Funcionários da Riot Games em Los Angeles saíram nessa segunda-feira (6) em passeata. A ação se deu após a Cláusula Arbitrária acionada pela empresa para anular processos que haviam sido feitos por duas funcionárias.
Em julho de 2018, a cultura de machismo e sexismo dentro da Riot Games foi denunciada. Um mês após, a desenvolvedora do League of Legends divulgou medidas para mudar esse comportamento interno. No entanto, semanas depois, duas funcionárias processaram a empresa por assédio sexual constante, conduta inapropriada e preconceito inseridos dentro do ambiente de trabalho da Riot.
A acusação de 25 páginas cita fatores como a “bro culture” na empresa, denunciada em reportagens recentes. Esse termo é categorizado como uma cultura machista que privilegia os funcionários homens e relativiza abusos e comportamentos ofensivos para com as mulheres no ambiente de trabalho.
Para evitar esses processos, a Riot realizou uma ação para anular todas as acusações sobre a empresa. É a cláusula arbitrária, cuja obriga que todas as questões da Riot sejam resolvidas internamente, sem recursos legais.
Parte dos funcionários da empresa em Los Angeles resolveram ir às ruas para demonstrar a indignação com as atitudes da Riot. Um pouco mais de 100 pessoas, segundo os organizadores da passeata, se reuniram durante o horário de trabalho para reivindicar mudanças nos comportamentos machistas e sexistas da empresa.
“Já se passaram oito meses desde o artigo original, e eu ainda não vi nenhum resultado para nossa diversidade ou esforços de inclusão na Riot. Não vi uma única métrica ou número que indicam que as coisas melhoraram, e não vi um único projeto ser finalizado”, disse um dos organizadores da passeata ao portal Kotaku.
Embora as acusações sobre o ambiente machista encontrado dentro da empresa ainda sejam realizados pelos funcionários, um membro da passeata afirmou que a Riot se preocupa sim com as acusações. “A maioria dos Rioters acreditam que os executivos estão preocupados. Eles se importam com o fato de serem publicamente humilhados”.
Os membros da passeata não têm a demissão como o “maior medo”, mas sim “a possibilidade de não sermos ouvidos e continuar tudo como está atualmente”.