O Rainbow Six Mobile ainda não tem data de lançamento definida, mas a fase beta está próxima: no dia 12 (segunda-feira), os jogadores brasileiros estarão entre os selecionados para participarem do período de testes que antecipa a chegada do game mobile aos dispositivos Android e iOS.
O Mais teve a oportunidade de entrevistar Justin Swan, diretor criativo do R6 Mobile, e conversamos sobre como foi o processo de escolher agentes e mapas que vão compor a versão mobile do Rainbow Six Siege e, claro, a importância do Brasil para a franquia. Confira a seguir como foi esse bate-papo.
Mapas escolhidos a dedo
Para definir quais mapas chegariam primeiro no R6 Mobile, os desenvolvedores precisaram pensar em quais dos territórios clássicos do Siege funcionaram bem em telas menores, de smartphones. Foi assim que eles escolherem primeiro o Banco e a Fronteira, que chegam ao mobile com adaptações.
“Mudamos janelas, tiramos algumas grades, substituímos escadas por rampas, e queremos nos afastar de pixels hunters e spawn peeks. Fizemos isso porque é muito diferente jogar com controle ou mouse e teclado, e jogar na tela de um celular – tivemos que pensar que a jogabilidade do mapa seria diferente, então teria que haver mudanças para a gameplay fazer sentido”, explicou Swan.
Quando perguntado se o conhecimento prévio em Siege ajudaria a jogar o Mobile, ele explicou que sim: os mapas são os mesmos, afinal de contas, apenas com alguns ajustes. Durante o meu teste do R6 Mobile, em que pude jogar em ambos os mapas, percebi que lembrar onde havia janelas e escadas para me locomover pelo mapa realmente me ajudou.
Mas os pixels eram diferentes e, aí, meu conhecimento anterior de nada adiantou. Ou seja, a melhor estratégia é pegar o R6 Mobile como se fosse um jogo novo e não levar os vícios do Siege para o smartphone. Swan concordou comigo quando contei para ele da minha experiência, e disse que esse foi o mesmo feedback de vários outros jogadores.
Agentes clássicos para mobile começar bem
Assim como aconteceu na escolha de mapas, definir quais agentes seriam os primeiros a chegar no Mobile foi um trabalho de entender o que faria mais sentido. Hoje, o Siege conta com mais de 50 personagens, e levar todos eles para os dispositivos móveis não fazia sentido, explica Swan.
O que o time queria era uma experiência mais compacta, mas ainda fiel ao meta do jogo. Então a escolha começou assim: “Queremos escudos? Não. Então já tiramos Montagne e Blackbeard da jogada. Depois pensamos: quais agentes trariam melhor equilíbrio entre defensores e atacantes? E quais são os mais queridos pela comunidade? Aí fomos filtrando e chegamos aos agentes finais que estão disponíveis nessa fase de testes”, contou Swan sobre o processo.
Enquanto o Siege lança diversos agentes por ano, não se sabe ainda se o mesmo vai acontecer no Mobile. Quando perguntado se podemos esperar personagens ou mapas exclusivos para a nova versão, o diretor disse que não podia falar sobre o assunto.
Cosméticos mobile de milhões
Para quem curte abrir Alpha Packs e colecionar skins de agentes e armas, boas notícias: o Mobile estará recheado de cosméticos exclusivos, que serão lançados com bastante frequência. Perguntei a Swan se eu poderia usar os cosméticos que acumulei ao longo dos anos no Siege na versão Mobile, e resposta foi direta: “infelizmente não teremos inventário cross entre as versões”.
Mas nem tudo está perdido: se você já é jogador do Siege e começar a jogar o Mobile, receberá recompensas por isso. Se começar o Mobile e depois decidir também jogar o Siege, ganhará recompensas por lá também. A ideia, Swan explicou, é unir as duas comunidades e incentivar que os jogadores experimentem as duas versões do Rainbow Six, já que, de certa forma, elas se conversam entre si.
Brasil-sil-sil
Justin explicou para o Mais que o Brasil é um mercado muito importante para a franquia Rainbow Six porque a Ubisoft sabe que há uma grande paixão pelo jogo por aqui. Por isso, o país foi um dos escolhidos para participar da fase beta.
Além disso, o diretor explicou que para o time é muito importante levar o jogo para o maior número de pessoas e obter o feedback antes do lançamento. Em relação ao competitivo, em que os times brasileiros de R6 se destacam, Swan foi misterioso: disse que o R6 Mobile pode sim expandir para o cenário, mas ainda estão estudando essa possibilidade.
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