Desde 2013 com a vida dedicada ao League of Legends, Zantins anunciou em dezembro de 2019 que estaria dando uma pausa do competitivo, meses após ser derrotado para a Vivo Keyd na semifinal do Circuito Desafiante. Após quase três meses fora do cenário, Zantins conversou com o Mais Esports.
Na entrevista, falou como está aproveitando esse tempo fora do competitivo, a dificuldade de tomar a decisão de parar e também a vontade de voltar ao cenário profissional.
“Esse período tem sido muito importante pra mim, eu me reaproximei de amigos que eu não tinha contato há anos devido a rotina de competitivo e morar longe, me reaproximei até da minha família”, declarou.
“Estou acompanhando tanto o CBLoL quanto o Circuito Desafiante, e há algumas semanas voltei a jogar SoloQ no meu tempo livre, mas fora da minha lane [top]. Só por diversão”.
Um período de dois meses separou a queda da Havan, então equipe de Zantins, e a decisão do topo de deixar o competitivo. Com 26 anos, o bicampeão disse que refletiu muito nesse tempo.
“Não foi algo no calor do momento, foi uma decisão que eu pensei muito antes de tomar. Eu precisava desse tempo para respirar e organizar as ideias. Eu não estava 100% motivado a continuar jogando e me dedicando pro competitivo e foge da minha filosofia fazer algo se não for para dar meu melhor”.
A derrota na semifinal do Circuito Desafiante encerrou as chances da Havan de subir para o CBLoL em 2019. Em caso de uma classificação ao CBLoL, Zantins não dá certeza se pararia de jogar.
“Se a gente tivesse subido, muita coisa poderia mudar, principalmente meu sentimento em relação a continuar jogando. É algo que não dá para saber”, continuou.
2018 foi o ano de maior sucesso do jogador, quando foi campeão do dois splits do CBLoL ao lado da KaBuM. No entanto, foi no Mundial que começou a derrocada após os brasileiros terem sido eliminados com uma vitória e três derrotas.

“A campanha do mundial com certeza deu uma desanimada em todo mundo [da KaBuM]. Ficou nítido a frustração de cada um por não ter representado bem o Brasil. Em poucas palavras, eu diria que o desempenho ruim da KaBuM no início de 2019 foi porque deixamos de ser uma unidade que joga em prol da equipe para ser cinco jogadores que querem se destacar”, afirmou Zantins.
Tendo se reaproximado com a família, Zantins tem trabalhado junto com os pais na empresa da família na área de administração e voltou a tocar um projeto relacionado ao LoL. Porém, a vontade de retornar ao competitivo é pequena.
“No momento, tenho motivações maiores do que de voltar a competir, como ajudar meus pais na empresa deles. Passar um tempo com a família e amigos, além de terminar o projeto pessoal que comecei no segundo semestre do ano passado. Como disse, assisto CBLoL, Circuitão e algumas ligas internacionais e aquela vontade ainda existe dentro de mim, só não é minha prioridade”.
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