As marcas patrocinadoras da Overwatch League estão reconsiderando o patrocínio com a Blizzard após as acusações de assédio contra a empresa em um processo do estado da Califórnia nos últimos dias.
Segundo um relatório pulicado pelo Washington Post nessa sexta-feira (6), Coca-Cola e State Farm estão “reavaliando” o apoio à Overwatch League, enquanto Kellog’s já oficializou a saída por meio da sua marca Pringles. Na semana passada foi a vez da T-Mobile se afastar do campeonato.
Atualmente, a Overwatch League ainda conta com alguns parceiros, como a IBM, Xfinity, Cheez-It e TeamSpeak. A competição está caminhando para os playoffs finais de 2021 que acontecem entre os dias 16 a 19 de setembro.
O processo contra a Blizzard
As primeiras denúncias contra a Blizzard apareceram no dia 22 de julho deste ano, quando o Departamento de Emprego Justo da Califórnia abriu um processo contra a empresa por denúncias de assédio, abuso sexual e discriminação contra funcionárias do sexo feminino.
O caso foi coberto pelo Bloomberg, apontando que a empresa era um “terreno fértil para assédio e discriminação contra mulheres”. Segundo a reportagem, funcionários se “arrastavam pelos vários cubículos em comportamento inapropriado para as funcionárias mulheres” e delegavam trabalho para elas enquanto jogavam videogame durante longos períodos de trabalho.
New leadership at Blizzard.
— Blizzard Entertainment (@Blizzard_Ent) August 3, 2021
O CEO da empresa até então, J. Allen Brack, deixou o seu cargo em meio às denúncias. Jen O’Neal e Mike Ybarra assumiram o comando da empresa.
A Riot Games também passou por denúncias similares anos atrás. Em 2018, a empresa foi processada por duas ex-funcionárias por discriminação de gênero. O processo alegava que elas tiveram salários equivalentes negados a de trabalhadores homens, além de terem suas carreiras estagnadas e de trabalharem sob as condições negativas de assédio sexual constante dos demais funcionários.