Neste sábado, a LOUD conquistou sua primeira vitória no terceiro split da LTA Sul 2025, e o Mais Esports entrevistou com exclusividade Sephis, assistente técnico da Verduxa, para entender mais sobre os bastidores da nova formação da tetracampeã.
Sephis, o quanto foi importante essa primeira vitória, na sua visão?
Ah, por mais que não coloque a gente no upper bracket até então, que eu acredito, né, pelo que vi, acho que é bem importante pra gente no quesito de confiança. É um passo necessário pros jogadores sentirem que estamos num caminho bom. E, por ter jogadores novos e uma line-up nova como um todo, acabamos sendo um pouco dependentes da vitória pra ganhar confiança. Então é valioso pra gente, sim, pra poder imbicar um split melhor, digamos assim.

Gostaria de entender como tem sido o trabalho ao longo dessas três primeiras. Pode explicar pra gente?
Vou dar uma resumida grande aqui, porque essa foi uma boa semana de trabalho. Desde a chegada do Raise, que não estava aqui na primeira semana, eu não me envolvi muito com os jogadores, porque naquele momento senti que precisávamos ouvir exatamente o que ele tinha a falar, seus pontos de vista, como ele via o jogo, etc. Quando ele chegou, começamos o trabalho, entendemos exatamente o que era bom pra gente no draft, como as coisas iam se encaixar, se precisaríamos ceder certos campeões ou se poderíamos nos adequar a eles. Trabalhamos muito também no nosso mid-game: entender a pressão do mid, das sides, como nos movimentar pelo mapa, quais seriam nossas prioridades.
Não só no draft, mas dentro do jogo — o que buscar para vencer. Foi um trabalho grande pra estarmos na mesma página e estabelecer uma filosofia de time. Percebi, e o Raise comentou o mesmo comigo, que temos filosofias parecidas, pensamos de forma semelhante sobre o jogo. Ele é muito competente e tem bom conhecimento, então temos nos dado bem.

Nessa última semana, comecei um acompanhamento mais individual com o Jool. Surgiu uma preocupação em relação a ele, que poderia receber mais atenção. Conversei com o Raise e ele me orientou a ficar mais próximo, puxando a orelha dele, vendo alguns aspectos da lane phase, coisas micro e de assignment que às vezes ele erra e acaba se prejudicando. Comecei esse acompanhamento agora e pretendo seguir durante o split.

O Redbert está atuando em altíssimo nível. Ao que se deve essa melhora absurda?!
O Redbert é um cara muito voltado ao ambiente e equilíbrio do time. Particularmente, acho que a chegada do Gryffinn mudou bastante o clima e a energia do grupo. Ele traz muita energia, e dá pra ver isso depois dos jogos, pulando, gritando, curtindo muito a vitória. Está vivendo o momento e aproveitando a experiência dele no Brasil, e essa energia é contagiante.

Sobre o Redbert, percebi desde sempre que ele depende dessa confiança, de se sentir bem, do clima do time, pra fazer as jogadas acreditando que está no caminho certo. É um conjunto de fatores: o clima do time, ele se sentir bem com os companheiros e dentro do jogo

O Raise também deu feedbacks pra ele sobre movimentação, e hoje nossas sides exigem menos atenção do que com a lineup anterior, o que dá mais liberdade pra ele jogar com o Route e decidir em qual wave atuar. Isso também se reflete no mid-game: às vezes o Robô joga mais sozinho, e o RedBert pode escolher se ajuda ele, vai pra outra side, fica com o Jool ou com o Route, ou puxa o mid. Essa liberdade contribui pra boa performance dele.
Sobre o Gryffin: ele tem lutado muito bem, mas ele parece gostar de fazer dragões – por vezes até demais. Você acha que esse é um ponto pra consertar?
O Gryffinn é uma energia nova, tem só 18 anos, e isso é empolgante. Não é só a energia de um jogador novo, mas de uma pessoa nova no grupo. Ele contagia a equipe na sala e no dia a dia. Não é algo específico que treinamos em volta disso, mas ele às vezes peca, outras vezes acerta. Tem um olho muito bom pra fight, sabe startar um Drake pra baitar os adversários pro nosso choke ou pro rio. Mas às vezes se perde, não espera as waves ou os jogadores estarem no ponto certo, e acaba bagunçando. Ele precisa entender melhor os momentos pra fazer isso.

Sephis, você considera que a maior força dessa LOUD é a team fight?
Definitivamente esse é um ponto positivo nosso, que melhorou. Com o Gryffinn, nossa leitura de fight ficou muito boa, e nosso macro também, especialmente quando temos recursos. Ainda precisamos melhorar quando começamos atrás — nesses casos, as mesmas coisas que nos fazem ganhar, como gostar de lutar, acabam nos prejudicando. Procurar luta sem vantagem numérica nem sempre é bom. Temos que aprender a trabalhar com pequenas vitórias, entender melhor nossos spikes de item e selecionar melhor as lutas.
Você citou anteriormente um trabalho próximo ao Jool. Teve algum do gênero com o Route?
Falando do Route, não houve um trabalho específico, foi mais geral, com muita conversa sobre como ajudá-lo nas lutas. Como somos muito agressivos, às vezes não olhamos a posição dos nossos carries e eles não têm espaço pra impactar a fight. Precisamos deixá-los mais confortáveis no jogo e nas lutas.

Com o Jool, o trabalho foi mais individual, falando de matchups e waves. Por exemplo, a Orianna tem aparecido muito, então conversamos sobre interações específicas que se repetem. Também falamos sobre side lane: ele é muito altruísta e cede bastante recurso, às vezes ficando numa posição ruim. Discutimos que, em alguns casos, ele pode e deve ser mais egoísta, principalmente se estiver com campeões que exigem mais gold.
E como tem sido a dinâmica entre você e o Raise?
No começo, precisei entender como ele pensava sobre o jogo, pra termos uma filosofia única. Depois que percebi que pensamos parecido, comecei a dar sugestões em momentos específicos. Enquanto o Raise cuida mais do aspecto geral e da direção do time, eu foco no individual dos jogadores — principalmente Redbert e Jool, mas às vezes também o Robô, em conversas sobre campeão e matchup. Além disso, troco ideias com o Raise sobre draft, dando sugestões e palpites do que acho certo ou errado, e nos alinhamos pra manter todo mundo na mesma página.
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