Ter fama de chato em um time de League of Legends nem sempre significa uma coisa ruim. Pelo menos é isso que Tay, que atua pelo Fluxo, acredita. Em entrevista ao 2v1 Podcast, o jogador entrou em detalhes sobre a “fama” que tem de cobrar os outros players, e como isso é importante para o desenvolvimento geral das equipes.
Todo time tem que ter um chato?
Para Tay, essa não é uma necessidade, desde que todos os jogadores saibam cobrar a si mesmos, principalmente nos momentos de derrota.
Eu não diria que precisa, mas o time tem que ter essa auto cobrança. Se todo mundo for de boa um com o outro, é de boa. Mas todo jogador tem que ter a sua auto cobrança. Isso é um tema muito delicado porque a gente perde um jogo, a gente não sabe como a pessoa reage. É muito difícil saber se a pessoa realmente sentiu a derrota ou se só cagou e não tá nem aí. Então é aí que entra uma pessoa cobrar o outro.
Jojo também é chato
O jogador fala que apesar de sua fama ser de chato, o Jojo também não fica atrás. Tay aproveitou para contar de uma ocasião em que jogou mal e o suporte do Fluxo não poupou críticas ao companheiro de equipe.
Eu ainda sou essa pessoa chata. Eu falo ‘mano, eu não sei se vocês não tão sentindo ou não sei o que vocês tão pensando, mas acho que vocês não tão fazendo isso, isso e isso’. O Jojo também é muito chato com essas coisas. Joguei mal no sábado e ele ficou falando no meu ouvido umas 3h seguidas. Já falei ‘mano vou jogar bem no próximo jogo você nunca mais fala nada, velho’. Mas acho que ajuda mano, tem que ter uma cobrança saudável. Não é pra descaralhar o cara.
Cobrança saudável
Para Tay, é importante que as pessoas entendam que essa cobrança é uma forma de os jogadores assumirem a responsabilidade de seus atos. Como exemplo, ele menciona uma performance ruim que ele mesmo teve, e como isso poderia ter afetado todo o time.
Acho que todo mundo que tá jogando não é pegar a culpa, mas todo mundo pegar a responsabilidade pra si. Eu peguei counter em tal mashup e tinha que puxar o cara, ou tinha que ganhar e não tô ganhando, a responsabilidade é minha. Eu tenho que ter essa consciência e essa cobrança. Não pode chegar no fim do jogo e achar que tudo bem ter perdido. Isso é inaceitável. Óbvio que não quero que o cara perca e não viva mais, fique sofrendo. Não é isso, mas a pessoa tem que entender o peso da derrota.
No jogo de sábado eu joguei mal, se a gente tivesse perdido, eu estaria fudendo o trabalho de muitas pessoas tá ligado? Porque eu tomei decisões ruins, então cada um ali tem que tomar a responsabilidade para si em prol do grupo. A meta do grupo sempre vai ser o mais importante.
Não é pessoal
Outra coisa que o jogador deixou claro: cobrar uma pessoa ou outra não é nada pessoal, e sim profissional.
O importante também é nunca levar pro coração. Na INTZ a gente tinha isso muito bem. O Micao falou aqui isso, que na primeira vez que ele foi lá eu e o China a gente brigou pra caralho e acabou o treino a gente tava de boa um com o outro. Óbvio que depende da pessoa, tem pessoas que são mais difíceis, mas na maior parte dos casos as pessoas não tão falando nada por mal. Ela quer vencer.
Na mesma entrevista, Tay ainda aproveitou para conversar sobre o seu “split da redenção” no CBLOL com o Fluxo. Confira o bate-papo completo com o jogador a seguir:
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