Um dos aspectos mais marcantes do IEM Rio Major 2022 de CS:GO foi a festa que a torcida brasileira realizou, com direito a torcidas organizadas e diversos instrumentos. Assim que o VCT Lock In foi anunciado, muitos esperavam que as arquibancadas do Ibirapuera fossem palco do mesmo cenário, porém a Riot Games proibiu a entrada de qualquer tipo de bateria no Ginásio.
Muitos torcedores questionaram a decisão da Riot Games de barrar a utilização de instrumentos no Iburapuera. Leo Faria, head global de VALORANT, explicou em entrevista ao Mais Esports o porque de decisão. O diretor afirmou que apesar de achar a festa incrível, algumas pessoas poderiam se sentir incomodadas e o alto barulho atrapalharia os jogadores no palco.
Para ser 100% sincero, eu acho que o calor que a torcida traz com instrumento é sensacional e não tem como negar que funciona e fica animal. O desafio é: a gente sempre prioriza o conforto e a segurança da galera que vem aos nossos eventos. Se você olhar para a comunidade de VALORANT, é uma comunidade super diversa, uma galera mais jovem e tem muita mulher. E nem todo mundo se sente confortável do lado de um bando de cara com instrumentos gigantescos sem camisa. E eu não estou dizendo que não é animal, é irado, mas nem todo mundo se sente confortável. Eu acho que o que a gente pode fazer no futuro é planejar com mais antecedência, possivelmente criar uma seção de ingressos que é dedicada para a galera que quer fazer uma torcida organizada, afirmou Leo Faria.
O segundo motivo é que a galera já é tão barulhenta, no bom sentido, que a gente já tem os desafios no palco com os microfones e os jogadores não se escutam. Então também precisamos preparar o palco de alguma maneira, criar cabines ou alguma proteção acústica. Porque se já foi difícil só com gritaria, com tambores e batecos a coisa ficaria mais difícil ainda. Então como não tínhamos soluções ideais para esses dois problemas, preferimos não liberar. Espero que no futuro a gente consiga encontrar uma solução boa para deixar acontecer.
O VCT Lock In aconteceu entre os dias 13 de fevereiro e 4 de março na cidade de São Paulo. A competição foi a maior da história do FPS da Riot Games e contou com a participação de todas as 30 equipes aprovadas no sistema de franquias – entre elas as brasileiras LOUD, MIBR e FURIA -, e mais duas organizações convidadas da China.