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Jack Etienne, CEO da C9, comenta sucesso da organização em 2018 em diversos Esports

League of Legends
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A Cloud9 vem conseguindo um ano incrivel em quase todas as modalidades de Esports que participa, e no LoL a equipe está fazendo história no Mundial 2018, ao conseguir pela primeira vez, se classificar para as semifinais da competição. Após a vitória da equipe norte-americana em cima da Afreeca Freecs, o Mais e-Sports conversou com Jack Etienne, CEO da organização, que comentou sobre como 2018 está sendo um bom ano para o time.

Tivemos a C9 vencendo em vários e-Sports como CS:GO, Overwatch e uma boa campanha no League of Legends. A C9 foi a maior organização do mundo em 2018?

Nós tivemos um ótimo ano, não podemos esquecer do PUBG Invitational em Hong Kong, o PLG Invitational… Alguns eventos da Rocket League. Tem sido um ano incrível, então, se nós vencermos o Mundial, eu vou parar, eu me aposento… Que ano!

A Cloud9 recebeu 50 milhões de dólares de investimentos chegando na organização. É muito dinheiro certo? Quais são os planos e quanto isso irá acelerar o crescimento da organização?

Planejamos usar isso para qualquer oportunidade de sistemas de franquias, tem algumas que estamos cientes, que vamos precisar estar prontos. Precisamos pagar algumas das franquias para as quais já nos inscrevemos, e além diss queremos construir uma instalação para todos os nossos jogadores, para nossos empregadores trabalharem nisso. Já temos esports psicólogos, fisioterapeutas, equipes de vídeo completas, mas todos eles estão trabalhando em lugares diferentes. Queremos que haja um lugar central para todos nós trabalharmos juntos, fornecer os serviços essenciais que são necessários para minha equipe. Também, temos as equipes e elas torcem umas para as outras mas não se veem frequentemente. Nós seremos capazes de construir uma comunidade entre os nossos jogadores, de diferentes equipes e nossos funcionários.

Além disso, queremos construir uma equipe de merchandising mais robusta, queremos ter mais contato com a comunidade, não há muitos programas para ensinar e desenvolver jovens jogadores, como jogar Esports e como ser bons companheiros de equipe, e ensine as habilidades que você precisa para ter um bom desempenho no Esports. Há muitas habilidades que são transferíveis, se você sabe como ser bom com a equipe, ser comunicativo, o fato de poder receber críticas – essas coisas são não só é importante ser forte no esports, mas fundamental para ser uma pessoa. Então, queremos ter mais contato com a comunidade e também desenvolver nosso pessoal.

Nos esportes tradicionais temos crianças começando muito cedo e nos Esports isso ainda não acontece. O que você acha sobre isto?

Eu falei com alguns dos donos  de grandes organizações de futebol, onde eles têm o ano inteiro de programas, perguntei a eles o quão importantes eles são para a organização e para o desenvolvimento dos jogadores e eles me disseram que é crítico. Os caras que você possui gostam, digamos, do time inglês de primeira divisão e também da equipe da NFL, dizem que a diferença e a qualidade dos jogadores que recebem dos esportes que são realmente completos e desenvolvidos com programas juvenis versus outros que não são, é grande. Então eu sinto que é fundamental para o nosso futuro desenvolver jogadores corretamente, precisamos ter mais programas para jovens, e eu gostaria de fazer parte disso.

A Cloud9 foi o primeiro time a abraçar a Academy. Alguns novatos como Licorice e Zeyzal tiveram oportunidades no início do 2° split e a organização foi muito criticada por isso. Quão difícil foi a decisão de dar este braço a torcer pelos novatos? Você imaginaria que este risco seria pago tão rapidamente?

Jack: As decisões foram difíceis mas fizemos com certeza. Nós sempre fizemos apostas buscando o longo prazo. Nós fizemos com expectativas que esta seria a única maneira de chegar no Mundial, se não tivéssemos tomado estas decisões não estaríamos aptos a realizar estas conquistas em curto e em longo prazo. Foi algo como: “Nós precisamos fazer isto agora”. Foi frustrante todo o hate que recebemos, eu estava mais preocupado pela saúde mental dos jogadores por toda a pressão que eles sofreram mas ele ficaram mais fortes com tudo isto. Mesmo que fora do time estava uma loucura, dentro, em nossa unidade, estávamos sólidos, todos estavam dando suporte à seus companheiros. Os jogadores eram promovidos ou colocados no time B e ninguém ficava com raiva, todos entendiam que isto era o melhor para o time.  Fiquei muito orgulhoso desses caras de não deixar a pressão da comunidade derrubarem eles e focarem em crescer tanto durante este tempo. A razão deste crescimento grande foi pela seriedade dos jogadores em melhorarem, não ligarem para o hate da comunidade, confiarem no treinador, confiarem em seus companheiros e agora eles estão colhendo os frutos de tanto trabalho duro.

Para finalizar, gostaria de mandar uma mensagem para os fãs brasileiros?

Eu preciso adquirir um time brasileiro… Tenho que pensar sobre alguma expansão para o Brasil. Vocês tem umas das melhores fan bases dos Esports. Já vi vocês dando suporte para times brasileiros em eventos e é inspirador. Eu preciso buscar isso de alguma maneira.

Talvez em algum FPS?

Jack: Sim, acho que isso soa bem…

A Cloud9 jogará contra a Fnatic pela semifinal do Mundial 2018, no dia 28 de outubro. Você pode acompanhar a cobertura completa da competição aqui no Mais e-Sports.

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Bruno Rodrigues
publicado em 26 de outubro de 2018

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