Erika Hilton aciona Ministério Público após ataques transfóbicos à SrN

Erika Hilton aciona Ministério Público após ataques transfóbicos à SrN

A deputada federal Erika Hilton (PSOL- SP) encaminhou um ofício à Procuradoria dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) neste sábado (16). Além disso, solicitou a abertura de uma investigação sobre os ataques transfóbicos direcionados a srN, jogadora de VALORANT.

A deputada, em comunicado, denunciou o ataque contra uma pessoa não binária, destacando que srN venceu duas premiações na categoria inclusiva de VALORANT, destinada a mulheres cis, trans e pessoas não-binárias.


O caso ganhou proporções além da comunidade de esports, com figuras como o deputado Nikolas Ferreira e páginas compartilhando o vídeo da premiação para distorcer a narrativa e gerar conflitos. A deputada Erika Hilton buscou a intervenção do MPF diante desse cenário, destacando a importância de proteger a integridade de srN e combater a transfobia.

Prêmio Esports Brasil 2023

O Prêmio eSports Brasil 2023 reconheceu srN como a melhor atleta do cenário inclusivo de VALORANT, superando outras finalistas. Contudo, algumas jogadoras e membros da comunidade discordaram da escolha, gerando críticas e manifestações durante o evento. As jogadoras da Team Liquid, equipe dominante na temporada, expressaram insatisfação, enquanto srN se destacou nas classificatórias para a Etapa 2 do Game Changers brasileiro.

As críticas à vitória de srN culminaram em ataques transfóbicos nas redes sociais, ultrapassando os limites da comunidade de esports. Deputados federais, como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também contribuíram para a disseminação do discurso negativo, ironizando a conquista da atleta.

Nota de srN à imprensa

A nota divulgada por srN ressalta a necessidade de avanços na modalidade inclusiva e repudia o preconceito presente mesmo em espaços destinados a celebrar talentos cis, trans e não binários.

A atleta agradeceu o suporte daqueles que se solidarizaram com a situação. O desdobramento da investigação solicitada pela deputada Erika Hilton será aguardado para trazer luz ao enfrentamento da transfobia no cenário de esports.

No Brasil, quem ofender ou discriminar gays, lésbicas, bissexuais ou transgêneros está sujeito a punição de um a três anos de prisão, prevista na Lei nº 7.716/89, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Assim como o crime de racismo, a LGBTfobia é crime inafiançável e imprescritível.

Matérias relacionadas

Parceiros
Apenas para maiores de 18 anos, aposte com responsabilidade.
Partidas
Resultados
Ultimas Notícias
Erika Hilton aciona Ministério Público após ataques transfóbicos à SrN - Mais Esports