Se você acompanha o CBLOL por amar torcer, por gostar do competitivo ou até mesmo por apenas ser um fã do bom League… você devia estar vendo com bons olhos o Fluxo. Independente do que te prenda ao CBLOL 2024, o Fluxo da consistência é o LoL arte!
Tudo começa no draft
Pra mim a beleza desse time já começa nos picks e bans, vamos olhar uma comparação dos dois primeiros jogos:
Inicialmente queria dizer que é muito legal ver a flexibilidade dos jogadores: Kiari, Scamber e Trigo trouxeram propostas bem diferentes para dentro do jogo. Exemplificando: o Scamber atuou tão bem quanto de Peel (Braum) e engage (Leona), o Trigo de DPS (Kog’Maw) quanto com um campeão para habilitar lutas (Jhin).
Essa característica beneficia muito os dois jogadores que, até este momento, não tiveram tantas atuações plásticas e individuais (e nem precisam se continuarem assim). No entanto, isso não impediu o top-laner de ser um absurdo nos jogos.
Vamos falar um pouco mais sobre o top-laner do Fluxo?
Kiari tem uma função importante nos drafts, sendo um jogador sempre pronto para responder o draft oponente: seja pegando uma Gwen para afundar um K’Sante ou optando por um Gragas, só pra ter um counter no Jax.
E algo que vale acrescentar: a melhoria cada vez mais notória do top-laner passa também pela staff. No primeiro split, o assistant coach do Fluxo, Juc, já tinha comentado sobre:
“Acho que uma das vitórias que eu posso considerar pra mim no processo do Fluxo, é o trabalho com o Kiari. Uma das minhas funções é de ser positional de Top, e acho que ele evoluiu bastante a lane phase dele. A parte do mid-game o OnMeta é o encarregado, e eu cuido mais de uma parte que eu adoro: a do draft, mas com certeza a minha maior vitória é a evolução do Kiari, independente do time em que trabalho, meu foco é sempre trabalhar com top-lane”
Então, unindo as falas do Juc sobre a força do draft junta com a profundidade do top, parabéns ao técnico. Kiari lidera, na sua lane, nas estatísticas de Diferença de XP aos 15, soladas, Dano por Minuto e % de Dano da Equipe.
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O time que contraria estatísticas
Apesar do Kiari liderar várias, as estatísticas do Fluxo não são a chave para ver a beleza, mas sobre isso: o Onmeta nos explicou um pouco melhor.
Sobre as diferenças dos dois splits, especificamente no early game, eu sinto que a essência do grupo mudou de um split para o outro. Sinto que sim, a gente tinha um early game porque a gente jogava com recompensas mais altas, mas com riscos mais altos. Sinto que como a palavra do time agora é mais consistência, a gente procurou um pouco menos de risco, mesmo que isso nos traga um pouco menos de recompensa, para chegar no meio do jogo e a gente consiga tomar as melhores decisões, sem que tenha acontecido algum percalço muito grande no começo do jogo.
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Esse tipo de característica foge um pouco aos números, mas é visível como o Fluxo evita lutas ruins, joga na própria visão e acima de tudo: não tem medo de cadenciar a partida para acumular recurso. Prova disso foi o jogo mais longo do fim de semana: paiN x Fluxo.
Consistência: a palavra que define o Fluxo
Se aprofundando dentro desses conceitos da essência de consistência do Fluxo, vamos ver este frame:
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Se liga como top e suporte estão alinhados do ADC e Jungle e Mid estão juntos. A paiN, por outro lado, está dividida: dois carrys em um lado, o suporte mais próximo do jungler e o top nem tá na play. O problema dos Tradicionais é: o Fluxo tem toda a informação.
No momento em que os carry’s da paiN pisam na planta do Jhin, que concede visão, o Gragas prende eles na parede com o R e aí vem a sequência: W do Jhin, E do Gragas, e o time todo vira no foco da luta. Tanto TitaN quanto Dynquedo flasham, o que já é uma vitória, só que tudo ganha mais valor com a morte do mid-laner da Tradicional.
E depois disso é Dragão, B e controle do Barão. Olha a visão que a paiN tinha do pit:
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Em um minuto após esse frame o Fluxo: mata três jogadores, pega Barão e leva uma torre tier 2. O Trigo comentou na coletiva sobre esse misto de ser calmo e, ao mesmo tempo, letal:
Eu sinto que a gente tem um mix muito bom de agressividade e de calma, então hoje, por exemplo, eu sinto que a gente conseguiu fazer isso bem, se tinha algum jogador querendo ser mais agressivo na hora que não devia, a gente conseguia botar o pé dele no chão, ou se a gente queria ser calmo demais em certo ponto, os jogadores que são mais agressivos jogavam a gente mais para frente. Então eu acho que está sendo bem tranquilo essa troca nesse quesito e acho que está sendo muito bom para o nosso time.
A fala reflete muito como o misto de experiência e juventude, é a arma do Fluxo da consistência.
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Craque e Coringa: o Shini veio com tudo
É impossível não ressaltar o trabalho do Shini aqui, o Capita Coringa é a voz mais ativa – pelo o que se pode perceber no Na Escuta – e eleva muito este mid/late game arrumado do Fluxo. Só que se engana quem pensa que o fator Craque se dá só na fase mais avançada do jogo, olha este relato do Fuuu:
Acho que a adição do Shini me fez começar a pensar, principalmente minha lane phase, de um jeito diferente. Antigamente eu sentia que eu era um jogador muito de gap, de procurar janela, e agora eu sinto que eu tenho um jogo muito mais sólido, com menos janela de erro, e começo a pensar mais nessas coisas, porque ele é um cara que eu considero muito inteligente, então ele me ajuda a pensar nessas coisas.
A personificação dessa consistência, Shini prova que sua fala sobre querer ser campeão não é conversa fiada. O Fluxo é um time na mesma página, onde todos têm seu brilho, coordenado e consistentes – como citou o professor o Onmeta.
Se liga, por exemplo, em como o Shini impõe sua voz ativa pra conseguir um objetivo:
Com o Shini comandando o misto de jogadores com boa experiência e jovens talentos, eu faço das palavras do técnico do Fluxo, as minhas também:
Bom, eu acho que já pode hypar esse Fluxo sim!





