A BOOM foi a grande campeã da Gamers Club Masters. A equipe tirou o reinado da paiN na competição após vencer por 2-0. Depois do título, Apoka, treinador da BOOM, concedeu uma entrevista coletiva à imprensa.

O treinador falou da sensação de vencer a competição e da jornada da BOOM dentro da Gamers Club Masters. De acordo com Apoka, a evolução do time foi o grande diferencial do quinteto dentro da competição que é de tiro curto.
“Sensação muito boa [de vencer a GC Masters]. A gente começou a crescer muito no campeonato e isso é o grande ponto positivo do time. Dentro do torneio, melhoramos em todos os jogos. Contra a equipe mais difícil do campeonato [paiN] fizemos dois jogos muito bons. Estamos muito felizes, os meninos também, e isso me alegra muito. Precisa estar feliz mesmo por um título difícil de ser conquistado e devem comemorar bastante”, disse à imprensa.
Apoka também se posicionou a respeito de provocações. O treinador vê as ‘farpas’, como é dito, é positivo, mas que algumas equipes e pessoal “faltam um pouco para esse crescimento”.
“Acho que farpas e a rivalidade, uma entrevista é legal, ter aquela brincadeira, mas algumas equipes, pessoas faltam um pouco para esse crescimento, que a gente tente se unir. O cenário NA e principalmente o europeu tem muitos times e algumas pessoas que precisam mais evoluir e acaba rolando um desgosto entre os jogadores. Acaba criando uma inimizade indireta em uma região que não tem tantos times e eu fico até perplexo. Acaba o campeonato, vamos treinar com a paiN, Isurus e ainda tem outros que falam que é panela. A paiN contratou o saffee que provavelmente era um cara que quando treinou com eles jogava sério, tentava e hoje está em um dos melhores times do país e que pode brigar pelo mundo”, falou.

A motivação não é algo tão presente no ambiente da BOOM, segundo Apoka. O fato dos jogadores serem experientes (felps e boltz tem passagens vitoriosas pela SK Gaming, por muito tempo a principal equipe do Brasil) é um fator que ajuda na motivação natural da equipe. Sua função, revelou Apoka, é colocar dificuldades em treinos para que melhorem sempre.
“Eu acho que eles são bastante motivados, por eles serem bastante rodados não preciso ficar fazendo isso [motivá-los] e na minha função eu coloco algumas dificuldades nos treinos, temos planejamentos de campeonatos que vão nos motivando. Agora que tivemos um resultado negativo [derrota para a Vivo Keyd] a galera ficou “pô, quero ganhar”. Então a motivação vem deles mesmo”.
Uma coisa que motiva a BOOM, sem dúvidas, é a classificação ao Major do Brasil. “Temos o objetivo de ir ao Major pelo qualificatório sul-americano e sempre falo para eles que temos o privilégio de trabalhar com esporte eletrônico, ter um salário bom, então o mínimo que precisamos ter é seriedade e motivação sempre para fazer nosso melhor e eles estão fazendo isso muito bem”.

Com a experiência de anos atuando no exterior e contra as melhores equipes do mundo concedem à BOOM um jogo diferenciado. O jogo em equipe é essencial para isso e para que o quinteto possa se sair bem contra quaisquer outras equipes adversárias.
“Nosso time, no meio do round, tem muitas calls combinadas ali na hora e todo mundo sabe muitos fundamentos. É algo que não é combinado e eles sabem puxar e fazer isso. Esse teamplay é um grande diferencial da gente e esperamos continuar com ele, melhorando cada vez mais”, falou Apoka.
A equipe enfrentou problemas nos treinos antes da Gamers Club Maters, mas conseguiu superar esses problemas para vencer a competição de forma dominante. O treinador revelou que as equipes que disputaram o campeonato não treinaram entre si e que isso dificultou um pouco a preparação.
“Conseguimos driblar [os problemas de treino no Brasil] porque nossos cinco jogadores são muito bons. Nossos treinos pré-GC Masters foram muitos ruins, a gente teve alguma parcela em alguns mapas porque a galera desmotivava, mas os times da GC Masters não treinaram entre eles e foram treinos muito ruins. Passamos essa dificuldade de treino, claro que todo treino tiramos alguma coisa boa, e o modo de driblar isso é a gente ser o mais sério possível e pedir seriedade de todos os times que estão treinando. Isso afeta, mas não é o diferencial no campeonato. Tá aí provado, a gente não treinou bem mas no campeonato fomos campeões, mas acho que vai ajudar todo mundo a crescer”.

Apoka apontou yeL como MVP do campeonato. O treinador não poupou elogios para falar do seu capitão durante a Gamers Club Masters. O comandante do time dentro do jogo tem papel fundamental de coordenar as ações da BOOM dentro do servidor, de acordo com Apoka. A equipe tem jogadores que gostar de jogar soltos e para que isso possa vir junto com uma disciplina tática que dê sustentação ao time é importante que o capitão esteja preparado para lidar com isso.
O yeL é capitão de um time com quatro moleques que adoram sair correndo e dar bala em todo mundo e só por isso ele já ganha um ponto. Além disso, ele é AWPer e tem a função de uma arma com funções que precisa seguir e muitas vezes não pode fazer tudo o que quer para deixar os outros jogarem”, disse.
Para exemplificar sua fala, Apoka citou um round pistol na Dust 2 onde shz foi o destaque da rodada, mas que sem o suporte de yeL provavelmente não teria tido o sucesso que mostrou na hora dentro do servidor.
“No nosso pistol de CT na Dust 2, o shz deu três headshots e todo o time elogiou o shz. Quando eles pararam de falar, eu falei e disse: “shz, você jogou muito, mas yeL você é foda”. Ele comprou duas flashs, se posicionou no lugar certo, fez a primeira flash, o shz matou o primeiro e depois fez a segunda e o shz matou mais dois. Se eles não estivessem cegos, com certeza o shz ia morrer. Esse é um round que condiz muito o que o yel é nosso time. Ele é um monstro em utilitário. Para mim, Apoka, ele foi o MVP do campeonato”, concluiu.
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