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LoL: “Nunca ganharam nada”, diz Buero sobre opinião de “pros de Twitter”

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O Circuito Desafiante 2025 tem tudo para ser uma das edições mais acirradas da competição. Além de coroar a melhor equipe do tradicional Circuitão, ela também dará uma oportunidade de disputar uma vaga para a LTA Sul em 2026, disputando contra a Isurus Estral e as melhores equipes do Tier 2 da LLA.

Dentre as classificadas para a competição, está a Tormenta E-Sports, que tem entre seus jogadores uma personalidade do LoL brasileiro: O ex-streamer, e agora pro player, Buero. O atirador bateu um papo com o Mais Esports sobre a nova rotina, os treinos e o debate acerca do ego dos profissionais no Brasil. Confira a entrevista:

Das streams em 2018 ao cenário profissional: a caminhada de Buero

O jogador fez o caminho contrário da maioria dos profissionais do League no Brasil, que geralmente jogam o competitivo do jogo e depois se tornam streamers e criadores de conteúdo em um geral. Buero falou sobre sair da rotina das lives, para finalmente realizar seu objetivo de ser pro player:

Desde o início, quando comecei a jogar, eu já tinha a visão de que queria ser um pro player de sucesso. Era algo que eu sempre almejei (…). Sou streamer há sete anos, e acordar todos os dias para jogar solo queue, que é extremamente estressante, acaba sendo cansativo. Mas, ao mesmo tempo, scrimar o dia inteiro também é exaustivo.

Agora que comecei a scrimar o dia inteiro, percebo o impacto mental disso – um dia você se sente incrível, no outro acha que é o pior do mundo. Isso vai consumindo sua mente aos poucos, mas faz parte do processo, é o preço a se pagar.

O jogador seguiu comentando que queria se desafiar e sair da zona de conforto, além de falar qual seu maior sonho como profissional:

Minha vida estava muito cômoda, monótona, sem um caminho definido. Quando surgiu essa oportunidade, pensei: “Caramba, agora é a hora!” Já fiz três bootcamps na Coreia, tenho uma boa experiência jogando em nesse nível, e acredito que meu nível seja, no mínimo, compatível com o Tier 2. Estou treinando para isso, buscando melhorar minha gameplay.

Então, decidi tentar, montar meu time e seguir em frente, porque eu queria mudar essa zona de conforto. E agora tenho pessoas me apoiando nessa jornada. Meu maior sonho hoje é chegar na final do CBLOL (hoje, LTA Sul), sentir a emoção de ouvir a torcida gritar meu nome e saber que estou inspirando outras pessoas. Esse é o meu objetivo, e é o que mais desejo.

Buero finalizou falando que acredita no processo, e sabe que ainda estará amparado pelas streams caso não alcance as expectativas como profissional:

Acredito que, desde o começo, quando peguei meu primeiro computador, tudo já foi uma luta. Cada passo foi construído tijolo por tijolo, sempre assim. Como nunca tive a oportunidade de entrar em um time, precisei criar minha própria vaga. E isso, para mim, é algo incrível – essa construção lenta, na paciência, superando desafios.

Acho que o futuro é promissor. E, mesmo que não seja, no final das contas, ainda tenho a stream. No fim, deu tudo certo, tentamos, e é isso… seguimos em frente.

“Não é sobre lógica, é sobre coração”, diz o atirador sobre ingressar em momento de crise no cenário

Ao comentar sobre ingressar em um cenário aonde as críticas são constantes, e os resultados dos melhores times nacionais tem decepcionado, o jogador falou que quer disputar contra os melhores, e admitiu que a decisão conflita com a razão e o que parece ser “certo”:

O caminho natural da maioria é primeiro ser pro player e depois virar streamer. Então, por que você está fazendo o caminho inverso, de streamer para pro player? Muita gente já me perguntou isso, especialmente agora, com o cenário em ruínas. Hoje mesmo alguém comentou: “Mano, você tá vendo que o cenário tá desmoronando, por que ainda tá tentando?”

Minha vida como streamer é confortável. Eu poderia simplesmente continuar falando sobre os outros, comentando sobre a IDL, a Ilha do Congo, a Ilha da Sucata, analisando os pro players. Mas, no fundo, eu quero sentir isso na pele, quero competir de verdade.

Quero me testar, ver se estou no nível dos caras ou se consigo superá-los. E sei que, conforme for jogando, posso evoluir. Esse é um sonho real, um sonho de verdade. Se fosse pela lógica, eu ficaria na minha zona de conforto, sem me preocupar com nada, sem me estressar. Mas aqui não é sobre lógica, é sobre coração.

“É o sujo falando do mal lavado”, diz Buero sobre ego dos profissionais

Ao ser perguntado como seria sair da vida de streamer, que permite que você comente livremente sobre o desempenho dos profissionais, para a vida de pro player, que pode construir algum tipo de ego, o ADC foi categórico:

A gente precisa reconhecer a realidade: nós não somos bons, tá ligado? Chegamos em um ponto em que temos que nos perguntar: “O que podemos fazer para melhorar?”

Não adianta ficar apenas apontando o dedo, como muitos co-streamers fazem, se levantando da cadeira e dizendo que somos ruins demais. O mesmo vale para ex-jogadores que só criticam. A verdade é que isso não agrega nada para o nosso nível competitivo. O foco deveria estar em evoluir, não só em apontar defeitos.

O jogador ainda disparou para quem classificou como “pro players de Twitter e de Solo Queue”:

Tem muitos “pro players de Twitter” e jogadores de solo queue que nunca ganharam nada, mas ainda assim se sentem no direito de falar dos outros. Eu acho isso uma vergonha.

Se um pro player está há 10 anos no cenário e nunca conquistou nada, ele não tem moral para julgar quem está competindo ou tentando. No fim das contas, o número de CBLOL que eu tenho é o mesmo que alguns pro players que estão há 5, 10, 15 anos no competitivo. Acho que esses caras deveriam ser mais humildes, colocar o pé no chão e reconhecer que também precisam melhorar. 

O jogador prossegue falando sobre como caiu na realidade ao ingressar no competitivo e na realidade dos treinos:

Minha ficha caiu forte. Antes de entrar, eu realmente acreditava que meu nível era absurdo, que eu era tecnicamente muito bom e que, ao entrar em um time, ia simplesmente dominar. Mas não foi assim.

Quando comecei a scrimar, tomei vários stomps de times fortes – embora também tenha vencido algumas. E foi aí que percebi que as coisas não eram como eu imaginava. O jogo tem um nível totalmente diferente dentro do competitivo.

Jogar profissionalmente exige muitos fundamentos que só se adquirem com experiência. Tem muita gente que fala sem saber, espalhando desinformação. Antes de entrar, eu era ignorante sobre muitas coisas. Não que hoje eu saiba tudo, mas percebo o quanto eu falava sem ter real noção do que estava acontecendo.

Foto de Buero, ADC da Tormenta E-Sports
Foto: Reprodução/Redes sociais.

“As filas estão boas”, diz Buero sobre Solo Queue

Quando questionado se ainda via sentido em jogar filas ranqueadas jogando profissionalmente, um ambiente que muitos pro players se afastam por ter uma disparidade de nível para o jogo profissional, o ADC foi sincero:

Hoje, eu não acho que a solo queue esteja ruim. Com a LTA tendo seis times brasileiros e o fim do antigo Tier 2, muitos pro players ficaram sem time. Isso fez com que a solo queue ficasse bem movimentada. Atualmente, estou com 1100 pontos, e qualquer horário que eu dou fila, só tem Challenger, até de madrugada, tipo 3 ou 4 da manhã.

Pra você ter uma ideia, ontem, às 3h da manhã, jogadores como Frosty, Brance e Titan estavam na fila. Então, os pro players estão jogando, e as partidas estão de alto nível. Se tem pro player reclamando que a fila está ruim hoje, é porque simplesmente não quer tentar.

Além disso, vi que alguns pro players estão apenas no Mestre ou no GM. sinceramente, acho feio um pro player estar nesse nível.

“Tem sido difícil”, diz Buero sobre busca de investimento e organizações

Por fim, o jogador falou sobre a busca por parceiros para a disputa do Circuitão, e revelou que o nome do time não deve mais ser Tormenta, e que continua a procura de uma organização para amparar sua equipe:

Cara, sobre isso, a gente conversa todo dia. É complicado. Tem jogador no time que não quer jogar sem uma organização ou um investidor por trás. Alguns já estão de saída, e eu estou tendo que correr atrás, conversar e procurar soluções.

O prazo já está chegando. No próximo mês, tudo precisa estar encaminhado. Esse momento agora é crucial, então estou tentando falar com o máximo de pessoas possível e buscar todas as oportunidades disponíveis.

Buero revelou ainda que sua equipe não deve mais se chamar Tormenta E-Sports, e reiterou que caso não encontre parceiros, o projeto pode sofrer alterações:

Até agora, porém, não surgiu nada relevante para entrarmos como parte de alguma organização. A Tormenta, por exemplo, era de um patrocinador que acabou saindo, então não será uma opção para a gente. Se não conseguirmos uma organização, provavelmente vamos jogar como “Buero Team” ou “Buero e Amigos”, algo assim. Mas tenho fé que até o final desta semana a gente consiga alguma coisa.

Se não der certo, seja o que Deus quiser, porque pode ser que o time mude completamente.

Circuito Desafiante 2025 está prestes a começar

O Circuitão inicia no dia 17 de março, e Buero e companhia não devem ter vida fácil no torneio, que conta Flamengo, Corinthians, KaBum IDL e equipes academy de RED e Vivo Keyd, além da LOS, que esteve na Coreia por 2 meses e treinou contra equipe da LPL.

Circuito Desafiante 2020
Foto: LoL Esports

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Ian Teixeira

por Ian Teixeira

Publicado em 07 de março de 2025 • Editado há 9 dias

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