O jogador Felipe “liko” Ruiz, membro da equipe Brasil Gaming House, foi réu de um caso de racismo no último mês.
O caso ocorreu no dia 25 de abril, durante uma partida competitiva. O DPS da BGH, liko, após receber mensagens provocativas do jogador chileno debout no chat, resolveu responder da mesma forma, agindo de maneira racista e ofensiva. O acontecido foi compartilhado em comunidades do Facebook e no Twitter, e veio à tona na última terça-feira (30), quando o caso voltou a gerar repercussão nas redes sociais.
A Blizzard puniu liko com uma suspensão — o que já expirou, levando em consideração que o ocorrido já tem um mês — e, a organização Brasil Gaming House, a qual defende, advertiu e multou o jogador.
“Por conta disso, nós também aplicamos multa referente a 100% de seu rendimento mensal e o advertimos para que novas situações não se repitam sob pena de rescisão de contrato e exclusão do jogador da equipe. Esse tipo de comportamento não representa a filosofia da BGH e as ações corretivas já foram aplicadas”, anunciou a Brasil Gaming House via Facebook.
O jogador liko também se posicionou em sua página:
Eu, Felipe Ruiz, o liko, gostaria de me desculpar perante a comunidade e sociedade em relação aos comentários que fiz jogando uma partida ranqueada. Ainda que a princípio eu tenha sido vítima dos ataques em primeiro momento, acabei respondendo na mesma moeda e por isso gostaria de me desculpar.
Aprendi a minha lição: fui banido temporariamente pela própria Blizzard (além disso, minha conta está marcada e sei que não terei outra chance), punido e orientado pela organização que defendo. Tenham certeza que vou dar o meu melhor para que eu seja exemplo com o meu time e o meu game e não em situações irresponsáveis como essa.
Peço desculpas também a todos os outros jogadores ou jogadoras que porventura tenham se sentidos desrespeitados por algum comentário meu ao longo da minha carreira como jogador. Já aprendi a ferro e fogo que respeito anda junto com atitudes positivas.
Um abraço a todos os fãs e para quem me acompanha,
Felipe
debout, o outro jogador envolvido no caso, também tem um histórico no competitivo. Quando defendia a equipe White Panters, foi banido dos torneios da Liga Brasileira de Overwatch, um campeonato criado pela comunidade para a comunidade, pelo período de um ano após suspeitas de cheat durante a primeira temporada da LBOW, no ano passado. Apesar de a Blizzard não ter divulgado se investigou ou não o jogador na época, o ocorrido foi comentado e investigado pela própria comunidade competitiva.
Possível jogador da Copa do Mundo de Overwatch 2017, liko é elegível para representar o Brasil como um dos membros da equipe. Os jogadores das seleções nacionais serão divulgados dia 19 de junho.
Não é a primeira vez que um pro player é punido por racismo. Em abril, o jogador da Toronto Esports, Matt “Dellor” Vaughn encerrou sua carreira após ser retirado da line-up por ter feito xingamentos racistas durante stream direcionados a um outro jogador. No caso, Dellor optou por sair do cenário competitivo voluntariamente e a Blizzard não interveio.