Do que é formada a “imagem” de um jogador profissional? Como trabalhar isso da melhor forma? Em participação no 2v1 Podcast, o treinador da FURIA, Maestro, comentou sobre a delicada balança entre o sucesso competitivo e o sucesso midiático, citando o ex-jogador da paiN Gaming, brTT, quem chamou de “abominação” por alcançar os dois.
O primeiro tópico abordado foi o fato de o Envy ser muito focado e ter passado um split todo praticamente sem usar o Twitter. Maestro explicou o perfil do jogador e contou que ele (Envy) percebeu que essa atitude seria benéfica para ele.
Acredito que há dois fatores, um pouco é por conta do perfil ou individual do jogador, dele ter estudado isso ou não. O Envy é muito ligado no Kobe Bryant, no Michael Jordan, todos os ídolos do Esporte porque ele se importa com isso. Ele é extremamente competitivo, talvez o mais competitivo que eu já conheci, então para ele é mais fácil, mas te outro fator que é importante, muito da relevância de vários atletas, hoje, muitos dos maiores atletas não são os melhores, os mais relevante são os que mais tweetam, tem mais seguidor, mais trabalham a imagem…
Nisso, Maestro citou brTT e brincou que ele é uma “abominação” neste sentido.
O brTT é uma abominação, ele é um dos caras que mais trabalhava a imagem e também era um dos maiores da época dele, além de ser o maior da história do CBLOL. Ele é muito diferente, como um LeBron James realmebnte
Além disso, contudo, o coach afirma que, nos Esports do Brasil, não há uma “máquina” que ajude o jogador a trabalhar sua imagem, então fica “cada um por si”, fazendo o que cada um acha ser o melhor. “Há esse fator complicador que faz com que os jogadores fiquem nesse ambiente por mais tempo do que gostariam.”
O contrário acontece na NBA, citada como exemplo pelo próprio Maestro, onde há essa “máquina” já estabelecida e o jogador não precisa se preocupar em estar presente nas redes sociais, pois sua imagem será trabalhada de qualquer forma.
A liga vai fazer isso por ele, alguém que ele pagar vai fazer isso, é um trabalho conjunto que precisaríamos fazer, é um problema, mas também uma oportunidade que temos, alguém tem que resolver esse problema. A liga e todas as pessoas envolvidas nessa parte, ainda falta nisso, brasileiro gosta muito de conteúdo, mas o conteúdo esportivo ainda é fraco diante do entretenimento.
O treinador da FURIA afirma que, de conteúdo de entretenimento, o Bronziocre é a grande referência do cenário de LoL, mas em questão de conteúdo esportivo, há o quadro Na Escuta, produzido pela própria Riot Games Brasil, mas de resto há poucas referências.
Tanto no LoL quanto no Valorant, ainda é fraco de conteúdo esportivo, de ter uma Final como foi paiN x LOUD e ter mesas redondas a semana inteira falando da Final, como é no futebol por exemplo
Ainda na participação no 2v1 Podcast, Maestro falou de como utiliza conceitos do Basquete no League of Legends, das ambições da organização no cenário competitivo e sobre uma das grandes revelações do CBLOL deste ano, o jungler da FURIA, Goot.
Assista ao episódio completo logo abaixo: