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LoL: Do jogo para a vida real; conheça a história e trajetória da banda Pentakill

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A Riot Games tem um histórico positivo não só para criar jogos, mas também em trabalhos em outras áreas que usam o universo criado por eles. Um exemplo disso é a banda Pentakill, que cativou os fãs do gênero e mostrou que a desenvolvedora consegue entregar mais do que bons games.

Formada por personagens virtuais, a banda de metal é um verdadeiro sucesso de audiência e agrada até mesmo que não joga League of Legends. Preparamos um post completo para te contar mais sobre a formação mais pesada do universo de Runeterra.

Nascimento da banda Pentakill

A banda foi criada dentro do jogo como uma história paralela às já existentes no universo League of Legends e, inicialmente, apenas dois personagens ganharam as skins temáticas.

“Nossa equipe de criação pensou que seria divertido fazer versões metaleiras de dois dos nossos campeões”, comentou Viranda Tantula, um dos criadores do projeto, em entrevista ao G1.

Mordekaiser e Sona foram os primeiros a serem arrastados para o mundo do Heavy Metal, ainda em 2010. Com o sucesso entre os fãs, outros três personagens  também ganharam suas skins Pentakill: Yorick (2011), Karthus (2011) e Olaf (2012).

Eles tiveram seus figurinos totalmente adaptados para gênero e suas armas viraram instrumentos. Alguns até possuem referências a músicos famosos, como o Slash e Vinnie Paul. Com o tempo as skins ganharam algumas melhorias visuais e suas artes também sofreram mudanças para se adaptarem melhor à qualidade gráfica do jogo atualmente.

Pentakill referências
Yorick e Olaf com referências visuais ao Slash e Vinnie Paul.

Com Karthus assumindo o vocal, Sona nos teclados, Yorick como baixista, Mordekaiser na guitarra e Olaf na bateria, surgia a banda Pentakill. A Riot poderia só capitalizar o sucesso das skins no jogo, mas resolveu ir além e materializar isso em um álbum de heavy metal! No dia 3 de junho de 2014 foi lançado o “Smite and Ignite”, primeiro álbum da banda Pentakill.

Foi um álbum com pouco mais de 30 minutos de duração e dividido em oito músicas, todas com seus nomes fazendo referência aos itens do jogo (muitos nem existem mais). Você pode escutar ele no Yourtube, ou na plataforma Spotify.

Para quem é fã do metal e suas vertentes, é clara a inspiração em várias bandas famosas como Avantasia, Sonata Arctica, Devin Townsend, Dragon force, The Symphony X, Epica, Dream Theater, Nightwish entre outras.

Mas como a empresa conseguiu captar tão bem esse tipo de sonoridade? É simples, para gravar o álbum a Riot convidou músicos já consagrados deste meio, entre eles: ZP Theart (ex-Dragonforce), Mike Pitman (Xerath), Tommy Lee (Mötley Crüe), Per Johansson (Ureas), Noora Louhimo (Batmegatle Beast), Derek Sherinian (ex-Dream Theater e atualmente no Sons of Apollo), Danny Lohner (Nine Inch Nails) e Jørn Lande (ex-vocalista do Masterplan, tem várias participações no Avantasia e vários álbuns solos).

A escolha dos músicos foi perfeita e o álbum ficou sensacional, sendo elogiado por vários sites especializados em música. Naquele ano, ele atingiu o primeiro lugar no Itunes na categoria “Metal”.

Apresentações da banda Pentakill ao vivo

Bem, vamos relembrar a trajetória até aqui: uma brincadeira entre os funcionários se transformou em duas skins com tema Metal, e a recepção dos fãs foi tão positiva que fez com que outras três skins desta linha fossem lançadas, formando assim a primeira banda virtual do League of Legends. Mais tarde o primeiro álbum desta banda viria a ser lançado, com participação de diversos músicos já consagrados.

Já é uma trajetória bem bacana, mas a Riot quis ir além e passou para o próximo passo: um show ao vivo da banda Pentakill, e sabe qual foi o primeiro país a ser privilegiado com isso? Isso mesmo, o Brasil.

Na final do primeiro split do CBLoL em 2015, a Riot BR trouxe o vocalista Jørn Lande, que junto ao brasileiro e também vocalista Nando Fernandes (que estava caracterizado de Karthus), cantou as músicas Lightbringer e Deathfire Grasp, finalizando a cerimônia de abertura daquela final.

Mesmo com as músicas não tão bem executadas instrumentalmente falando, essa participação foi um sucesso. Jorn foi impecável ao vivo e faz valer toda sua fama, e Nando Fernandes não ficou devendo em nada para o norueguês, mostrando que consegue entregar uma performance digna de um ser imortal cuja voz ecoa nos cantos mais secretos da alma de cada ser vivo do universo do LoL.

O sucesso da apresentação foi tanto que no ano seguinte Jørn voltou a apresentar duas músicas da banda, desta vez no encerramento do All-Stars 2016.

Jorn - All-Stars 2016
Jorn no All-Stars 2016.                                                                                                                         Foto: Riot Games

A banda tocou Lightbringer, um dos clássicos do primeiro álbum e, para finalizar, Mortal Reminder, que até então era inédita. Ela animou o coração dos todos os fãs por um seguinte motivo: Pentakill produziria um segundo álbum!

Lançamento do segundo álbum da banda Pentakill

Em 2 de agosto de 2017 a Riot Games lançou o primeiro clip do Pentakill, justamente da música Mortal Reminder, que havia sido mostrada lá no finalzinho de 2016. O vídeo mostrou uma bela caracterização dos personagens e também a introdução de Kayle na banda, que seria a segunda vocalista.

Um dia depois a empresa fez o lançamento do segundo álbum, o “Grasp of the Undying”. Ele é ainda mais pesado que o primeiro e conta com 10 faixas, mantendo a participação de Jørn em grande parte das músicas e adicionando mais artistas do mundo do metal, como o dinamarquês Per Johansson e a finlandesa Noora Louhimo, que faz as vozes de Kayle.

Novamente muitas referências a bandas famosas podem ser notadas, e dessa vez comentada por um dos produtores do álbum.

A música ‘Cloud Connected’, do In Flames foi um enorme ponto de referência para ‘Tear of the Goddess’. A música ‘Tornado of Souls’, do Megadeth tem, em nossa opinião, o melhor solo de guitarra entre todas as músicas de metal. ‘Spirit Never Die’ do Masterplan mostra Jorn em seu melhor. ‘Serpente Kiss” do Symphony X equilibra peso e o estilo progressivo, e sentimos isso em paralelo ao Pentakill. Esses foram apenas alguns exemplos. Todas essas faixas nos inspiraram de maneiras diferentes, tanto durante o processo do álbum, quanto em nossas vidas como fãs de música.

Grasp of the Undying também foi um sucesso e ganhou os ouvidos até de quem nunca ouviu falar de League of Legends na vida, mas era fã de Heavy Metal. O álbum até teve uma matéria destaque no jornal The Guardian com o título “Como uma banda que não existe atingiu o topo das músicas mais escutadas de metal no Itunes”.

Isso mesmo, o segundo álbum do Pentakill rendeu o topo na categoria “Metal” na plataforma da Apple por vários dias, além de entrar no top 40 da Billboard daquela época.

Retorno ao Brasil e mais apresentações ao vivo

O segundo álbum estava lançado e era um sucesso, mas os fãs queriam mais, queriam novamente ver as músicas sendo executadas ao vivo. Foi então que o nosso amado CBLOL novamente trouxe o Pentakill, desta vez para fazer a abertura da final do segundo split de 2017.

Outra tivemos um brasileiro caracterizado como Karthus ao lado de Jorn e dessa vez o papel ficou nas mãos de Alírio Netto. Um detalhe importante é que dessa vez toda a banda original também veio junto, então todos os músicos que gravaram as músicas no estúdio estavam ali, no palco do CBLoL, performando para uma torcida imensa!

A apresentação foi um sucesso, a plateia foi a loucura e a performance repercutiu bastante lá fora. No final daquele mesmo ano, a banda se apresentou no “A Concert Experience at Worlds“, evento de músicas feito pela Riot Games que reuniu vários músicos que já trabalharam com a empresa. A cerimônia aconteceu na China, um dia antes da final do Mundial de 2017.

Covers e mais covers da banda Pentakill

Com tamanha repercussão das músicas começaram a surgir vários covers no Youtube, inclusive de canais muito famosos dentro deste meio. O norueguês PelleK possui um vídeo cantando a música Lightbringer, do primeiro álbum:

O cantor Siegfried Song resolveu fazer cover com a banda completa, tanto da música Lightbringer quanto da Mortal Reminder, do mais recente álbum. Confira:

Jenn Sakura teve sucesso ao interpretar a música “Tears of the Goddness”, que na história é cantada pela Kayle. Ela já alcançou mais de 500 mil visualizações até o momento da publicação desta matéria. Confira:

Terceiro álbum do Pentakill?

Para a alegria dos fãs, nós teremos sim um álbum do Pentakill, inclusive com músicas de outros estilos, como é o caso do Djent. Um Rioter já havia comentado que um novo trabalho da banda não era apenas “questão de quando”, mas o músico e Youtuber Tre Watson acabou deixando escapar em suas redes sociais que estava trabalhando para a Riot Games no “Pentakill 3”.

Outro ponto importante é que o álbum irá englobar novos estilos que são vertentes do Metal, conforme disse o rioter Praesco.

Geralmente, criamos uma lista de sub-gêneros de metal que queremos ter certeza que vamos cobrir. Como no primeiro, sabíamos que queríamos ter algo clássico e que se transformasse em um hino (Lightbringer), algo rápido e divertido (Deathfire), algo djenty (Ohmwrecker) e por ai vai, então precisamos descobrir o que é o “próximo” para explorar. Melodias fortes estão sempre na prioridade. Muito metal é apenas um monte de ruído distorcido atualmente.

Agora é cruzar os dedos e torcer para o álbum ser lançado o mais rápido possível. Você também pode entrar no estilo Pentakill em suas partidas de LoL. As skins da banda estão disponíveis na loja por 975 de RP, exceto a da Kayle que custa 1350 por ser mais recente.

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Bruno Rodrigues
publicado em 13 de julho de 2019, editado há 3 anos

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