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CS:GO: MIBR, Luminosity e DETONA buscam se provar na Pro League

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MIBR na Qudos Bank Arena, em Sydney, na Austrália (Foto: Helena Kristiansson/ESL)

Três equipes brasileiras chegam às finais da 9ª temporada da ESL Pro League em situações diferentes, mas com um objetivo comum. MIBR, Luminosity Gaming e DETONA Gaming buscam se provar em Montpellier, na França.

A competição começa na próxima terça-feira e vai até o domingo. No total, 16 times brigam pelos US$ 600 mil e pela chance de concorrer ao Intel Grand Slam.

Confira a cobertura completa das finais da 9ª temporada da Pro League no Mais Esports

Entre eles estão os três brasileiros. A DETONA está no Grupo A, enquanto Luminosity e MIBR fazem parte do Grupo B. As chaves são disputadas em eliminação dupla, com o jogo de abertura em md1 e os demais em md3.

As três jogam já no primeiro dia. A DETONA enfrenta a Heroic do brasileiro Luis “peacemaker” Tadeu às 8h10. Às 10h30, a Luminosity enfrenta a HellRaisers e a MIBR enfrenta a mousesports.

FORA DO TOPO

A MIBR não é mais o melhor time brasileiro do mundo. Ao menos é o que diz o ranking da HLTV, a grande referência do mundo do Counter-Strike. Pela primeira vez desde a sua criação em 2015, a lista mostra o time de Gabriel “FalleN” Toledo atrás de outra equipe verde e amarela, a FURIA Esports.

A MIBR não é mais a menina dos olhos da comunidade brasileira. O declínio, que se iniciou em 2018, permitiu que o time fosse ultrapassado, no ranking e no gosto popular, por um quinteto bem menos experiente e com um currículo modesto.

Na França, a luta é para começar a retomar esse posto. O último grande título internacional da equipe, ainda como SK Gaming, foi justamente em uma decisão de Pro League – já se foram 18 meses desde então.

Apesar do tabu longínquo, o time ainda seguiu muito popular entre os torcedores e os especialistas, que seguiam apontando os brasileiros como um dos melhores times do mundo. Agora, com a FURIA nos holofotes, a MIBR tem a motivação e o momento perfeito para voltar a dar alegria aos torcedores brasileiros.

Em entrevista à HLTV antes da ECS, FalleN avisou que a MIBR não queria ser ultrapassada pela FURIA.

“Para nós é ótimo ver um outro time surgindo e é uma razão para ter orgulho, porque nós abrimos esse caminho para tantos jovens jogadores brasileiros começarem a pensar sobre ter uma vida no CS. Por outro lado, não queremos ver outro time tentando tirar nossa posição de melhor time brasileiro, você sabe (risos). Eu acho que eles estão longe disso, mas certamente estão no caminho certo, são um time que já começamos a admirar por conta do jeito de jogar”. Mesmo que tenha falado em tom de brincadeira e antes da atualização do ranking, o Verdadeiro deixou claro que não quer perder seu posto – e que a FURIA ainda não o tirou.

A história deste time não se discute e dificilmente alguém vai repetir o que eles fizeram. A cobrança é pelo que eles ainda podem fazer, que todos acreditam ser muito mais do que foi feito de dezembro de 2017 para cá. Fora do topo, a MIBR tem a chance inédita de reconquistar corações e rankings.

INCERTEZAS

A última vez que a Luminosity disputou uma grande lan internacional foi em novembro de 2018, na IEM Chicago. De lá para cá, pouco se viu da equipe que já foi vice-campeã de major.

A LG, portanto, é um mar de incertezas. Esses jogadores ainda rendem juntos? Vale a pena esse time seguir morando nos Estados Unidos? Uma mudança na escalação é necessária? Essas são apenas algumas das perguntas que o torcedor se faz, já que pouco se sabe sobre esse time.

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LUCAS1, da Luminosity, durante a IEM Chicago em 2018 (Foto: Helena Kristiasson/ESL)

Desde a entrada de boltz em janeiro, o time só jogou um presencial, a primeira fase da Pro League. O resultado foi ótimo e a LG conseguiu se classificar em primeiro lugar, superando a MIBR. Sinal claro de evolução? Nem tanto.

O desempenho online continua sendo um problema e, para um time que ainda não tem o prestígio suficiente para ser convidado para torneios presenciais, isso prejudica demais. Mais recentemente, a LG foi eliminada do qualificatório fechado do minor pela Team One.

A final da Pro League é uma chance rara da Luminosity se mostrar na lan, mas não se sabe se ela será o suficiente para responder as perguntas. Resta torcer para que o time mostre serviço – não só na França, mas também na internet.

A VERDADEIRA ESTREIA

A DETONA fará sua verdadeira estreia em palcos internacionais na França. Quando viajou para a primeira fase da Pro League, a equipe comandada por André “tiburci0” Rossetto só enfrentou adversárias latinas. No Esportal Global, mesmo que o resultado tenha sido ruim, as adversárias eram desconhecidas.

Agora, diante dos melhores times do mundo, a DETONA tentará mostrar seu valor. Claro que um resultado negativo não será definitivo, essa é a primeira vez que os cinco jogadores enfrentam uma competição tier 1 e uma eliminação precoce não significa que o time não é capaz de ter futuro no cenário internacional.

De qualquer modo, tudo será colocado em teste, desde a qualidade individual de jogadores como Wesley “hardzao” Lopes e Vinicius “v$m” Moreira até a capacidade de liderança e leitura de jogo de tiburci0 diante dos principais capitães do mundo. Mesmo que o objetivo seja conseguir experiência, a DETONA, com certeza, vai querer aprontar. E tem potencial para isso.

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Roque Marques
publicado em 17 de junho de 2019, editado há 5 anos

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