Na Vivo Keyd, a cobrança é algo cotidiano dos jogadores, principalmente por parte do dono da organização, Edu Kim, que é sempre muito presente no dia a dia da equipe desde os primórdios.
Em conversa no 2v1 Podcast, Kalec comentou sobre o seu estilo de cobrança e se concorda com essa maneira mais rígida de tratar os seus jogadores no dia a dia dos treinamentos.
Kalec e sua forma de lidar com cobranças
Tem seus momentos, assim, eu já fui jogador e sei que esse jogo é difícil, não é fácil. Então, o que eu cobro pesado, é seriedade, profissionalismo e dedicação. Agora, o resultado depende de muitas coisas, depende de mim também, às vezes. Eu sou um treinador que não gosto de jogar a responsabilidade pelo resultado ruim para o jogador, entendeu? Em última instância, o principal responsável sou eu, pelo resultado. Então, se os caras tão, com seriedade, fazendo o que está sendo proposto, seguindo a filosofia, se esforçando e eu to vendo isso, eu dou força para os caras, independente do resultado que nós estamos tendo. Agora, se não estão, se tem algum deslize nesse sentido, eu cobro bem pesado e é até difícil repetir algum deslize desse tipo.
Casos em que precisou cobrar mais pesado algum jogador
Já teve caso, não vou falar o nome é claro, mas tinha marcado uma atividade com meu assistente, o Alocs, nós só tínhamos aquele tempo para e o cara entrou em uma soloQ, tava jogando e não estaria lá para participar. O que eu descasquei o cara, ele nunca mais atrasou para nada durante um ano de trabalho. Nunca mais. Então, assim, nesse quesito, eu cobro muito. O que eu mais cobro em relação ao resultado, é comigo mesmo. Se nós fizermos algo que está errado, eu vou falar que não foi o caminho certo a se seguir. Não foi o draft certo, não foi isso, não foi aquilo.
Problemas de disciplina
No geral, não. Por conta de, eu acho, da forma que eu conduzo o trabalho no dia a dia e assim, foram os times que eu trabalhei, que eu tive a liberdade para isso e fazia sentido no contexto do time. É o que eu acredito, eu não sou refém de jogador, entendeu? Eu tenho minha visão a longo prazo do time, tenho minha visão estratégica. Se o cara, não importa quem seja, está avacalhando, rua. Tchau. E se a direção quiser ficar do lado do jogador, um abraço, eu que saio. Não tem como. Então, com uma coisa bem clara e definida assim e já teve momento que eu precisei deixar claro para o jogador: cara, olha só, se você não ajeitar isso, um abraço. Você acha que esse cara do Academy, eu não confio e não vai jogar? Eu selecionei ele também, eu vou subir ele e ele vai jogar.
Época da PRG e Garo
Teve uma época, lá na PRG, que a galera tava criticando muito o Garo e até a direção levantou esse ponto. E eu, não cara, não dá. Ele é importante para a coesão do time, ele faz um papel importante para os outros poderem jogar do jeito que eles tem que jogar, o cara é dedicado. Então assim, eu sou o primeiro aliado do cara que quer fazer funcionar e os caras entendem isso, então todos que eu trabalhei gostam disso e ficam bem com isso. Não se incomodam de serem cobrados firmemente, sabendo que eu vou estar do lado deles se eles estiverem se dedicando.
Assista ao episódio completo com Kalec no 2v1 Podcast clicando no link abaixo!