Wizer está no seu terceiro ano de paiN Gaming. O jogador pode ter tido momentos de altos e baixos em sua trajetória no Brasil, mas, na LTA Sul 2025 2º Split, vem se mostrando um dos pilares dos Tradicionais na competição, se consolidando como o nome a ser batido na rota superior da liga.
O jogador bateu um papo exclusivo com o Mais Esports, para falar sobre a evolução e adaptação da paiN Gaming, além dos desempenhos dos imports coreanos no Brasil. Confira:
Você pode conferir alguns trechos da entrevista abaixo.
Vocês ficaram atrás da Vivo Keyd Stars, mas conseguiram vencer o jogo. Como foi?
Eu acho que nós tínhamos alguns planos para o início do jogo, mas não foi muito bem. Então, nosso início do jogo não foi suave, não conseguimos jogar como queríamos. Por isso a partida foi um pouco difícil no começo.
Mas depois disso, de alguma forma, o Cacá jogou bem nas lutas de Smite nos objetivos. Conseguimos seguir no jogo e trazer a vitória. Então, eu estou feliz, mas precisamos jogar melhor.
A paiN foi para o 50/50 com um Ivern. Isso preocupou você em algum momento?
Não, porque o jogo estava ruim para nós. O inimigo tinha 3 drakes, e eles estavam liderando no ouro. Então, é por isso que nós queríamos apenas flipar o Barão.
Porque, se não fizermos nada, nós poderíamos perder o jogo por conta da Alma dos dragões. É por isso que tentamos, mesmo que tivéssemos o Ivern e o Cacá jogou bem. É por isso que conseguimos ganhar, eu acho.
Você pode conferir a luta que Wizer se refere no vídeo abaixo:
Alguns imports coreanos tiveram desempenho irregular, mas você segue melhorando. Por quê?
Acho que o que acontece com os imports coreanos tem muito a ver com o ambiente de treino. Eles treinam na Coreia, jogam scrims por lá — especialmente Solo Queue.
Na Solo Queue coreana, dá para aprender muito sobre a fase de rotas. O nível é muito alto. Todos os jogadores são extremamente sólidos na lane, jogam como profissionais mesmo. Eles dominam os fundamentos e tryhardam de verdade nessa fase do jogo.
Por isso, você naturalmente melhora muito sua fase de rotas por lá — e acredito que essa seja a parte mais importante. Quando esses jogadores passam muito tempo no Brasil, o desempenho deles costuma cair, e acredito que isso esteja ligado tanto ao sistema de SoloQ quanto à forma como os treinos funcionam aqui.
Então, o que eu faço é tentar compensar isso. Como a Solo Queue da Coreia me ensinava muito, hoje tento usar meu tempo para assistir mais VODs e replays. Assim, consigo continuar aprendendo.
Sobre o entendimento geral do jogo, isso eu consigo desenvolver aqui no Brasil também. Por isso, foco mais nesse aspecto enquanto estou aqui. E para continuar evoluindo na fase de rotas e nos detalhes técnicos, recorro a análises, VODs e campeonatos de outras regiões.
Acha que essa questão de SoloQueue afetou o Burdol, por exemplo?
Existem muitos fatores que afetam essa questão — não é só a Solo Queue, claro.
Mas, no caso do Burdol, para mim, o principal problema foi a adaptação. Quando ouvi a comunicação dele com o time, dava para perceber que não era boa. Ele não é fluente em inglês, e isso acabou sendo um grande obstáculo. Então acho que, para mim, o maior desafio dele foi realmente o processo de adaptação.

Você agora é, oficialmente, um residente no Brasil. Como foi tomar essa decisão?
Eu tenho orgulho de estar jogando na liga do Brasil. E também… quando estamos formando um time, por exemplo, se eu for considerado um jogador residente, isso abre espaço para trazer mais um import, certo? Esse foi um dos principais motivos pelos quais decidi me tornar residente.
Além disso, eu realmente queria isso. Não me importo em continuar jogando no Brasil — é aqui que quero estar. Foi por isso que tomei essa decisão.
Você se sente mais confortável com mais coreanos no time?
Para mim, estou muito confortável com os jogadores e treinadores brasileiros — não tenho nenhum problema com isso, estou tranquilo quanto a isso.
Mas, claro, pro Kuri e pro Roamer é diferente. Eles se sentem mais à vontade porque têm outros coreanos por perto que ajudam na adaptação e no dia a dia aqui no Brasil — dentro e fora do jogo.
Quando eles não entendem algo, por exemplo, podem me pedir ajuda com tradução. Então, naturalmente, acaba sendo mais confortável para eles.
(…) Acho que o Kuri também está se sentindo mais confortável pra jogar agora. Com mais coreanos no time, ele acaba ficando mais à vontade.
Mas, além disso, acredito que ele mudou por conta própria. Hoje, ele tem mais responsabilidades, está se esforçando mais, jogando melhor… Dá pra ver que ele realmente está se dedicando mais.
Como você enxerga a paiN indo para a próxima fase do torneio?
Acho que estamos num bom caminho. Como eu comentei, o desempenho do Kuri vem melhorando, e ele está se esforçando mais para se comunicar com o Cariok. Os dois têm trabalhado juntos no macro, e isso deixou o time mais organizado e com um jogo mais sólido atualmente.
Antes, o dyNquedo era mais vocal que o Roamer, mas agora o Kuri e o Cariok estão assumindo essa responsabilidade de liderar a equipe. Por isso, acredito que vamos nos sair bem no torneio.
Não tenho dúvidas sobre o nosso estilo de jogo e nem medo, só confiança. Vamos jogar bem nessa próxima fase também.
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