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MSI 2025: “Dá para lutar com todo mundo”, diz Bwipo sobre nível da FlyQuest

League of Legends

A FlyQuest estreou com derrota para a Anyone’s Legend, a campeã chinesa, no MSI 2025. Apesar do revés, os jogadores da equipe norte-americana saem com a certeza de que conseguem competir contra os melhores times do mundo. Pelo menos, essa é a visão de Bwipo, dada em entrevista exclusiva para o Mais Esports. Confira:

Você esperava uma série difícil, mas passou a acreditar mais depois do jogo 1?

Fiquei muito feliz com o primeiro jogo, achei que teve uma atmosfera muito boa. Todo mundo entendeu que precisava jogar mais partidas e vencer mais duas vezes.

O jogo 2 foi mais complicado, né? O draft era bom, mas vocês ficaram muito atrás.

Sim, o Mordekaiser tinha alguns problemas na fase de rotas, então acabou ficando bem difícil. Achei que as outras rotas não estavam muito fortes. O Mord precisava vencer a lane, e com essa prioridade, conseguimos fazer algumas coisinhas.

Mas quando perdi a rota morrendo no início do jogo, senti que ficou muito difícil de fazer qualquer coisa. Eu realmente não conseguia fazer nada.

E o terceiro jogo, que vocês tinham o Viego?

Sim, eu achei que as lutas 5v5 estavam um pouco… foi tudo decidido nos detalhes, sabe?

Acho que dava para ganhar, mas estava difícil por causa desses pequenos detalhes e da comunicação com a composição do jogo. Quando o Viego conseguia um reset, ele queria “snowballar” a fight.

Mas os carregadores deles, o Azir e o Varus, tinham muito mais dano por segundo que o TF e o Jhin. Então, acho que era necessário ter um pouco mais de paciência para conseguir vencer as teamfights.

Foto: Reprodução/LoL Esports Flickr.

O Twisted Fate está mal no MSI. Acha que é um bait desse patch?

Ah, eu acho que foi um bait, sim. Talvez dentro dos treinos (scrims), o Twisted Fate funcione melhor. Ele acelera muito o jogo nos treinos — todo mundo joga com ele. Ele faz muitas coisas e é muito forte.

Na partida que jogamos, achei que o TF estava bem forte. Em teamfights, ele teve um impacto considerável, principalmente quando o inimigo dava facecheck em nós. Ele funciona bem com o reset do Viego e também ajuda bastante quando não temos controle de visão — o TF consegue fornecer essa visão, permitindo jogar de forma um pouco mais agressiva.

Sim, quando todo mundo já tem um item e precisa resetar para lutar pelo dragão, o TF ainda consegue fazer bastante coisa. Mas achei que, com Braum e Varus com cleanse, além do Sion dos dois lados, ficou um pouco difícil de executar o plano.

Acho que eu precisava ter escolhido algo mais “greedy”, um top lane mais carry. Algo como um Gangplank ou uma Ambessa contra o Sion. Acredito que isso funcionaria muito melhor contra ele quando temos o Twisted Fate, porque acaba sendo um bait usar o TF sem aproveitar a pressão que ele oferece.

A pressão global dele dá muito espaço para jogar com campeões mais voltados para o late game, com foco em scaling.

O sentimento que ficou é que dá pra bater de frente com todo mundo?

Sim, dá para trocar, dá para ganhar, dá para lutar com todo mundo. Eu acho que o meu estilo é jogar com campeões que são, de certa forma, inevitáveis.

Gosto de campeões que, mesmo quando não estão fazendo muito no começo do jogo, com um ou dois itens já viram monstros nas lutas em equipe. Esse é o meu estilo. Mas acho que, nesse caso, eu não escolhi campeões muito nesse perfil. O Mordekaiser, por exemplo, não é assim.

Com ele, você precisa ganhar a lane, precisa sair na frente. Acredito que o Mord pode funcionar bem quando o draft é favorável, mas nessa partida específica estava um pouco difícil. Talvez o Galio conseguisse fazer mais coisas, mas acho que teria sido melhor jogar com campeões como Gragas, Gangplank ou Ambessa — são esses que pretendo priorizar mais.

Também senti que o jogo 4 foi particularmente complicado. A Ambessa é um campeão que escala muito bem e, ao mesmo tempo, não sofre tanto dano. Então, eu preciso escolher um campeão que consiga matá-la nas lutas em equipe — e o Shen definitivamente não é o ideal para isso.

Foto de Bwipo jogando pela FlyQuest.
Foto: Reprodução/LoL Esports Flickr.

Sobre perder na primeira semana de um campeonato internacional

Eu perdi na primeira semana. Normal, acontece. É quase uma tradição.

Eu não joguei em 2018. Não joguei mesmo. Em 2019, foi o Soaz que jogou — e perdeu. Em 2020, também perdeu. No Worlds 2024, a mesma coisa: perdemos para a HLE, perdemos para a Damwon.

O mais importante, quando você está jogando em um torneio internacional, é aprender. E evoluir. Evoluir sempre. Não importa se é uma série melhor de cinco ou de três. O que importa é o que você tira disso.

Nosso time jogou daquele jeito no palco. A gente tem as provas, os dados, entende? Dá para ver claramente: quando temos confiança e quando não temos. Quando queremos jogar e quando não queremos.

Também é importante escolher campeões que passam confiança em uma situação favorável. E, ao mesmo tempo, ter opções confortáveis que nos permitam evitar lutas quando não queremos forçar.

As situações mais difíceis, mentalmente, são aquelas em que você sente que precisa lutar, mas não sabe exatamente como fazer isso. Se você escolhe uma composição de scaling, não tem esse problema.

Por isso, acho que é muito importante, em uma melhor de cinco, ter uma champion pool que permita fazer tudo isso, para todo mundo.

Foto da equipe da FlyQuest.
Foto: Reprodução/LoL Esports Flickr.

Acha que o formato de Bo5 favorece vocês?

Eu acho que o formato de BO1 é o melhor para mim. Quando tenho o primeiro jogo, consigo fazer uma preparação muito forte.

O problema é que, quando há muitos campeões disponíveis, fica muito difícil escolher algo sem que o adversário tenha uma resposta forte. Quando a champion pool é mais restrita, também complica — é muito mais difícil escolher um campeão que funcione bem contra todos os outros.

Por exemplo, eu escolhi o Shen. Ele é bom contra a Ambessa, porque quando ela usa o ultimate para tentar eliminar alguém, eu posso responder com meu próprio ultimate e proteger o aliado. Mas, contra campeões como Leona, Aurora e Lucian, eu não tenho tanto impacto.

Contra esses campeões, não consigo jogar bem em lutas front to back, entende? Por isso é difícil achar um campeão que seja bom contra tudo. Mas acredito que o mindset tem que ser esse: escolher um campeão que seja forte contra a composição deles como um todo — não só pensando no duelo individual.

Foto: Reprodução/LoL Esports Flickr.

O que você achou da performance da FURIA?

Eu acho que eles jogaram bem. Os jogos estavam bem vencíveis. Quando você tem um time novo, que ainda não jogou muito junto, é normal. Mas é preciso ter momentos em que você percebe que dá para ganhar.

Na próxima vez, no próximo split, você vai se esforçar mais. Vai fazer mais — junto com o time. Porque, individualmente, ninguém está fazendo um trabalho apenas para vencer no Brasil.

Não é só sobre o internacional, mas sobre como você pode ajudar o seu time — e como eles podem te ajudar também. Jogar mais como um time, para que, quando chegar o momento de disputar um campeonato internacional, você perceba que o seu time tem potencial.

Eles têm habilidade individual para lutar contra os melhores do mundo. E isso é o que mais dá confiança. Dentro de um time, isso faz toda a diferença.

Acho que, por isso, eles vão voltar para casa e refletir. Vão perceber que, quando o Tutsz, o Ayu ou o Guigo têm uma boa situação — não importa quem seja — todos mostraram que conseguem jogar muito bem no maior dos palcos.

Foto de Guigo, Jojo e Ayu no MSI 2025.
Foto: Reprodução/LoL Esports Flickr.

Sobre jogar em volta do Tutsz

Teve o jogo de Kassadin do Tutsz — era um jogo em que precisava esperar o momento certo para ele jogar. E, quando chegar esse momento, todo mundo tem que jogar em volta dele, ajudar nas decisões.

Achei que o jogo não estava sendo jogado dessa forma, e ele (Tutsz) estava muito bem, não só com o Kassadin, mas também com o Azir, naquele jogo contra a GAM. Ele estava muito forte.

É preciso ter paciência. Comunicar com ele, entender quando ele quer jogar e estar pronto para ajudar. E, quando ele não estiver conseguindo jogar, é importante conversar: “Todo mundo está esperando, você não está conseguindo entrar no jogo, o que você precisa? O que podemos fazer juntos?”

Acho que antes eles ainda não tinham esses momentos de clareza. Mas agora, com os resultados que conquistaram, eles têm provas. E com isso, ganham confiança de que conseguem vencer.

Na foto, Tutsz, mid-laner da FURIA
Foto: Reprodução/LoL Esports Flickr.

Está otimista para o jogo contra a G2?

Acho que agora é jogar um pouco de scrims, um pouco de solo queue, e voltar com um meta um pouco diferente. Acredito que é isso que vai funcionar melhor.

Sinto que esse foi o meu problema. Nos treinos, eu crio uma ideia de como o meu time e os outros times jogam. Mas agora acho que preciso entrar em situações mais específicas… Vou começar a escolher campeões mais “greedy”, com foco em lutas 5v5. Acredito que esse seja o meta no momento.

Estava assistindo aos jogos da G2, acompanhando todos. E percebi que, quando não existe uma diferença muito grande nas fases de rota, o jogo acontece mesmo — ele se resolve no 5v5.

O jogo 1 e o 3 foram todos decididos nas lutas 5v5. Até o jogo 4 também, apesar de ter sido um pouco mais focado no early game.

Acompanhe a FlyQuest no MSI 2025

A FlyQuest volta ao Rift para confronto eliminatório contra a G2 nesta sexta-feira (4), às 16h. Acompanhe a cobertura completa do MSI 2025 com calendário de jogos, resultado, tabela e outras informações aqui no Mais Esports!

Para não perder as emoções da partida em português, acompanhe a costream do Ericat e testemunhe a história sendo escrita no segundo torneio internacional da temporada competitiva de League of Legends!

Foto de Bwipo.
Foto: Reprodução/LoL Esports Flickr.
Ian Teixeira

por Ian Teixeira

Publicado em 04 de julho de 2025 • Editado há 9 dias

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