Diretamente da Coreia do Sul, o Mais Esports entrevistou com exclusividade o Analista Chefe da G2, o português Rodrigo Oliveira, que falou sobre a campanha da campeã da LEC no MSI 2022, e também teceu duras críticas ao formato do torneio, que para ele, possui muitos jogos Md1 “inúteis.”
O formato do MSI é uma piada, começando por aí, porque colocando as coisas em perspectiva: Contra a EG, nós ganhamos deles cinco vezes seguidas, mas estávamos numa situação que, se perdêssemos o último jogo, poderíamos ficar de fora. Poderíamos ficar 5-1 contra eles, que a EG iria passar e nós não, só aí você vê que tem algo de errado.
Rodrigo afirma que, tanto o Valorant da própria Riot Games, como o CS:GO, possuem formatos de disputa mais interessantes do que o MSI, que possui “muitas Md1 inúteis.”
“E se esses caras fazem algo diferente contra nós? Contra a Buffalo, o primeiro jogo, eles colocaram um Vlad bot contra Ezreal, e decidiram fazer isso contra nós e contra mais ninguém. Essa questão da Md1 é complicada, e além de ser muitas, muitas vezes a equipe que vence não é a melhor, mas a que melhor se preparou para um único jogo”, completa.
O analista argumenta ainda que, no fim de tudo, as equipes que foram as playoffs eram as já esperadas T1, RNG e G2. “A EG tinha uma dúvida, poderia aparecer um PSG Talon, mas a expectativa era eles mesmo.”
A campanha da G2 aos olhos do Analista
Neste MSI 2022, a G2 cumpriu com o que era esperado e chegou à fase de mata-mata da competição, porém foi derrotada pela T1 por 3×0 e deu adeus ao torneio. Para Rodrigo, que chegou à organização de Ocelote depois de uma ascensão meteórica por equipes do EU Masters, a G2 começou bem, mesmo sem contar a Fase de Grupos.
Começamos bem, sem contar com a Fase de Grupos porque ganhamos do NA e da Order, indo para o Hexagonal, a preparação foi muito boa contra T1 e RNG, e depois estávamos num embalo muito bom, mas o meta mudou muito, os times se adaptaram muito bem, mas algo aconteceu aqui, que não nos ocorreu na Europa, que os matchups de LeBlanc eram bem mais fáceis para nós, lá os outros mids não são tão bons de Vex e Lissandra.
Rodrigo explica que, na LEC, era relativamente tranquilo garantir LB logo no começo e que o Caps carregaria sem problemas, mas o mesmo não se repetiu no MSI, na Coreia do Sul. Além disso, com as derrotas, a confiança da G2 começou a se abalar.
“Perdemos confiança no que poderíamos jogar ou não, e como estamos em um campeonato, com muitos jogos seguidos… Somos um time que força em janelas estranhas, e quando não temos confiança, essa parte fica só bastante estranha. Não tínhamos scrims durante o torneio, você joga todos os dias e meio que o treino é o jogo do palco”, desabafa.
“Depois que começamos a perder no meio do campeonato, ainda mais depois de acharmos que tínhamos uma leitura do meta boa, complicou bastante”, adiciona.
Mesmo assim, Rodrigo admite que não ficou surpreso com o resultado diante da T1, ainda mais depois que a equipe coreana abriu 2×0 na série Md5.
Mesmo sem o título, a G2 agora foca em conseguir a vaga para o Worlds 2022, e para isso, deve ter outra campanha positiva no 2º split da LEC. O torneio começa no dia 17 deste mês, e a atual campeã fará sua estreia contra a Astralis.
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