Não é novidade que a INTZ passa por um péssimo período competitivo no League of Legends. Desde a chegada das franquias, a organização não conseguiu se classificar nenhuma vez para os playoffs do CBLOL.
Entretanto, desta vez, a equipe ao menos foi competitiva e conseguiu o seu melhor resultado no CBLOL desde 2021. De lá para cá, foram dois 7º lugar, um 8º, um 9º e uma última colocação.

Fracassos contínuos
É bem verdade que a INTZ, até essa etapa do CBLOL, entrava como o pior time do campeonato ou a equipe que ninguém temia. Faltava competitividade, que foi sumindo ao longo desses dois anos pelos elencos mal montados e campanhas desastrosas na competição.
Não é à toa que os Intrépidos encontram dificuldades dentro da janela de transferências, mesmo oferecendo bons salários e condições tão boas quanto organizações de renome dentro do ecossistema do LoL. Porém, o retrospecto não é favorável para a INTZ.
A entrada nas franquias aconteceu com um elenco interessante, com o retorno de Revolta, chegada da jovem promessa Boal, Sting, micaO e Cabu. Este último que não foi sequer perguntado ao seu ad carry se ele queria ou não essa contratação.

Depois disso, apostas infundadas e que não deram certo junto de péssimos resultados competitivos. Jovens talentos jogados aos leões, mudanças de lane e tentativa de um estrangeiro da Nova Zelândia. Nada deu certo e dificultou ainda mais a situação da INTZ dentro do mercado. E agora, o que deveria ser feito?
Caminho certo
Embora muitos discordem, acho que a INTZ, agora, está no caminho certo. Mesmo que a classificação dos playoffs não tenha chegado, acredito que, desta vez, houve competitividade durante o campeonato. Souberam como trabalhar e se resolver na janela de transferências como podia.
Trouxeram dois sul-coreanos pela primeira vez na sua história, embora não tenham sido grandes destaques, estabilizaram o time e o fizeram ser competitivo, algo que não estava acontecendo há um bom tempo.

Além de ser competitiva, formaram uma base com jogadores que podem ser utilizados e desenvolvidos ao longo deste ano para a segunda etapa do CBLOL.
Talvez os jogadores estrangeiros dificultem a comunicação e não tragam todo o esperado, mas mostraram bons jogos em alguns momentos e podem ser substituídos por brasileiros, sejam do Academy ou os experientes que não conseguiram vaga nessa etapa.
Mais do que tudo, a INTZ agora precisa de tempo
NinjaKiwi foi um grande acerto e destaque. NosFerus voltou a jogar bem e Yampi, por mais que tenha tido muitos baixos, também teve atuações que surpreenderam neste 1º Split. O resultado, embora não seja dos melhores, escancara que a INTZ agora tem um caminho que pode ser seguido.
É realmente difícil pedir para um torcedor tão machucado como o da INTZ ter esperança e que agora pode ser que haja uma luz no fim do túnel. O resultado, da forma que foi definido, com derrota para o último colocado, apagou um pouco da nítida evolução que a organização teve como um todo.

Mudanças pontuais com certeza devem ser feitas. Não sei até que ponto manter a comunicação em inglês seja útil e faça tanta diferença assim pelo nível dos jogadores estrangeiros que o time contratou.
Muito provavelmente será uma janela de transferências complicada para INTZ. Mais uma. Porém, não pela dificuldade de contratar jogadores, mas de entender o caminho a se seguir para se manter competitiva, como foi nessa última etapa. De certa forma, esse meio de ano talvez seja o divisor de águas para os Intrépidos no CBLOL daqui pra frente.
Por fim, só competitividade não basta para um time pentacampeão. O maior vencedor do CBLOL encontrou um caminho, agora é pavimentá-lo e ter resultados. Afinal, o torcedor quer títulos e isso é algo que a INTZ já mostrou que é acostumada a conquistar.