A renovação de cinco anos dos jogadores da FURIA Esports tem sido um dos tópicos mais debatidos do Counter-Strike: Global Offensive nos últimos dias. Para o CEO da organização, Jaime Pádua, ela nada mais é do que “incentivo e demonstração de confiança” ao projeto.
“Nós acreditamos que o contrato serve como incentivo e demonstração de confiança sobre o nosso potencial nos próximos anos. No documento, prevemos diversas situações no qual os ganhos dos jogadores podem aumentar ou diminuir de acordo com a sua performance e popularidade. Portanto, estamos tranquilos que os jogadores continuarão jogando em alto nível e que nossa trajetória está apenas começando”, afirmou Pádua em entrevista à HLTV.
“Um contrato mais longo dá mais segurança comercial para as grandes marcas que buscam se atrelar a FURIA, diminuindo assim o risco aparente de se associarem à um projeto relativamente novo. Além disso, com esse prazo temos a possibilidade de dar continuidade ao trabalho de valorização da carreira profissional de nossos atletas, indo muito além da parte in game, mas também cuidando da imagem deles e construir formas alternativas deles ganharem dinheiro com sua própria marca com excelentes acordos comerciais, parcerias e tudo mais”, explicou.
O CEO deu mais detalhes sobre a renovação e destacou que os novos vínculos são bem diferentes dos antigos.
“O novo contrato foi elaborado com apoio de advogados renomados e é bem diferente do contrato mais antigo. Nesse novo modelo, prevemos cláusulas que protegem os jogadores, como redução da multa caso sejam colocados na reserva, um ganho-base fixo mais alto, entre outros assuntos. Além de mantermos as bases progressivas de performances que são muito interessantes para os atletas e também para a organização. Ajustamos proporcionalmente a multa dos jogadores mas nada que seja além das bases do mercado”, explicou.
Pádua também falou do assédio sofrido pelos jogadores – o último alvo foi Yuri “yuurih” Gomes, sondado pela MIBR.
“Tanto nossa equipe quanto os jogadores receberam propostas de inúmeras organizações. Porém, todos eles possuem bastante maturidade e profissionalismo para focarem nos treinamentos e competições, independente do que pode acontecer fora do jogo. E isso é de fato uma das características que fazem eles serem tão fortes em termos de performance. Talvez nosso maior investimento, desde o princípio, seja na parte psicológica. Estamos todos muito focados”, contou.
VAZAMENTOS
Depois do contrato vazado pelo site Dexerto ter sido desacreditado por nota oficial da FURIA, o CEO voltou a negar a veracidade do documento.
“Houve muita maldade em tudo isto. Primeiro ponto é que este arquivo que vazou não era nosso contrato. É um documento que sequer está assinado. Mesmo que aquilo fosse um rascunho, o que não temos como verificar sem saber a fonte do jornalista, há um claro recorte feito deliberadamente para tentar prejudicar a nossa organização”, afirmou Pádua.
“O nosso contrato dos jogadores tem uma baseline de pagamento, mais uma grande parte de bônus de performance. Ou o documento que o jornalista utilizou não era nosso ou ele foi editado para sustentar aquela remuneração sem pé nem cabeça. Essa história toda é muito mal fabricada”, completou.
O CEO apontou que o site não o procurou, ao contrário do que é afirmado na matéria, e que o advogado consultado “se prestou ao trabalho de analisar um documento sem assinatura, autor ou titularidade”.