Disputar uma liga major não é o sonho somente de jogadores, mas também de treinadores de diversas regiões emergentes, incluindo o Brasil. O treinador ex-CNB e Vivo Keyd, Turtle, realizou esse sonho ao ser contratado como coach da Evil Geniuses, da LCS, primeiro como Positional da Jungle, mas depois promovido a Head Coach.
Em participação no Md3 Podcast, o “tartaruga” contou como foi o processo de indicação à coaching staff do time norte-americano e as entrevistas necessárias até ser confirmado como reforço para a comissão técnica das equipes de LoL da EG.
Depois que saí da Vivo Keyd, o Peter entrou em contato comigo e disse que iria abrir um processo seletivo na EG e que ele iria me indicar. Ele continuou acompanhando, mesmo ele já fora do Brasil, eu passei por cinco entrevistas, em nenhuma o Peter estava junto, porque foi justamente ele que me indicou. Conversei com três pessoas diferentes da EG, um coach, o General Manager, o Analista Chefe e aí fiz mais reuniões com eles.
Turtle também fez questão de exaltar o profissionalismo da organização, que sempre o deixava a par de tudo que ocorria no processo de seleção. “Você está em primeiro, agora está entre você e outro cara. Foram uns 100 coaches que conversaram. Eles iam me avisando durante todo o processo para justamente eu estar pronto.”
O Coach também relembrou que houveram equipes brasileiras, até mesmo em 2022, que conversaram com ele, alegaram que gostaram do que ouviram, mas depois não davam nenhum tipo de retorno, tão pouco proposta. Até mesmo quando contratavam outro nome e não avisavam.
“No Brasil, eu me sentia uma peça. Eles não queriam o Turtle, eles queriam um treinador qualquer. A EG me tratou com bastante respeito do início ao fim”, desabafa.
Relação com Svenskeren
Ao ser contratado pela EG, Turtle começou como Positional Coach na Jungle, tanto para os caçadores do time principal, como também do Academy e até divisão amadora. Ainda no tema profissionalismo, o brasileiro elogiou bastante o titular da posição, Svenskeren, que muitas vezes elogiava o feedback dado por ele.
Às vezes, o time da LCS estava fazendo um review, eu puxava o Svenskeren de lado para dar um review só da Jungle. O Peter sempre me apoiou, deixava eu falar com ele, e com o tempo, viu-se uma evolução no jogo do Sven e ele até me agradecia por isso, foi tudo muito bacana, ele também sempre me respeitou muito.
“Me deixou muito feliz também porque, eu mesmo vindo de uma região minor, eu ainda sei as coisas”, comemora.
Por fim, Turtle ainda comentou que vê ser necessário que uma equipe tenha, ao menos, quatro a cinco pessoas na comissão técnica, para que todas as necessidades sejam cumpridas.
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