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CBLOL 2021: “O servidor europeu é o mais tóxico, nenhum outro chega nem perto”, comenta Diamondprox

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Após uma sequência de derrotas, a FURIA voltou a vencer no CBLOL 2021. Diamondprox, que foi uma das maiores contratações do split, recebeu o seu primeiro MVP em solo brasileiro, e na coletiva de imprensa falou sobre melhorias da equipe, adaptação ao Brasil e até mesmo nível de toxidade do nosso servidor.

Diamondprox começou falando sobre o plano de jogo da equipe, que eles buscaram neutralizar a Akali porque ela é um campeão muito forte caso não seja punida, e também falou sobre algumas melhorias do time para essa partida.

Neutralizar a Akali faz parte do plano de qualquer time quando ela é um blind pick, porque ela é um campeão muito forte e que se fica escalando livremente, pode dominar a luta. Então sim, era parte do plano, mas no geral todo o draft precisou ser adaptado, pois eles tiveram algumas escolhas “estranhas”, como é o caso do Jarvan IV para a selva. Nós só jogamos o nosso jogo, melhoramos o nosso macro e paramos de cometer erros estúpidos que cometemos antes, por isso foi um jogo mais “clean” que os outros.

O caçador também falou sobre comentários sobre “aposentadoria” que ele recebia na soloQ da Europa e que o próprio brTT tem que ler muito aqui no Brasil.

Tenho certeza que há mais desrespeito na Europa, principalmente na soloQ de lá. Quando eu jogo soloQ lá e cometo erros, eles sempre falavam para eu me aposentar. No Brasil ainda não vi nada de errado, especialmente quando o brTT, que já o que, 30 anos? E continua vencendo, então realmente acho que os haters deviam ficar quietos.

Diamondprox ressaltou a melhora como time para a partida contra a Rensga, mas também comentou que os adversários anteriores eram mais difíceis de se jogar contra.

Hoje foi diferente por dois fatores. Nós melhoramos um pouco como time e os nossos oponentes não eram tão fortes como os anteriores. Por exemplo, o Flamengo e a paiN são mais fortes do que esse time (Rensga), então foi mais fácil de jogar contra. O draft hoje também não foi tão difícil quanto os anteriores, o que foi melhor. Creio que esses pontos no geral nos deram uma performance melhor.

O jogador russo também falou sobre a barreira linguística ser um possível problema para o desempenho ruim da FURIA no começo do campeonato.

São muitos “problemas” diferentes, se é que podemos usar essa palavra, tipo, acho que é uma palavra muito pesada. A barreira linguística é sempre algo que pode tornar o jogo mais difícil para alguns jogadores. Eu não tive nenhum problema com isso, pois estou sempre pensando em inglês, ficou natural para mim para falar durante o jogo, mas outros jogadores ainda falam português entre o time, talvez nunca tenham falado em inglês, ou sido forçados a falar em inglês o tempo todo, o que pode ser um problema para eles, então vejo que a adaptação para isso leva tempo, falando por experiência própria. Existem muitos outros fatores para jogarmos mal inicialmente, mas estou acostumado com essas derrotas no começo, eu realmente não me importo.

Diamondprox MVP - FURIA 2021
Diamondprox foi o MVP da partida da FURIA vs Rensga. (Foto: Divulgação/Mais Esports)

Diamondprox também falou sobre a sua adaptação, tanto ao Brasil quanto ao estilo de jogo da nossa região.

Eu ainda não tive muito tempo para andar por aqui, eu gostaria muito de conhecer alguns lugares famosos, mas eu estou “trancado” treinando o máximo que consigo, mas talvez em alguma folga eu visite algum lugar. Eu gostei do que vi até agora do Brasil, gosto das pessoas, da comida e gosto muito do clima, porque não está tão quente até agora, eu odeio quanto está muito quente ou quando está muito frio, então o clima está perfeito no momento. Sobre me adaptar ao jeito de jogar da região, eu ainda estou aprendendo, não me adaptei a tudo ainda porque o jeito de jogar dos caçadores daqui é diferente do jeito que os caçadores da Europa jogam, e no geral os times também jogam diferente. O meta também está mudando bastante, então ainda estou vendo o que funciona ou não aqui, mas já entendo mais agora do que quando cheguei aqui. Eu realmente não sabia com o que os jogadores iriam jogar, como eles iam fazer certas coisas, e é muito importante saber o que as pessoas vão fazer no jogo, tanto os aliados quanto os oponentes, então ainda estou aprendendo.

Para finalizar, o caçador comentou que o servidor brasileiro não está longe do nível de alguns outros que ele já jogou, mas que em questão de toxidade está praticamente “empatado” com o servidor coreano.

Já joguei em muitos servidores, como o vietnamita, chinês (em mais de um), coreano, e em relação ao nível da soloQ o brasileiro está mais ou menos no mesmo nível ou um pouco abaixo de alguns servidores chineses (não o melhor, claro) e o vietnamita. Em questão de toxidade, eu não sei falar muito porque não falo português, então não sei o que estão falando durante o jogo, mas considerando o quanto eles falam, o quanto eles fazem spam de pings, está no mesmo nível do servidor coreano. O servidor coreano é bem tóxico, mas não no mesmo nível do servidor europeu. Eu acho que o servidor europeu é o mais tóxico de todos, nenhum outro nem chega perto.

Diamondprox, junto à FURIA, voltará a jogar no sábado (26) contra a LOUD. Confira a cobertura completa do CBLOL 2021 aqui no Mais Esports.

Veja também: Disave rejeita título de melhor partida da carreira: “Essa fica em 2º lugar”

 

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Bruno Rodrigues
publicado em 20 de junho de 2021, editado há 3 anos

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