O time feminino de Free Fire do Fluxo, as Crias, anunciado em março, ganhou um mini documentário essa semana mostrando um pouco do dia-a-dia das jogadoras, bem como as expectativas delas para o cenário feminino.
Antes do lançamento do mini doc, o Mais teve a oportunidade de assistir ao filme em primeira mão junto com as jogadoras, bem como conversar com a equipe responsável pela carreira delas e conhecer a mansão do Fluxo. Confira a seguir como foi esse bate-papo:
Descobrindo as Crias
Maria Tavares Neta, conhecida pela galera do Fluxo como Dona, foi a responsável por montar o time das Crias. Ela recebeu essa missão no final do ano passado e rapidamente entrou em contato com as jogadoras que formam a line: Lívia, LaraX, Deusa, Whisky, Chaps e Elias, o coach. Convencê-las a jogar juntas não foi problema: anteriormente, elas representavam a Black Dragons e conheciam a Dona já dessa época.
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No início de 2022, entretanto, todas foram morar em Arujá, cidade que sedia as mansões do Fluxo. A estrutura oferecida a elas é bem similar a dos times masculinos da organização: uma mansão só para elas, com todos os equipamentos necessários para que trabalhem (e estudem, já que 3 delas ainda estão na escola) e vivam no espaço, sob o olhar atento de Dona e tia Rose, responsável pelas refeições das jogadoras.
A convivência
Buscando a melhor integração possível entre o time, não só elas moram juntas, como também dividem quartos. Todas as atividades são feitas juntas: escola, academia, alimentação e lazer. Segundo Dona, o diálogo é o principal destaque da convivência das Crias. “Nós conversamos sobre tudo e não pode existir tabu”, explica.
Quando perguntadas sobre como é passar tanto tempo juntas, as jogadoras são só sorrisos. Elas brincam o tempo inteiro uma com a outra, e mesmo quando estão treinando, não deixam o bom humor de lado. É perceptível que elas não são só um time, mas uma família.
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No documentário, é possível ver que apesar de quartos separados, elas estão quase sempre no mesmo espaço. Vendo ao vivo, é a mesma coisa: enquanto Dona dava entrevistas, as jogadoras jogavam dardos perto da piscina da mansão, e na hora de serem entrevistadas, também seguiam juntas falando com os jornalistas.
Lugar das Crias é no Free Fire
É inevitável conversar com representantes do cenário feminino de Free Fire e não falar sobre o preconceito que mulheres sofrem no mundo dos games. Em conversa com as jogadoras do Fluxo, elas pontuaram que às vezes isso acontece até em treinos com equipes de lines masculinas. “Rolam umas falas que trazem um desconforto, nos treinos e nos chats”, explicam.
Apesar de reconhecerem que ainda há um longo caminho a ser percorrido até que haja equidade de gênero nos jogos, elas exaltam o Fluxo pelo investimento nelas. “Quando a organização dá a mesma visibilidade para a gente igual dá para os times masculinos, ela tá reconhecendo que as jogadoras são tão importantes quanto e merecem a mesma atenção”, explica Dona.
Quando perguntada sobre qual seu sonho para o cenário de Free Fire especificamente, ela responde: “que as meninas possam jogar contra qualquer pessoa, de igual para igual. Espero que não tenha mais divisões de gêneros, apenas jogadores num sentido geral”.
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