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LoL: Shrimp diz que estava confiante, mas admite: “Não treinamos muito com Nocturne”

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O Flamengo teve curta passagem pelo Mundial de League of Legends. Tendo caído no considerado “Grupo da Morte”, a equipe brasileira foi eliminada após perder seus três jogos deste sábado (5), incluindo o desempate para os turcos da Royal Youth.

Após o resultado negativo, o Mais Esports conversou com o jungler sul-coreano Lee “Shrimp” Byeong-hoon, que falou sobre as últimas partidas, o pick de Nocturne, além do mid-laner ShowMaker, da DAMWON e o fato de ter enfrentado uma equipe conterrânea.

Shrimp disputou o primeiro Mundial de sua carreira (Foto: Riot Games)

“Eu sinto que  jogamos bem, mas não praticamos muitas coisas. A gente só treinou uma ou duas coisas pra Md1 e por isso a gente perdeu, acho”, explicou o caçador.

Para a partida “regular” contra o Flamengo, a Royal trouxe o pick de Blitzcrank, algo inusitado até então. Sobre a surpresa do pick, Shrimp admitiu que realmente não esperava o campeão, e até por isso, sua equipe jogou de forma passiva. “Foi um bom pick para eles.”

Agora falando da partida contra a DAWMON, onde o Flamengo até teve um bom início de jogo, o jungler explicou a estratégia e justificou o pick de Nocturne, algo que ele pouco utilizou durante a temporada:

“A gente tinha que ter um early game bom porque achamos que os outros times são melhores no mid-game, então pensamos: ‘a gente precisa ter um começo de jogo melhor’. É por isso que eu fico com campeões “high-tempo”, como Rek’Sai e Lee Sin, Na verdade, a gente não treinou muito com o Nocturne, mas eu tinha confiança de jogar com o campeão. Então acho que eles[DWG] só jogaram melhor.”

Em uma entrevista, o mid da DAMWON, ShowMaker, falou sobre a equipe brasileira, e apontou que esta precisava melhorar suas rotações. Quanto a isso, Shrimp explicou que o Flamengo estava acostumado a jogar para a bot lane, e não o top. “Treinamos muito, mas não tivemos muito tempo, acho que era nossa fraqueza, por isso ele [ShowMaker] mencionou.”

Dando espaço para uma pergunta do público, Shrimp foi questionado se uma equipe joga diferente em scrims (treino) e no palco. “Claro. Na scrim, as pessoas não se importam com morrer ou fazer todas as plays direito, mas no palco todo mundo joga passivo, seguro. Eu sei disso. No palco, eu sabia que as pessoas iam jogar mais seguro, então eu sabia que eu precisava fazer um novo caminho na jungle pra gankar. Tem muita diferença entre scrim e o palco.”

Shrimp teve grandes atuações pelo Flamengo no Mundial (Foto: Riot Games)

Um movimento que tem se tornado comum entre os junglers do Mundial, é de sair da base com a sentinela amarela (trincket), colocá-la em algum ponto e voltar base para trocar o amuleto. O jungler esclareceu que está estratégia é boa quando uma invasão no nível 1 é possível:

“No primeiro jogo [contra a DAMWON] eu coloquei essa ward no nível 1 e mudei o amuleto, mas acabei colocando a ward no lugar errado, então não vi a invasão, por isso foi um jogo difícil. Mesmo se eu coloco uma ward e mudo o amuleto, depois de três campos, quando estou level 3, o cooldown do meu amuleto já está ok, então posso usar mais uma vez. É por isso.”

Uma experiência diferente para Shrimp neste Mundial, o primeiro de sua carreira, foi ter jogado contra uma equipe sul-coreana. Inclusive, com passagens pela LCS NA e Japão, o “camarão” nunca jogou profissionalmente em sua terra natal.

Apesar da curiosidade, ele preferiu focar nas partidas em si, inclusive contra os turcos.

“Contra a DAMWON, eles são muito bons mecanicamente, em rotação, em macro. A gente sabia disso, então só aceitamos. Eles são melhores, então precisávamos ganhar vantagem no early game. Estávamos super na frente [no early game], mas eles jogaram melhor o mid-game então acho que foi por isso que perdemos.”

“A Royal Youth sabia como ganhar os jogos. A condição de vitória era um split-pusher forte no lado vermelho, como a Fiora. Um pick safe na botlane, um 2v2 forte no mid, 3v3 no topo. Claro que a RY é um time bom, mas não são tão bons no macro, só que não sabíamos como jogar contra split-pusher, então é por isso que perdemos”, finaliza.

Por fim, um recado rápido para a torcida flamenguista e fãs brasileiros pôs um ponto final na entrevista: “Obrigado a todos que apoiam a mim e ao time. Eu amo vocês.”

Ele também deixou uma mensagem em suas redes sociais

O Flamengo encerrou sua participação no Mundial de LoL 2019 com uma vitória e quatro derrotas. Com o precoce fim, a temporada brasileira de League está praticamente no fim. Um último torneio, a Superliga, é aguardado para novembro, mas ainda sem datas e equipes participantes definidas.

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Vitor Ventura
publicado em 6 de outubro de 2019, editado há 5 anos

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