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LoL: GM da Team Liquid comenta polêmica sobre vagas da LCS no Worlds e afirma que “equilíbrio é fundamental”

League of Legends

Uma das organizações mais tradicionais do Ocidente, a Team Liquid marcou presença na BGS 2025 com um estande repleto de ativações e um campeonato de Rainbow Six Siege, que distribuiu R$ 20 mil em premiações e reforçou a conexão com os cada vez mais numerosos fãs da Cavalaria.

Apesar da forte ligação com os torcedores brasileiros, a organização norte-americana também está presente na LCS 2026, liga que tem sido alvo de uma campanha de boicote por parte da comunidade brasileira de League of Legends.

Em entrevista exclusiva ao Mais Esports durante a feira de games realizada em São Paulo, Rafael Queiroz, General Manager da Team Liquid, comentou sobre as diferentes modalidades competitivas da organização, sua relação com as publishers e o boicote brasileiro à liga norte-americana de LoL. Confira o bate-papo abaixo.

Rafael Queiroz, General Manager da Team Liquid.
Foto: Divulgação.

O que teve de diferente para a Team Liquid na BGS 2025?

Essa foi uma edição especial pra gente. Viemos com algumas ativações diferentes do que tivemos nos últimos anos.

Aconteceu um campeonato de comunidade de Rainbow Six aqui no palco — algo que estávamos tentando fazer há muito tempo. Foram três qualificatórias, com quase 800 times, então é uma das coisas mais legais pra gente, porque ajuda a fomentar o cenário e permite que os jogadores sintam um pouco da experiência de um pro player.

Também tivemos estações de gameplay com vários jogos, incluindo uma estação mobile com o Rainbow Six Mobile, além de uma roleta pra o público tentar a sorte e ganhar brindes — quem sabe até algo bem especial.

E, claro, as ativações de palco, meet and greets e partidas com pro players. Ou seja, teve muita coisa acontecendo o tempo todo, e acho que isso vai proporcionar uma experiência muito legal pro fã.

Como surgiu a iniciativa de ter um campeonato de Rainbow Six no estande da Liquid?

Foi uma iniciativa em parceria com a Ubisoft, então é um campeonato oficial, por assim dizer. Hoje, pra sediar um campeonato, é preciso uma licença que eles liberam especificamente pra aquela competição. A estrutura que estamos usando é, basicamente, a mesma que a Ubisoft utiliza nos torneios que ela própria promove.

A ideia surgiu lá atrás. A gente pensou: “Como podemos fazer esse campeonato?”, mas, na época, ainda não tínhamos uma equipe capaz de gerenciar tudo isso. Também precisávamos do apoio da Ubisoft pra realizar do jeito que queríamos.

E neste ano, finalmente, deu certo — coincidindo com a BGS. Então, esse é o primeiro, e espero que seja o primeiro de muitos. É uma das iniciativas que a gente vem tentando colocar em prática desde a primeira vez que participamos.

Foto do estúdio da LTA na partida de Team Liquid e 100 Thieves.
Partida entre Team Liquid e 100 Thieves na LTA Cross Conference 2025 1º Split. Foto: Reprodução/LTA Sul Flickr

Falei com o diretor de Esports da Ubisoft há algum tempo, e ele afirmou que tinha a intenção de triplicar os campeonatos de comunidade. Como você encara esse compromisso e fomento da publisher?

Cara, eu acho isso extremamente importante, pra ser bem sincero. A publisher normalmente entende como fazer o ecossistema geral funcionar, enquanto o time sabe cuidar do microecossistema — o desenvolvimento dos jogadores, a operação da equipe, e por aí vai. Acho que uma coisa complementa a outra.

Existem diversas iniciativas que as publishers usam pra fomentar a comunidade, mas essa é, talvez, a primeira vez que vemos uma publisher se unindo — não só à Liquid, mas a todos os times do competitivo — dando a eles a possibilidade de organizar o próprio campeonato.

E isso só é possível porque eles nos cedem todas as ferramentas que usam pra gerenciar as competições, algo que, às vezes, as equipes de esports não têm a expertise necessária pra fazer sozinhas.

Ao mesmo tempo, a gente tem a comunidade — e conseguimos ativá-la por meio dos pro players, streamers e outros profissionais do cenário. É uma combinação que tem dado muito certo.

Na foto, torcedores vendo Team Liquid contra Karmine Corp
Team Liquid participando do First Stand 2025. Foto: Reprodução/LoL Esports Flickr.

Acha que o Rainbow Six tem uma maior adesão e apoio no seu Tier 3 do que outras modalidades?

Acho que talvez seja até uma iniciativa única, pra ser sincero. Pelo menos aqui, a publisher está ajudando, fomentando, investindo e cedendo estrutura. A gente sabe que existem campeonatos Tier 3, Tier 2, enfim — praticamente em todos os jogos —, mas muitos deles acontecem de forma independente.

Mas essa iniciativa específica é, acredito, a primeira vez que estamos vivenciando algo assim. E é uma fórmula muito boa pro sucesso, porque todo mundo sai ganhando: a gente fomenta a comunidade, desenvolve o cenário, traz novos jogadores e talentos, e oferece uma estrutura onde eles conseguem vivenciar um pouco da experiência profissional.

No fim das contas, no médio prazo, esses jogadores que estão competindo aqui hoje provavelmente serão os próximos pro players do cenário competitivo de mais alto nível — o tier S, que é o que mais aparece. Acho que é algo muito positivo.

Foto do Reload, campeonato internacional de Rainbow Six.
Foto: Reprodução/Rainbow Six Esports Flickr.

O que você achou sobre o possível boicote do público brasileiro à LCS 2026? Teme que isso possa impactar negativamente a imagem da organização, mesmo que a operação da Team Liquid LoL seja relativamente independente?

Cara, não é tão separado assim, na verdade. A gente tem uma estrutura global, então há um alinhamento em tudo o que fazemos — e esse alinhamento é superimportante.

De certa forma, o movimento pra reivindicar melhorias no ecossistema é muito válido, principalmente quando todos têm o mesmo objetivo.

No passado, já vimos situações em que uma organização protestava enquanto outra concordava, e essa falta de alinhamento acabava dificultando as coisas. Fica a dúvida: “Como vou corrigir algo de um lado sem prejudicar o outro?”

Mas quando o movimento vem numa onda única — com o mesmo sentimento e propósito —, ele se torna muito mais relevante, até por abrir espaço para o diálogo. No fim das contas, o nosso entendimento é que publisher e organização são parceiros dentro do mesmo universo competitivo. Um não vive sem o outro.

Por isso, encontrar um meio-termo em que tudo funcione bem para ambos os lados é extremamente importante.

Muitas vezes, esse diálogo só acontece por causa de uma mobilização maior de um dos lados — e isso é positivo. Espero que esse processo leve a condições que realmente melhorem o ecossistema como um todo, porque, no fim das contas, sempre sai algo benéfico desse tipo de conversa.

Foto da equipe da Team Liquid
Foto: Reprodução/LoL Esports Flickr.

Acha que a LCS realmente merecia 3 vagas para o próximo Mundial de LoL?

Cara, é polêmico, é difícil dizer. Depende muito do ponto de vista. Pelo menos do ponto de vista do público consumidor, estamos falando de uma das maiores economias do mundo, e isso impacta diretamente o jogo, que por sua vez afeta o ecossistema.

Ao mesmo tempo, é importante que o jogo tenha condições de se expandir para outras regiões que talvez não tenham o mesmo aporte ou estrutura.

Então, é uma decisão complicada, não só para a comunidade, mas também para a publisher, que precisa avaliar como equilibrar as coisas. É um ponto que gera muita discussão.

Por exemplo, no Valor de Game Changers, havia apenas uma vaga para as Américas, para a América Latina. Agora, com o Last Chance Qualifier e outras mudanças, já existe uma vaga adicional que os times podem disputar.

À medida que o tempo passa, o mercado se ajusta, e sabemos que tudo nos esports é muito dinâmico. O que funciona hoje pode não funcionar amanhã, e ajustes sempre serão necessários.

Foto do stage para confronto entre Team Liquid e Cloud9.
Foto: Reprodução/LTA North Flickr.

Qual o impacto de grandes parcerias, como a Visa, para a Liquid? E o que isso proporciona de diferente em eventos como a BGS 2025?

Cara, pra Liquid, é inegável que ter uma marca do tamanho da Visa ajudando a sustentar um projeto tão desafiador faz toda a diferença.

O próprio cenário misto já é desafiador, e o Game Changers acaba sendo ainda mais nesse sentido. A longevidade que temos no projeto está muito ligada não só aos nossos objetivos — como diversidade, qualidade e tudo o que é importante pra gente —, mas também à geração de recursos para garantir competitividade.

Isso dá aos jogadores a confiança de que podem competir, sonhar com o título mundial ou subir para o cenário misto. Esse trabalho só é possível porque temos marcas externas entrando e ajudando — e não é só pra Liquid, mas para o cenário como um todo. É uma mensagem importante para outras marcas: o competitivo não é feito por um time só.

Então, eu acho que isso é super valioso e faz toda a diferença pra gente e para a comunidade.

Pra fechar, qual é a importância do contato direto com a comunidade brasileira para a Team Liquid?

Cara, a gente é endêmico do digital, então temos muito mais interação com os fãs no universo online do que no físico.

Por isso, quando pensamos em participar de um evento como a BGS, estamos falando de experiência — de trazer para o mundo físico e tátil aquilo que muitas vezes discutimos como apaixonados pelo esporte, pela Liquid e pelo cenário em geral.

Para a gente, esse momento é especial porque permite criar uma experiência inesquecível. E essa experiência não serve apenas para agradar quem já é fã da Liquid, mas também para conquistar novos fãs, deixando uma marca no coração deles.

A ideia é que a organização se torne um ponto de referência em comum dentro de uma grande comunidade que curte games, esportes e cultura pop de forma geral. Esse ponto de intersecção acaba se tornando natural, quase universal dentro desse público.

Foto de bandeira com o logo da Team Liquid.
Foto: Reprodução/LTA North Flickr.
Ian Teixeira

por Ian Teixeira

Publicado em 15 de outubro de 2025 • Editado há 29 dias

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