Confira a manchete feita pelo portal da CNB ( mycnb.com.br ):
Com jogadores promissores do cenário nacional, o Frequency nasceu em meio a um excelente momento vivido pelo mercado de League of Legends no Brasil, por iniciativa do designer gráfico George Domit, de 32 anos, que decidiu fazer um investimento de alto risco.
Ele contratou uma equipe que não poderá participar dos principais eventos do ano, organizados pela Riot Games Brasil, pois os jogadores estão banidos de campeonatos oficiais até março de 2015, acusados de terem praticado elojob – quando uma pessoa é paga para melhorar o nível da conta de terceiros.
Com a imagem manchada por conta do episódio, o AD Carry André “esA” Pavezzi sabe que sua equipe não encontraria espaço em outras empresas. “A maioria das organizações preza pela imagem com os patrocinadores”, afirma.
Mas Domit decidiu dar um voto de confiança aos cyber-atletas banidos. “Existe ‘vida’ além da Riot”, sentencia. “E isso vai fortalecer a equipe, pois é uma situação que estão passando juntos. É muito fácil ajudar quando todos estão ganhando. Hoje eles estão por baixo, mas e quando o ban acabar?”
George Domit é designer gráfico e resolveu se aventurar nos esportes eletrônicos (Foto: Arquivo Pessoal)
O designer, que fez divulgação de jogos, mas nunca havia se envolvido com esportes eletrônicos, sentiu que era a hora de entrar para o segmento, investindo parte do dinheiro que ganha com startups (empresas recém criadas, geralmente voltadas à área de tecnologia, que visam lucro a médio ou longo prazo).
E foi justamente essa experiência com startups que o encorajou a criar o Frequency, mesmo sem patrocinadores e sendo o único investidor, responsável por arcar com todos os custos da gaming house, montada para a equipe em São Paulo. “Essa cultura de criar algo do zero sempre me impulsionou para arriscar”.
O risco é alto, mas, por enquanto, tem valido a pena, segundo Domit. “Até o momento estou feliz com o resultado”. Pelo Frequency, o time venceu o classificatório da AGE Campinas, em maio, e chegou a derrotar a KaBuM no torneio. A line-up da equipe é praticamente a mesma que defendia o Seven Wars, revelação do classificatório da Intel Extreme Masters São Paulo, no início do ano.
Por isso, a expectativa é grande para quando os jogadores estivem liberados para disputar os campeonatos da Riot. “Eu espero que, acima de tudo, eles se comportem como um time, que entrem de cabeça erguida e que usem o erro para contribuir com exemplo para a comunidade. Vocês verão um time motivado e brigando pela 1ª posição”.
Ele filosofa ao comentar se a imagem da organização pode ser manchada por causa dos jogadores. “Na realidade, nós vamos descobrir o que é maior. Uma escolha errada, que qualquer um pode tomar, ou a coragem de aprender com o erro. Eu já fiz a minha escolha. Eles também”.
Banidos por elojob, jogadores do Frequency não podem disputar torneios da Riot até 2015 (Foto: Divulgação)
Frequency
Bruno “Brucer” Pereira (Mid Laner)
André “esA” Pavezzi (AD Carry)
Lucas “Krow” Lahoz (Jungler)
Gustavo “Owning” Gomes (Support)
Luccas “Zantins” Zanqueta (Solo Top)
Fonte: www.mycnb.com.br