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LoL: 4LaN sobre tempo no Circuito Desafiante: “Foi o que eu precisava”

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A Team One venceu a Vivo Keyd por 3×1 e conquistou o acesso ao 2º Split do CBLoL 2019. Após a partida, todos os jogadores e treinadores participaram da coletiva dada à imprensa.

Confira abaixo as respostas dos jogadores após a vitória.

Takeshi, como foi você ir para a Team One e lutar por dois splits no Circuito Desafiante para voltar à elite? Qual é o sentimento?

Takeshi: É difícil de dizer um sentimento só, mas principalmente orgulho de todos, o trabalho foi bem feito e foi duro, e acho que esse é o principal. Nós começamos o CD bem abaixo do que esperávamos, então o trabalho teve que ser muito intensificado, com o Kakavel e a comissão no nosso pé, porque começamos com duas vitórias, mas aí ganhamos da RED, perdemos para a paiN e estava valendo nosso pescoço aqui hoje, se perdêssemos ficaríamos fora do CBLoL até o ano que vem.

Ano passado eu caí com a paiN, esse ano eu to voltando, então estou muito feliz de conseguir. Eu não vou chorar, não quero…

Absolut, nós sabemos as dificuldades que você tem passado ultimamente, por conta da tendinite, inclusive nós vimos você se emocionando após a partida. Qual a sensação de voltar, após passar por tantos sacrifícios?

Absolut: A sensação é única, porque só eu sei o que passei. Eu não consegui me dedicar tanto quanto eu queria por conta disso, e isso me deixou muito frustrado, ao mesmo tempo que me deu muita motivação. É isso, estou muito feliz e satisfeito.

Como vai proceder o seu tratamento agora?

Kakavel: Isso é com ele.

Depois de você ter sido considerado melhor Jungler do Brasil, como foi passar dois splits no Desafiante? Vocês estão prontos para o topo?

4lan: Bom, falando por mim, eu acho que foi o que eu precisava, porque quando eu ganhei o título eu me considerava, sim, o melhor. Por conta disso, depois da volta do Mundial eu fiquei muito acomodado, não me dedicava o quanto deveria, achava que minha vida tava ganha, então mereci tomar uns tapas na cara mesmo, descer e ter que dar a vida para subir de novo. Espero que isso não aconteça nunca mais.

Takeshi, o time todo teve um início difícil no CD. Vocês se classificaram em 4º lugar, superaram a RED, caíram para a paiN. Eu queria saber como isso foi trabalhado entre vocês, e você assumiu a postura de capitão para liderar a equipe?

Takeshi: Aquela estratégia que tentamos usar contra a paiN era muito diferente daquilo que éramos bons. Então nós sentamos na segunda feira e dissemos “Nós somos bons jogando um estilo, e agora está valendo nossa vida. Vamos usar isso.” Nossos psicólogos nos ajudaram bastante, a staff estava bem próxima também. Foi um trabalho de voltar a fazer aquilo que estava dando certo, e funcionou, graças à Deus.

JoJo, você foi o MVP da série, tendo dois destaques dos três jogos. Como foi seu crescimento dentro da equipe no Desafiante e como você planeja esse retorno da TOne ao CBLoL?

JoJo: Meu crescimento eu devo muito ao Absolut, porque ele é um cara que me cobrou muito, o split inteiro. Eu estou tentando melhorar ainda, não estou no meu máximo, mas com a ajuda dele consigo, nós funcionamos bem juntos. Quero ser ainda melhor no 2º Split, porque é isso que realmente quero fazer, quero ser o melhor e vou dar tudo de mim.

Takeshi, como você vê o rebaixamento da Vivo Keyd do CBLoL, sendo um jogador que atuou por muito tempo na equipe?

Takeshi: Enfrentar a Keyd não foi a tarefa mais fácil, eu tenho muito carinho pelo Edu, Toni, André e Lorenzo também, eu tenho muita identificação com a organização, passei quase três anos e meio lá e fica impossível não criar laços. Mas o destino aprontou essa, não acho que eu tenha sido o motivo de tê-los rebaixado, nem que a Team One tenha. Eles não fizeram uma boa campanha e nós perdemos a final, as coisas se alinharam assim.

Neki, você acredita que a One está pronta e renovada para ser campeã nacional?

Neki: Desde que fomos campeões em 2017, nós tivemos que trabalhar muito para nos renovarmos, tiveram muitas mudanças. Tivemos que acompanhar o ritmo de crescimento do cenário e tivemos que nos reestruturar. Nós evoluímos ao ponto de poder voltar ao CBLoL, mas não podemos parar, porque nosso objetivo é chegar ao Mundial. É uma Team One mais forte, estruturada.

Neki, você poderia comentar a evolução do JoJo dentro do split?

Neki: Desde o momento que ele chegou na equipe, todo mundo viu a qualidade dele, todos viram que provavelmente um dia ele será o melhor, ele só precisa continuar nesse ritmo. Ele fez parte dessa reestruturação. As peças não se encaixavam, tentamos várias coisas até dar certo. Foi um tempo de aprendizado, e o JoJo, por ter feito parte disso, aprendeu muito também. Não só ele como todos nós, time e organização amadureceram muito. É outra era.

Brucer, você é muito presente nas discussões da equipe, mesmo não jogando. Nós tivemos o WhiteLotus comentando que não se sentia campeão por não ter jogado tanto. Você sente que também conquistou o acesso?

Brucer: Sinceramente, fica um gosto amargo por não ter jogado, mas quando perdemos a final, nós tivemos uma reunião e sabíamos que não teria time para treinar, então tivemos a ideia de juntar os reservas, eu e o Steal, com amigos para montarmos uma line-up para treinar. Quando eu tive essa ideia, eu perguntei se não jogaria. Me disseram que eu jogaria dependendo do empenho do time.

Eu não me importo de estar jogando ou não, só quero ganhar, então se for para me sacrificar, eu me sacrifico. Fora que eu sabia que o Takeshi estaria me representando no mid.

Nós fizemos de tudo, simulamos draft por exemplo. Queria agradecer ao Zantins, Ranger e Riyev, porque eles tiraram das próprias férias para nos ajudar, e à KaBuM! que nos cedeu espaço. Com certeza se não tivéssemos essa ideia, não teríamos ganhado hoje. Todo sacrifício é importante, ganhar é ganhar.

Steal: Eu sempre fui um cara que pensava em se dedicar a mim mesmo, embora eu não esteja jogando, eu sabia que estava ajudando da melhor forma possível. Eu me sinto parte disso, estou orgulhoso de todo mundo.

Muitos falam que o Circuito Desafiante está muito melhor e que o CBLoL está num nível menor. Eu queria saber, qual a opinião de vocês sobre isso?

Takeshi: A minha experiência nesse Circuito me mostrou que ele [Circuito Desafiante] tem que tirar o jogador do comodismo. Se você está lá, você vai ter que suar três vezes mais que todos se quiser subir. Não acho que o CBLoL esteja abaixo do CD. Alguns times ficam mais acomodados mesmo, por já estarem na elite, mesmo não estando em boa fase, eles aceitam isso, caem, e depois têm que se reinventar. Penso que Flamengo, INTZ, CNB são times que têm um nível superior aos times do Desafiante, exceto por nós e pela paiN.

No Circuito você acaba tendo uma força à mais, se não você acaba se afogando lá.

Neki: Sobre o comodismo. Se continuar com isso, quem subir do CD vai vir com força, só para deixar claro.

Neki, como foi a preparação durante essa semana? Foi mais tático ou psicológico?

Neki: Assim como já falaram, na segunda nós fizemos uma reunião e vimos o que estava correto, os que não estavam. Sobre estratégia, foi o que falaram já. Contra a paiN jogamos de uma forma que não estávamos confortáveis, e com foco de todos da staff conseguimos nos reestruturar. Eu falei que daria para corrigir 90%, mas fui descrente. Dava para ter sido 100% e parece que deu resultado.

4Lan, você pensa que nesse split você teve um desafio à mais em relação ao passado, quando vocês perderam a semifinal para a paiN, mas agora vocês venceram a RED e voltaram ao CBLoL?

4lan: No split que nós perdemos para a paiN na semifinal, eu assisto aqueles jogos e não faço ideia de como perdemos. Esse split eu pensei, sim, que seria mais difícil. Tem o Minerva, que para mim é o melhor jungler do Brasil. Seria o Shrimp, mas ele tilta em final. Tem o Revolta que é muito bom, então foi um desafio à mais sim. Eu me espelho neles, não acho que eu seja melhor que eles ainda, mas no split que vem eu serei.

Takeshi e Absolut, vocês já falaram que no Circuito têm de se reinventar. O que vocês acham que adicionou para vocês, tanto pessoal quanto profissional, disputar o CD por um ano?

Takeshi: Só mostrou que é isso que eu quero para minha vida. A decisão mais fácil é você desistir, ir trabalhar em outra área. Para minha vida, mostrou que eu gosto disso, eu gosto de jogar, de competir e por isso estou aqui desde 2010, e ainda tenho fome, tenho força para enfrentar um desafio. Isso me deu ainda mais certeza daquela dúvida de “será que chegou minha hora?”. Me deu uma segurança, gosto de competir, de jogar LoL e é isso que quero fazer.

Absolut: Adicionou muita coisa para mim, ainda mais porque o nível estava bem alto. Isso forçou a me dedicar muito, amadureci bastante. Me tornei uma pessoa melhor, um jogador melhor e mais dedicado.

Skybart, como você se sente no meio dos melhores do Brasil? E como foi o duelo contra o Yang?

Skybart: Eu já joguei várias vezes contra ele. O Yang é realmente um dos melhores que eu já enfrentei no 1×1. Hoje eu não senti muita dificuldade de jogar contra ele, talvez porque o jungler dele estava o campando o tempo todo, mas fora isso, em relação aos outros top laners eu não tenho tanta certeza. Eu tive uma crescente e vou mantê-la, não acho que terei problema em enfrentar qualquer outro Top do CBLoL. Não sei dizer agora, porque ainda não joguei, mas no CD eu tive o Ayel e o LEP, e agora terei muitos outros.

Você sente que o Top é uma posição que o Brasil carece de bons nomes?

Skybart: Sim. Jogadores bons como o Yang infelizmente não estão em boa fase. Pelo Mylon ter parado também, eu acho que fica uma carência sim. Espero não ter mais, temos novos nomes como Nyu, que está jogando bem. O Tay, o Robô estão muito bem também. Eu também, e vou jogar muito melhor que eles.

O 1º Split brasileiro se encerra na próxima segunda (29) e terça-feira (30) com as Séries de Promoção do Circuitão, com INTZ Academy x Operation Kino, e no dia seguinte, Santos eSports x Havan Liberty.

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Vitor Ventura
publicado em 28 de abril de 2019, editado há 5 anos

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