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Revolta: “Esse é o campeonato das nossas vidas”

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A INTZ realizou um evento na última segunda-feira (22/8) anunciando o seu mais novo patrocinador. No evento, aconteceu uma coletiva de imprensa e os jogadores ficaram a disposição para entrevistas. O Mais e-Sports marcou presença e conversamos com Gabriel “Revolta” Henud.

O IWCQ começa nesta quarta-feira e a INTZ será a representante brasileira na competição. Perguntamos para Revolta se ele vê esse como o Wildcard mais difícil de todos os tempos, e o jungler respondeu:

“É difícil avaliar assim pois todo ano o Wildcard vai ser mais difícil que o anterior. Não diria que este é o mais difícil, mas a cada ano o nível aumenta mais. A gente notou isso pois treinamos com Turquia e Rússia e vimos que eles não estão tão longe da Europa. Isso mostra como o Brasil é prejudicado pois estamos longe de regiões grandes, então não conseguimos esses treinos. Mas acho que dessa vez vai”, afirmou o jogador.

Pressão da comunidade

Sobre a pressão dos torcedores brasileiros em cima da INTZ, Revolta disse que não liga para comentários como “A INTZ vai pipocar” ou “Queria a CNB no lugar.” E reafirmou que se CNB, paiN, ou qualquer outro time fosse representar melhor o Brasil, essas equipes teriam ganho da INTZ no CBLOL e por isso, os intrépidos merecem estar no lugar em que estão. Além disso, o jungler ainda comentou sobre a pressão de jogar no Brasil e sobre a torcida brasileira:

“Não sinto nenhuma pressão. Não sei se é pelo fato de estar jogando em casa, mas eu encaro todas essas derrotas como aprendizado. É natural da comunidade julgar tanto jogadores quanto o time. Tem muita gente falando ‘Vamos fazer o que os turcos fizeram com eles.’ Eu ficaria bem triste se a torcida brasileira fizesse a mesma coisa. A única coisa que eu peço é que torçam com amor pra gente, mas respeitem o time inimigo. ”

As derrotas em dois Wildcards por parte da INTZ trouxe uma pressão gigantesca de toda a comunidade. Revolta contou que sabe que eles decepcionaram à todos e principalmente eles mesmos. Para não acontecer os mesmos erros, o jogador revelou que a equipe entrará no Wildcard com mais pé no chão desde o início da competição e que não irão relaxar em nenhum jogo.

Treinos durante o Bootcamp

Durante o bootcamp na Alemanha, a INTZ teve a oportunidade de treinar com adversários diretos como a Albus Nox Luna e alguns times turcos. Revolta revelou que aparentemente os russos não encaravam os treinos de uma forma séria e por isso, eles optaram em não treinar mais contra eles. Ele também disse para o Mais e-Sports que a INTZ chegou a treinar mais com a Super Massive, porém, o time turco perdeu para a Dark Passage na final da liga turca.

O jungler da INTZ apontou que a Chiefs pode surpreender nesta competição:

“Acredito que a Chiefs pode surpreender neste campeonato. O meta ajuda bastante, eles gostam de  jogar um early game forte e utilizar composições globais. A Dark Passage deve não vir tão forte por conta dos dois desfalques que eles vão ter para esse competição, porém, os dois jogadores substitutos são muito bons individualmente. ”

Ele completou e falou mais ainda sobre o bootcamp na Europa:

“Na soloQ não apanhamos tanto, mas em treino foi bem tenso. Na última semana conseguimos treinos muito bons e vimos que o nosso nível aumentou muito treinando contra times do top 3 da LCS EU. Estávamos conseguindo bons jogos e isso fez com que a gente conseguisse mais scrims com eles. ”

Dificuldades

A INTZ não foi para a Europa para passear. O time teve uma série de treinos extremamente estressante para todos os jogadores e membros da comissão técnica. Revolta falou ainda sobre as dificuldades que eles enfrentaram durante todo o bootcamp:

“Esse bootcamp foi bem diferente. Encontramos muitas dificuldades e não só dentro de jogo. Muita gente fala do nosso sucesso, mas muitos esquecem que o caminho é muito duro. Durante todo esse tempo a gente teve muitas cicatrizes que foram abertas nesse bootcamp, isso ficou evidente pra todos aqui e não foi nada fácil. Existiram momentos que eu queria só sair da sala e não queria ficar com ninguém perto de mim. Mas não podia. Isso ajudou muito a gente, a superar algumas coisas e se tornar um time melhor. Sempre que a gente viaja e encontra momentos de dificuldade a gente volta mais forte e mais unido.”

Revolta finalizou a coletiva de imprensa falando:

“Tivemos muito tempo para se preparar e o nosso foco é total nisso. É o campeonato das nossas vidas e a gente vai pra vencer, não importa o que todos falem e já provamos que estamos aqui porque a gente merece. “

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Eric Teixeira
publicado em 23 de agosto de 2016, editado há 8 anos

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