No fim do experimento, ele conclui que, com ajustes finos como relés mais rápidos e conexão por cabo, seria possível alcançar reações abaixo de 50 ms. Mas deixa uma dúvida no ar: vale a pena usar os poucos momentos de lazer sendo eletrocutado no braço para mirar mais rápido? Assista ao vídeo completo:
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