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Exclusivo: Peter fala sobre desafio na Splyce e elege seu Dream Team no Brasil

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Na última terça-feira (31), a Splyce anunciou Peter Dun como seu novo treinador para a temporada 2018 da LCS EU. Peter trabalhou com a INTZ por mais de um ano, onde ajudou a equipe a formar novos talentos e terminar em 3°/4° lugar nos dois splits de 2017.

O Mais e-Sports entrevistou com exclusividade o treinador que comentou sua ida para a organização europeia, novo formato da LCS EU, montou seu Dream Team do CBLoL, brasileiros na LCS e muito mais. Confira:

Mais e-Sports: Você recebeu propostas para continuar no Brasil em 2018?
Peter: Eu recebi ofertas no Brasil, mas sinto que minha história e relacionamento com a organização e fãs da INTZ fizeram com que trabalhar na função de treinador para outra organização brasileira era algo impossível de considerar. Eu sempre estarei lá para procurar ajudar o cenário brasileiro a se desenvolver como um todo, mas será muito difícil eu me comprometer 100% a outra organização brasileira que não seja a INTZ.

M: Além da Splyce, outros times internacionais tentaram de contratar?
P: Recebi ofertas da maioria das grandes e pequenas regiões, incluindo várias equipes que participaram do Mundial.

M: Por que você escolheu trabalhar com a Splyce?
P: Eu escolhi trabalhar com a Splyce  porque admiro a ética da organização, o tratamento de seus jogadores e a abordagem de longo prazo para a construção de uma equipe vencedora, então valorizei a oportunidade de construir algo mais na equipe por causa do que a organização deles representa.

M: O que você acha das mudanças de formato para a LCS EU 2018?
P: Eu entendo por que a Riot EU decidiu mudar para o formato para MD1 (Melhor de um). É melhor e mais conveniente para os fãs e facilita o agendamento, e os playoffs ainda estarão no formato MD5. Eu sempre preferi o formato MD2 porque acho que é o formato “mais justo” com as escolhas de lados, que muitas vezes acabam sendo muito importantes em certos patchs. No entanto, MD1 é definitivamente mais equilibrada que os formatos MD3 (devido ao desequilíbrio da escolha do draft / lado), então acho que isso oferece o melhor compromisso entre acessibilidade e integridade competitiva.

M: Você acha que a extinção do rebaixamento (como acontecerá na LCS NA) afeta muito o planejamento das equipes para a temporada?
P: Para mim, não. Nenhuma equipe com a qual trabalhei se aproximou do rebaixamento, mesmo alguma delas sendo equipes que priorizaram mais o planejamento de longo prazo do que o sucesso imediato. Eu pessoalmente acho que o rebaixamento é uma coisa boa (embora eu preferisse que isso acontecesse com menos frequência, talvez uma vez por ano apenas para que as equipes possam ter um melhor planejamento a longo prazo), mas entendo os benefícios de estabilidade ao remover o rebaixamento. Mesmo em um modelo de franquias, nenhuma organização vai sacrificar a competitividade e ficar olhando sua equipe perder.

M: Quais jogadores brasileiros que você acha que são bons o suficiente para jogar na LCS EU?
P: Eu acho que há uma série de brasileiros que podem ter sucesso internacionalmente, o principal problema no Brasil é com comunicação, disciplina e adaptabilidade. Eu acho que os jogadores mais trabalhados, mecanicamente sólidos e estrategicamente inteligentes do Brasil (que falam inglês) podem facilmente ir para a LCS EU ou LCS NA e serem sólidos e até se tornarem jogadores de mais alto nível caso as as organizações desejassem apostar nos mesmos.

Escolhendo alguns nomes (certamente há pessoas que eu esqueci, sem a intenção de ofender) seriam: Shini, Jockster, Tockers, Revolta ou Envy poderiam facilmente ter sucesso no exterior. Jogadores como Yang e Kami têm o nível de habilidade, mas podem enfrentar a barreira do idioma. Eu vi jogadores brasileiros (em scrims) se saírem consistentemente bem individualmente contra adversários de nível internacional. Não vejo o por que isso não é mostrado no palco. Claro que os brasileiros ainda seriam considerados importações (por isso estão competindo com os melhores talentos coreanos para as posições), então eu não acho que seja provável que essas importações aconteçam agora.

M: Você indicaria a contratação de qualquer jogador brasileiro para a Splyce?
P: A Splyce tem sido um organização que se concentra na construção de talento da Europa desde o início de sua criação e já tem um excelente grupo de 5 jogadores em sua line-up, então não acho que seja muito provável que isso aconteça. No entanto, nunca descartaria nada.

M: Qual seria o seu Dream Team brasileiro considerando os dois splits de 2017?
P: Ayel, Shini, Turtle, Envy, Micao e Jockster, num patch sem Turíbulo Ardente na próxima vez Riot, por favor :)

Se eu estivesse votando para uma premiação no estilo da Cerimônia de Premiação oficial da Riot (apenas escolhendo jogadores com base na importância para suas equipes em 2017 e ignorando o equilíbrio da equipe formada) seria:
Ayel, Revolta, Tockers, Matsukaze e Jockster. Alguns jogadores como Absolut, Verto, Redbert, Shini, Goku tiveram um excelente segundo split, mas não jogaram o primeiro, então não se pode realmente considerá-los nesta ocasião.

M: Os resultados positivos da Europa no Mundial deste ano incentivaram você a assinar com o Splyce?
P:  Não, estou feliz de que a Europa tenha feito uma boa campanha no Mundial para que haja forte concorrência no próximo ano na LCS EU, mas estou treinando a Splyce em 2018 e não a Europa. Embora, claro, se fizermos o suficiente para nos classificarmos, faremos o nosso melhor para representar a região bem na competição internacional.

 

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Vicenzzo Mandetta Vicchiatti
publicado em 6 de novembro de 2017, editado há 6 anos

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