Não é novidade que problemas de equipes que não levam o treinamento a sério assombram o cenário nacional de CS:GO e League of Legends. No entanto, esse fardo também acontece no Rainbow Six. Neste domingo (21), JP, treinador da INTZ, explicitou dificuldades que a equipe enfrenta nessa questão.
Fiz um texto pra expor minha opinião sobre os treinos de R6 no Brasil, escrevi isso motivado por reclamações que vi de pessoas do cenário de CS e também recentemente no de LOL.
Read: https://t.co/3XuVZ2NDcm
— INTZ JP (@jpcoachr6) February 21, 2021
Em um TwitLonger, JP citou alguns problemas que a INTZ encara quando vai treinar com equipes do tier 1 e 2 nacional. O primeiro ponto que o treinador fala são os “treinos trolls”. Segundo o Intrépido, “em várias situações, em algum momento do treino, algumas equipes simplesmente ‘desistem’ e de forma proposital começam a fazer jogadas sem sentido, pulando janelas, entrando no mapa sem drone, muitas vezes nem reforço colocam”, disse.
Outro ponto abordado é que “uma das equipes leva a sério somente seu mapa de escolha. Quando chega no mapa do adversário, começa a fazer jogadas sem nexo, assim como nas troladas de ‘desistência'”, disse.
Por último, JP citou problemas de grandes atrasos, cancelamento em cima da hora e treinamento totalmente diferente do que a equipe faz em um jogo oficial de campeonato para “pegar informações” das equipes, disse o treinador.

Em conversa com o Mais Esports, JP afirmou que não são todas as equipes que contam com esses problema explicitados por ele. O treinador afirmou que já teve problemas com quase todos os times, mas que “muitos melhoraram com o tempo”.
Segundo o treinador, das 10 equipes da elite do Rainbow Six nacional, JP já teve problemas com sete delas. O Intrépido ainda revelou que hoje em dia, cinco equipes da Série A do BR6 “trollam” o treinamento. Já na Série B, a questão é pior. De acordo com o treinador, a segunda divisão “continua um limbo”. JP não quis citar os nomes das equipes da Série A que possuem esse problema.
Ainda na sua publicação, o treinador dos Intrépidos fez críticas à cultura de treinamento do cenário brasileiro. Para ele, os treinos com equipes de fora do Brasil “são incrivelmente melhores, pois as equipes de fora tem uma outra cultura de treino e levam isso muito a sério”. JP continuou a crítica: “O problema é que a nossa região tem uma cultura de treinos horrível, onde os treinamentos não são levados a sério como deveriam e são poucos os times que treinam sério e sem avacalhar”, disse.

Veja também: VCTBR: fznnn comenta aprendizado da equipe com derrotas e planos rumo à Masters