Hoje, pensar em Fortnite é pensar em crossovers com tudo: Marvel, Star Wars, Dragon Ball, artistas pop, séries de TV e até ícones dos games. Mas essa realidade só foi possível graças a um momento improvável: uma ligação telefônica entre os irmãos Russo — diretores de Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato — e o então diretor criativo da Epic Games, Donald Mustard.
Epic rejeitou crossovers no início
A Epic Games inicialmente não tinha planos de trazer personagens de fora para o battle royale. Mustard chegou a rejeitar a ideia de incluir o Thanos em Fortnite, alegando que o jogo precisava manter seu universo próprio e original.
No entanto, o que era para ser uma reunião de 30 minutos se transformou em uma conversa de cinco horas. Durante esse papo, os Russo convenceram Mustard sobre o valor narrativo e cultural dos crossovers. No fim da ligação, o executivo da Epic estava não apenas convencido — mas empolgado com o que viria a seguir.
O resultado da ligação foi a inclusão de Thanos no Fortnite em 2018, através do modo limitado “Infinity Gauntlet”. A recepção foi explosiva. O sucesso do evento mostrou à Epic que o jogo tinha potencial para se tornar muito mais do que um battle royale: poderia ser uma plataforma cultural.

Desde então, o Fortnite virou sinônimo de colaboração. Personagens de Marvel, DC, Naruto, Jujutsu Kaisen, The Witcher, Star Wars, Street Fighter e muitos outros já passaram pela ilha. No próximo evento, marcado para o dia 13 de junho, estão confirmadas skins de Family Guy, Bob’s Burgers e King of the Hill, em parceria com a Fox.
Em um desfecho curioso e simbólico, Donald Mustard deixou a Epic e se juntou à AGBO — a produtora fundada pelos irmãos Russo. A mudança selou a importância daquele momento inicial, que redefiniu não apenas o Fortnite, mas toda uma era de integração entre jogos e cultura pop.
