Em 2021, Hauz, meio da KaBuM, se aventurou como top laner enquanto defendia as cores alvinegras da INTZ. O resultado não foi dos melhores e logo depois ele voltou para sua posição de origem, na qual se destacou muito neste último ano.
Durante conversa no 2v1 Podcast, Hauz contou melhor de onde partiu esse desejo de mudança de lane e também como tudo aconteceu ao longo dos meses em que precisou jogar em uma posição completamente diferente.
Os motivos para ir pro top
Sobre as causas para aceitar esse desafio, Hauz diz que haviam duas opções para ele. Ou ele podia jogar o Academy em uma posição normal, ou ele se aventurava no CBLOL para estar em evidência.
Eu tinha uma proposta de um time do Academy para jogar mid e a organização do top era no CBLOL. Eu estava em uma neurose de achar que minha carreira estava muito estranha e que tudo tinha dado errado de novo. Teve a Rensga, mas teve o antes também que tinha sido a Falkol que só deu ruim e nem pegamos playoffs. Então eu decidi arriscar porque o CBLOL tem mais holofote que o Academy
Hauz também comenta que começou a se sentir ‘’velho’’ para o CBLOL e que por algum motivo estava se sentindo ficando para trás de outros jogadores que vinham surgindo ano após ano.
Por conta disso eu falei: vou pro top, tenho certeza que vai dar bom aqui, me acho bom mecanicamente
Adaptação difícil
A chegada de Hauz para o topo culminou junto do lançamento da Gwen, uma campeã problemática e que os jogadores ainda não sabiam muito bem as escolhas que eram boas contra ela. Além dela, Lee Sin, Nocturne e Renekton também estavam bem fortes naquele meta do CBLOL.
Era muita coisa para jogar no top e tinha muito cara bom contra mim. Era muito difícil. Além de todas as nuances da lane, eu não tinha muito apoio do time, no sentido de saber jogar comigo no top. Ás vezes eu sentia que eu era muito mais largado do que eu precisava, por exemplo, hoje tem uma wave do top ruim todo mundo vai lá para ajudar, todo mundo tá dando cover, todo mundo está tentando fazer algo para impactar na lane
Outro ponto que Hauz menciona durante a conversa é o fato de não conseguir se impor e falar dentro do time para ter algumas facilidades dentro das partidas, como escolha de matchups e banimentos para auxiliar na escolha de alguns campeões.
Todos os times têm isso. Mas eu não tinha, eu achava que precisava estar ali e ficar 0/0/0 e mesmo assim fazer chover. Eu poderia também ter jogado com Jayce, com Lucian e ser bem agressivo mesmo, o meu estilo. Tanto que, quando eu fui pro Academy, eu joguei de Jayce lá e ganhei dois jogos até contra a paiN jogando bem pra caramba aqueles jogos
Principais diferenças
Sobre as principais diferenças entre mid e top, Hauz diz que waves e trocas são muito ‘’mais complicadas’’, pois qualquer erro é capaz de te fazer ficar completamente inútil dentro da partida. Além disso, ele também frisou a escolha de runas para cada matchup como um ponto bem complicado de se adaptar.
Quando o Xiaohu foi pro top, ele jogava com três ou quatro bonecos, mas é um cara que joga há muito tempo em alto nível e então é mais fácil lidar com as coisas. Além de ele ter um time que jogava para ele