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Região Sudeste é a maior origem de atletas de Esports no Brasil

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Quem é fã de Esports, independentemente da modalidade, muito possivelmente já ouviu a frase “São Paulo é o polo de Esports no Brasil.” Mas será que isso é verdade? Pensando nisso, a Betway, site de esports bets, fez uma pesquisa e publicou em seu site um dado interessante: 38% dos atletas de Esports brasileiros vêm do estado paulista, sendo que 58% de todos os entrevistados eram da região Sudeste.

A Betway, porém, foi além e dividiu os números entre quatro grandes modalidades de esportes eletrônicos no Brasil: CS:GO, Rainbow Six: Siege, League of Legends e Free Fire. Curiosamente, as modalidades também dividem entre si a geografia dos atletas, como veremos mais adiante.

O Counter Strike e o Rainbow Six, dois jogos FPS, possuem uma quantidade maior de atletas vindo da região Sudeste do Brasil. O título da Ubisoft, inclusive, não tem nenhum representante vindo dos estados do Norte e somente dois vindo da região Norte. O cenário é bastante semelhante no CS:GO, com grande dominância sudestina, enquanto somente um jogador vinha do Nordeste e nenhum do Norte.

De acordo com a Betway, isso é esperado, considerando que os dois jogos são pagos. Mesmo que o da Valve ainda possa ser jogado de forma gratuita, porém limitada, o R6 não há essa opção, deve-se pagar um valor considerável para jogar o título.

O único MOBA da lista, o LoL vai por um caminho diferente e é bem mais “demográfico” que os dois FPSs acima. Desenvolvido pela Riot Games, o League possui ao menos um jogador profissional de cada região do país. A maioria, no entanto, ainda vem do Sudeste, com 76.7% dos atletas.

Apesar disso, um nome de grande destaque no cenário brasileiro de LoL veio da região Norte, mais precisamente de Manaus, capital do Amazonas: Titan, atirador da RED Canids Kalunga e tricampeão do CBLOL. Descoberto pela KaBuM! em 2017, quando ainda tinha 16 anos, o jogador logo chamou atenção por suas mecânicas apuradas.

Mesmo sofrendo um rebaixamento pelos Ninjas, não demorou muito para Titan e companhia voltarem à elite do LoL brasileiro e arrematarem dois títulos nacionais seguidos, também representando o país no MSI e Mundial de 2018. Depois de um período de seca e transferência para a RED Canids Kalunga, o manauara voltou ao topo no 2º split deste ano.

Titan é uma das raras exceções que furaram a bolha do Sudeste, mas ele não está sozinho. Também de terras amazonenses, temos a equipe AmazonCripz, que disputa a Série A da LBFF, a Liga Brasileira de Free Fire, e torneio de Esports mais popular do Brasil, segundo a Pesquisa Game Brasil 2021.

Falando no “Frifas”, o Battle Royale da Garena chegou em 2017 e já chegou alto nos números de audiência. Por se tratar de um jogo Mobile e de fácil acesso em qualquer aparelho, o jogo é o mais democrático de todos, mesmo ainda tendo dominância do Sudeste. Com 22% e 20%, as regiões Norte e Nordeste são responsáveis por quase metade da base de atletas da modalidade.

Em entrevista exclusiva à Betway, a lenda do CS nacional e treinador do MiBR, nak afirma que quase desistiu da carreira profissional como atleta de Esports e ele admite: “se não morasse em São Paulo, não teria seguido a carreira de jogador profissional, já que as melhores oportunidades estavam na capital.”

Imagem: Betway

Há também os casos de yel e bizinha, naturais da Bahia e Rio de Janeiro, respectivamente, que se mudaram para São Paulo para construírem suas carreiras e abraçarem oportunidades que não seriam possíveis, caso tivessem ficado em suas terras natal.

Bolha se quebrando

Apesar da concentração de jogadores no Sudeste do Brasil, principalmente no Estado de São Paulo, é seguro dizer que a bolha está, aos poucos, se quebrando. O caminho ainda é longo, mas podemos ver a movimentação de desenvolvedoras para buscarem outros cantos deste país continental.

A própria Garena, não só com um jogo extremamente popular, mas também com a linguagem de seus casters, jogadores e criadores de conteúdo, mostra que é possível sair de São Paulo, o que está fazendo com maestria.

A Riot Games, desenvolvedora do LoL, foca em otimizar o seu cliente para PC há anos, em busca de deixar o jogo mais acessível para possíveis entusiastas, com uma máquina menos potente. Além disso, com o lançamento oficial de seu novo jogo mobile, o Wild Rift a “Rito Gomes” também entra de vez no mercado de dispositivos móveis, antes dominando quase que totalmente pelo Free Fire.

Outro ponto que deve ser ressaltado é o crescente surgimento de organizações de outras regiões do Brasil e que abraçam as tradições culturais de suas origens. Podemos citar aqui a Rensga, de Goiás, cujo próprio nome já é uma gíria regional do estado. Além dos atuais vice-campeões do CBLOL (e um dos mais carismáticos das redes sociais), também temos que lembrar da TropiCaos, que disputou a última edição da Série B da LBFF.

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Redação Mais Esports
publicado em 23 de novembro de 2021, editado há 2 anos

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