A série entre FURIA e G2 Esports foi um confronto muito disputado na abertura do MSI 2025, e de certa forma, histórico. Porém, apesar da entrega da equipe brasileira, os europeus venceram a série por 3-2.
Em entrevista exclusiva ao Mais Esports, Jojo explica os pontos fortes e fracos da FURIA na sua primeira batalha dentro do internacional. Confira:
E aí, Jojo? Qual é o sentimento? Você tá saindo mais com a vibe de copo meio cheio ou meio vazio? Foi quase, uma bobeirinha ali e tal, ou pensando: “Cara, dá pra ganhar”?
Não, com certeza dá pra ganhar. Eu acho que a gente já tinha essa ideia de que conseguia ganhar. Acho que ninguém tava botando fé na gente, mas pelo jeito que a gente tava treinando, se dedicando, a gente sabia que dava pra ganhar. Hoje foi mais… não sei. Acho que faltou muita disciplina em algumas coisas que queríamos fazer no jogo. Em alguns jogos a gente tava mais nervoso também. Nem todo jogo foi no nosso conforto.
Mas acho que deu pra mostrar que a gente tem nível pra bater de frente com eles. E isso me deixa satisfeito. Mesmo não ganhando, acho que conseguimos ganhar provavelmente contra a GAM e depois jogar contra eles e vencer.

Eu lembro de falar com vocês antes e todos pareciam bem confiantes, mas eu queria saber agora do pós-série. Confiança é o que vocês precisam?
Não. Eu acho que não é confiança que a gente precisa, porque a gente já tá confiante. A gente só precisa ter mais atenção ao que quer fazer. Por exemplo, no último jogo a gente tava mandando bem até os 4 minutos. Aí começamos a nos matar porque queríamos brigar por tudo. O jogo desanda muito rápido. É mais se ater ao que queremos fazer. Faltou bastante disso hoje: disciplina.
Rolou um pouco de… “Ganância”, né?
É então… Todo jogo a gente quer fazer 50 mil coisas ao mesmo tempo, e não dá. Só que os caras também estavam trollando muito. Colocavam muita coisa no mapa que a gente via e falava: “Mano, esse cara tá trollando demais.” Surreal, o cara entrando no jogo sozinho. Mas é bom perceber rápido essas coisas, porque a gente consegue corrigir rápido também.

Cara, você já jogou muitas vezes com o Guigo. É a terceira vez que você tá vindo pro internacional com ele. Você já esperava que ele ia bater no Broken Blade assim?
Mano, nunca dá pra esperar nada do Guigo. Só que aí entramos no primeiro jogo, o Guigo só solou o cara e falamos: “Tá bom, o Guigo vai carregar hoje.” Já tinha certeza disso. Acho que ele mandou muito bem hoje.
Só não mandou bem no jogo em que tava mais desconfortável. Sabe? Jogo 5, a gente não tava 100% na nossa zona de conforto. Foi mais complicado fazer um draft foda pra gente, mas acho que o Guigo mandou bem demais hoje. Ele foi de longe o melhor jogador do time.

Então, no jogo 5 eu vi muita gente falando do draft. Eu acho que dava pra vocês ganharem com aquele draft com certeza. Mas você acha que talvez o problema foi que não tinha muita característica de vocês no draft?
Acho que mais ou menos. O draft tava ok. A gente tinha alguns problemas. Por exemplo, o Tatu falou que não tava muito confortável pra jogar contra o Jarvan, caso o cara pegasse. Mas a gente hypou ele: “Mano, vamos, vai dar certo.” E o jogo até começou bem. O Tutsz tava mandando muito bem na lane, a gente matou os caras no bot. Mas depois começamos a querer brigar por tudo e a nos matar. Queríamos lutar o tempo inteiro e não largar nada. E não é assim que se joga LoL.

A ideia do Ziggs era tentar dar outrange porque era Braum também?
Sim, sim. A gente já tinha pensado nisso. O cara vai pegar a Senna, a gente já tem a Leona. Com certeza ele ia pegar o Braum. Aí pegamos o Ziggs pra dar outrange e ganhar o jogo.
Sim, mas vocês se enrolaram ali. Brigaram pra caramba à toa.
É. Aí acontece isso: você fica com o Ziggs sem item, com a Lilia sem nada. Aí não dá pra fazer nada e perde o jogo.

A parada é meio que essa. Acho que talvez pudesse ser melhor jogar de um jeitinho mais paciente, né?
É, acho que mesmo não sendo muito nossa cara (o draft), ainda, sim, a gente já treinou assim algumas vezes e deu certo. Então a gente ainda tava confiante nesse draft. Sabia que podia dar certo.
No draft do jogo 4, quando vocês viram o Blitz e perceberam que a Neeko não seria suporte… como foi a reação de vocês?
Na real, a gente sabia que a Neeko podia ser mid. Antes do pick 4/5, o Furyz falou: “Mano, o cara pode pegar Blitz, sem problema.” Eu falei: “Mano, não. Se o cara tá blindando a Neeko mid e ganha o jogo, a gente é só muito ruim.” Não faz o menor sentido. A lane era de boa. Eu e o Ayu já jogamos muito essa matchup de Ashe e Seraphine, então a gente tava muito confortável.

Bom, provavelmente vai vir a GAM agora, tá confiante? Dá pra ganhar deles também?
Acho que sim. A gente só precisa rever algumas coisas hoje e descansar pra amanhã. Não tem muito mistério. Se a gente arrumar um time pra treinar também, tá bom. Acho que a gente vai gostar.
E você acha que se vocês jogarem amanhã e ganharem, vão acabar enfrentando a G2 de novo?
Acho que sim. E te dou certeza que a gente ganha dessa vez.
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A FURIA não foi eliminada do MSI 2025! A resiliência dos brasileiros segue viva com a equipe na Chave Inferior e aguarda o perdedor da série BLG x GAM. O Brasil retorna aos palcos do MSI neste sábado, às 16h.
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