Ricardo “dead” Sinigaglia não mediu as palavras na última edição do voice_enable. Entrevistado no programa do Mais Esports, o manager da MIBR abriu o jogo sobre uma série de acontecimentos dos últimos quatro anos.
Confira alguns trechos da entrevista e assista ela na íntegra (no topo da matéria):
“Competitivamente falando é ruim, mas é bom, rentável. Você tem que ter tempo para passar na televisão. Não dá para você achar que a Globo vai dar 15 horas da grade deles para mostrar um campeonato”
Sobre o formato da BLAST Pro Series
“É o que acontece com a maioria dos jogadores de CS. A namorada afunda o cara. Não é nada contra ela ou contra nenhuma namorada. Simplesmente é que você está num ambiente em que você tem seis ou sete pessoas que dependem de você para isso. Se você não está com a mesma cabeça que essas pessoas todas, infelizmente você tem que ser sacrificado”
Sobre a saída de Caio “zqk” Fonseca em 2015
“A gente foi jogar o major com TACO, zews e fnx nunca recebendo um real da LG. Era tipo: ‘entra aí, a gente vai pagar depois’. Eles nunca receberam um real”
Sobre o título da MLG Columbus 2016, o primeiro de major do Brasil
“A gente não saiu de graça. Você acha que a LG foi comprar time de CoD, crescer como organização com o dinheiro da onde? A SK pagou, não vou entrar em valores, mas pagou uma boa quantia para que pudéssemos jogar o major de Cologne pela SK”
Sobre a transferência para a SK Gaming em 2016
“A falta de motivação dele não é entrar no jogo e jogar. Para mim o que parece é para você jogar uma hora em uma final ou campeonato você tem que ter três meses de treinamento para que tudo dê [certo] lá. Treinar é cansativo, maçante. Para quem já faz isso há 15 anos é mais cansativo ainda. E eu acho que é aí que ele se perde”
“O que aconteceu com o felps foi que ele simplesmente cansou. Perdemos o major, aí já não é mais o melhor time. Como um bom brasileiro se acha um culpado. Acharam o felps. Aí o cara entra numa espiral, as coisas começam a não dar certo, o cara tem saudade da família. E ele é um cara bem família mesmo, ele vive em função dela. E ele pediu para sair”
Sobre a saída do felps em 2017
“O boltz foi uma das grandes coisas para irmos para a Immortals. Eles disseram ‘vocês querem jogar com o boltz? Ele tem contrato comigo’. ‘A mais precisamos dele para a Rússia’. ‘Então vamos conversando melhor, porque vocês querem ele, eu quero você e isso e aquilo’. E o boltz foi o maior trunfo da Immortals para pegar a gente. Se o boltz não estivesse na Immortals aquela época eu não sei se estaríamos dentro da Immortals hoje.
Sobre a negociação com a Immortals
“Eram NiKo e shox que a gente queria. O shox não poderia vir porque tem esposa, alguma coisa [do tipo], mas ficou lisonjeado pelo convite, isso e aquilo. Falamos com NiKo e rain, o rain não quis vir. Com o rain não vindo o NiKo também não viria. Aí pensamos s1mple e KRIMZ. O contrato do KRIMZ ia acabar e ele viria de graça, mas não rolou. Aí o s1mple falou do flamie e falei ‘opa, vamos ver’. Conversamos, fizemos reunião, isso e aquilo. [O s1mple falou] ‘eu vou, eu vou’, tudo certo. Para você ter uma ideia, o flamie estava no aeroporto quando houve a notícia que o s1mple não iria mais”
Sobre as especulações do s1mple
“O que propomos para a FURIA? A gente acha que o moleque é bom e gostaríamos de contar com ele, entendemos que ele tem um buyout. Mas, por ele não ter muita experiência e não ser provado, gostaríamos de o empréstimo de um ano. Para você ter uma ideia, do jeito que eles tentaram estruturar, o empréstimo ficaria mais caro do que o buyout”