A FURIA irá estrear no PGL Major Stockholm contra a Astralis, equipe tetracampeã de major, mas que não vive seu melhor momento no jogo. No Challengers Stage, os dinamarqueses ficaram a uma série da eliminação precoce, porém se reencontraram e avançaram na competição. Em coletiva, Tacitus comentou a expectativa para a partida.
“A [performance da Astralis no Challengers] não altera a nossa confiança para a estreia. Vamos pro major sem pensar muito sobre quem vamos enfrentar, pensando mais no nosso jogo, na nossa performance. A equipe da Astralis está mais instável do que no passado com as mudanças que passaram, mas em termos de confiança e expectativa, não muda muito para nós como eles foram no Challengers”.
“Eu não enxergo a Astralis que vamos jogar contra como a atual campeã do major porque o último major que aconteceu foi há dois anos. De lá para cá, muita coisa mudou. O momento atual do CS tem a NAVI e Gambit como os favoritos para ganhar o major, a Astralis nem entra nessas discussões. Para mim, todo time do major vai ser complicado, o fato de estarmos jogando contra a Astralis não cria nenhuma ansiedade, não muda nossas expectativas”, continuou.
Guerri declarou que analisa o major para a FURIA de duas formas diferentes. Do lado pessoal, acredita que a equipe “vai estourar a boca do balão e ir para cima de todo mundo”. Já pelo lado profissional, o treinador é mais cauteloso.
“A gente vem de mudanças, o Drop é um menino muito jovem que acabou de chegar no time, aconteceu muita coisa na vida dele em um espaço curto de tempo, e quando mudamos um jogador afeta bastante. Óbvio que a gente não queria mudar, mas foi necessário para melhorar. O momento que estamos vivendo é mais delicado do que era em 2020, quando estávamos ganhando os títulos no Estados Unidos com o Henrique. Acredito que isso prejudica, porém dá uma equilibrada com a experiência que arT, Yuurih, kscerato e VINI trazem”.
“Queremos o título, assim como é em todos os campeonatos que jogamos, mas os adversários estão mais fortes que nós. Gambit e NAVI são as favoritas, no entanto faremos eles sangrarem para ganhar de nós caso a gente se enfrente. É um passo de cada vez, e o primeiro é buscar os playoffs. Se avançarmos aos playoffs, segura porque a FURIA gosta de ser underdog”, finalizou Guerri.
Com a eliminação da Sharks, GODSENT e paiN no Challengers Stage, a FURIA é a única equipe brasileira presente no major. Guerri acredita que os resultados ruins dessas equipes não são uma decepção, já que o Brasil está em um momento de transição.
O treinador ressaltou que nesse momento, “não somos mais a LG The Dream, a SK The Dream” e é importante que a nova leva de jogadores amadureçam sabendo lidar com a pressão e os resultados como o 0-3 no major.
“Eu vejo diariamente esses times treinando, o quanto eles se esforçam, o quanto eles dão a vida nisso que estão fazendo. Decepcionante acho um pouco forte, por conta de que vivemos muito nesse mundo de que o Brasil já teve o melhor time do mundo, já foi campeão duas vezes. Temos que pensar muito no cenário que temos hoje, que é um cenário de transição, de amadurecimento, e eles vão amadurecer dessa maneira. Acho que temos que ficar felizes por termos tantos times brasileiros e apoiá-los a terem força para continuar porque não é fácil viver essa vida”, declarou.
Por conta da punição do bug do coach, Guerri não poderá ficar com a FURIA durante as partidas do PGL Major Stockholm. Tacitus quem acompanhará a equipe ao estúdio e estará sujeito às novas regras da Valve, que proíbem que os treinadores celebrem as rodadas e toquem os jogadores.
“Falando da parte técnica, [essa regra] não muda muito porque só nos comunicamos com os jogadores durante os pauses técnicos. Agora, poder torcer pelos jogadores, motivar, dar um toque em um jogador que percebemos que está frustrado para poder animá-lo, são coisas pequenas que fazem a diferença. É uma mudança chata, mas o que resta é se adaptar e o mais rápido possível para poder ir bem no major”, disse Tacitus.
A partida da FURIA contra a Astralis será MD1 agendada para o próximo sábado (29) às 9h45. Os brasileiros jogarão outra partida no mesmo dia. Yuurih e companhia precisam vencer três partidas para avançar aos playoffs, e serão eliminados caso percam três confrontos.