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Siege X: A visão e expectativa da equipe da Ubisoft para o futuro do Rainbow Six

Rainbow Six

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A Ubisoft lançará no dia 10 de junho Rainbow Six Siege X, nova versão de seu consagrado título de tiro tático. A atualização promete uma série de melhorias voltadas à modernização da experiência, com foco em atrair novos jogadores e reforçar o vínculo com a base veterana — que acompanha o jogo desde seu lançamento, há quase uma década.

Em evento para jornalistas realizado durante o Reload, primeiro campeonato internacional de R6 de 2025, o Mais Esports conversou sobre os planos da equipe de desenvolvedores e diretores da Ubisoft que estão por trás do novo capítulo do Siege.

“Quero que quem não joga sinta inveja”, diz Game Director do Rainbow Six

Joshua Mills pode ser o Game Director do Rainbow Six Siege, mas, antes de tudo, é um dos membros da comunidade do jogo. Ao falar sobre sua trajetória, o executivo afirmou que sempre fez parte do Siege, e acredita que cada passo em sua carreira o moldou para desenvolver um jogo ao qual sempre jogou:

Sim, Siege é um jogo muito especial pra mim. Eu jogo ele desde seu primeiro ano, então ele fez parte da minha vida antes mesmo de se tornar parte da minha carreira. Trabalhei na Ubisoft por mais de 10 anos, passando por diferentes projetos, mas o Siege sempre esteve ali, no fundo, presente durante todo esse tempo. É algo incrível.

Nunca falo muito sobre os projetos em que trabalhei antes, porque não acho que eles me definam como desenvolvedor — mas, claro, trago aspectos de cada uma dessas experiências para o que faço hoje em Siege. Sou muito grato por tudo isso.

Josh prossegue falando sobre sua paixão pelo jogo, e relembra o Six Invitational de 2024, realizado no Ginásio do Ibirapuera, que terminou com o título da W7M Esports:

Mas, em termos de impacto e escala, é realmente insano. Eu volto sempre àquele momento em São Paulo, assistindo as finais, sentindo a energia do nosso público, percebendo quantas pessoas são impactadas por esse jogo. Aquela emoção é algo único.

Sim, eu me diverti. E estou me divertindo agora só de falar sobre isso. Essa é a essência da coisa.

Foto de Joshua Mills, Game Director do Rainbow Six Siege.
Joshua Mills no Six Invitational 2025. Foto: Reprodução/Rainbow Six Esports.

Ao responder questão sobre como encarava as mudanças feitas no Siege X, e se ele encarava as alterações concentradas em acrescentar uma qualidade de vida maior ao jogo, Josh foi categórico:

Quando olhamos para a Siege X, estamos pensando na próxima fundação para os próximos dez anos. A ideia é: de onde vamos construir? Podemos melhorar a tecnologia — e foi exatamente isso que fizemos. Reconstruímos nosso sistema de iluminação, que está fantástico, e aprimoramos nosso sistema de áudio.

Essas são mudanças grandes, que levam tempo para serem feitas. Por isso, levamos três anos para construir tudo isso. Mas isso nos permite olhar para o futuro e avançar rumo à próxima base do Siege.

Também falamos sobre o rappel avançado, movimento baseado em momentos… Essas são atualizações de qualidade de vida, sim, mas também são naturais para a direção que queremos para o jogo. Nosso objetivo é que as pessoas se envolvam na ação, sem esbarrar em resistências desnecessárias.

Pegue o rappel como exemplo. Tenho certeza que você já passou por isso: você vai no rappel, chega na parede, dobra a esquina… e aí fica aquela sensação de travamento.

Por que não apenas contornar a esquina? Por que não abraçar de verdade a fantasia que estamos propondo no jogo? Isso foi muito importante para nós. O mesmo vale para o movimento baseado em momentos.

Essas pequenas adições e melhorias fazem o jogo ter mais sentido. Mantêm a ação fluida e deixam você ainda mais imerso na experiência.

Por fim, o executivo deixou claro que seguirá tendo metas ambiciosas, e que quer que aqueles que não jogam Siege, invejem a comunidade construída pelo jogo:

O que vamos tentar fazer nos próximos 10 anos — esse é um ponto importante. É até engraçado, porque falei sobre isso no Six de Montreal, quando subi ao palco pela primeira vez. Tenho dois objetivos pessoais bem claros.

Primeiro: quero que Siege seja o melhor shooter tático que existe. Sem desculpas.

Segundo: quero que todo jogador que não joga Siege sinta inveja da nossa comunidade — da forma como colaboramos, como construímos algo juntos, como cuidamos uns dos outros. Quero que sejamos um exemplo definitivo, não apenas para outras comunidades de jogos, mas para a indústria como um todo, de como se faz a coisa certa.

Foto da torcida de R6 durante o RELOAD.
Foto: Reprodução/Rainbow Six Esports Flickr.

Live Content Director detalha sistema de bans e retorno do modo Unranked no Siege X

Para Christopher Bundgen, executivo que busca direcionar e gerir as novas adições de conteúdo dentro do Siege, a missão é a mesma: criar uma fundação para a próxima década do jogo. Pensando nisso, Chris detalhou como funcionará o novo sistema de picks e bans de operadores no jogo:

Uma das mudanças que queríamos implementar no sistema de pick-and-ban era tornar os bans muito mais estratégicos. Começamos a chamar os bans que vinham sendo feitos de “bans default”, porque as pessoas acabavam banindo sempre os mesmos operadores, repetidamente.

Eram bans baseados mais na frustração do que na tática: “eu não gosto desse operador, então não quero jogá-lo”, mesmo que o outro time não tivesse intenção de usá-lo ou que ele não tivesse impacto real no meta do jogo.

Nosso objetivo era fazer com que os jogadores pensassem mais estrategicamente: onde querem defender, para onde pretendem ir, quais operadores poderiam representar um problema para o plano deles… Queríamos estimular uma abordagem mais pensada nesse sentido.

O executivo prosseguiu, e afirmou que acredita que o processo servirá, também, para educar a comunidade do jogo, e fazer com que os jogadores tenham uma visão mais estratégica e tática do Siege:

Agora, com o novo sistema em que os jogadores podem escolher um ban a cada rodada — e isso acontece em paralelo, então é bem mais rápido, como vimos no evento RELOAD —, o processo ficou muito mais dinâmico.

Os jogadores podem, por exemplo, decidir: “Ok, queremos defender no Porão, talvez devêssemos banir o Ram, porque não queremos que ele abra o chão.” Isso permite a criação de estratégias mais variadas.

Foto dos desenvolvedores do Rainbow Six Siege X.
Na foto, Christopher Bundgen (à esquerda), Alexander Karpazis (centro) e Joshua Mills (à direita). Foto: Reprodução/Rainbow Six Esports Flickr.

Ao ser perguntado sobre quais são as expectativas para o retorno do modo Unranked, e os planos para atração de novos jogadores para o Siege X, Chris afirmou que a ideia é proteger o ambiente das ranqueadas, mas sem deixar de introduzir um elemento de competição aos jogadores:

Para o Unranked, nós queríamos oferecer uma experiência competitiva para jogadores gratuitos, colocando o acesso premium como um incentivo.

Estamos oferecendo acesso ao Ranked e à Siege Cup, o que vai, por um lado, ajudar a proteger esses ambientes e limitar o acesso apenas a jogadores que venham passando por contas gratuitas, mas também abrir um elemento de competição entre esses jogadores.

Assim, eles poderão ver o que é o Siege competitivo, o que isso significa para o jogo, e então decidir se estão interessados em adquirir o acesso premium para se juntar à playlist ranqueada.

Nós temos, e continuamos tendo, um foco forte em treinamento e onboarding, porque Siege é um jogo muito difícil de aprender. O nível de habilidade é extremamente alto.

Então, como podemos diminuir a barreira de entrada sem comprometer essa escala de habilidade? O que nunca queremos fazer é baixar o nível da curva de habilidade e, com isso, empobrecer a experiência do Siege. A ideia é reduzir a dificuldade de entrada para que os jogadores possam começar no jogo e treinar contra a nossa IA.

Chris finalizou, e afirmou que além de companheiros guiados por inteligência artificial, também haverão mini-mapas nos modos de treinamento dentro do Rainbow Six:

Todos esses elementos diferentes vão permitir que os jogadores pratiquem e aprendam o Siege do seu próprio jeito, no seu tempo, e ainda sejam recompensados por esse esforço.

A esperança é que isso se traduza, eventualmente, para a experiência de PVP, o que significa que eles terão mais oportunidades de treinar, aprender e crescer dentro do Siege — mesmo fora do ambiente competitivo entre jogadores.

Foto do Reload, campeonato internacional de Rainbow Six.
Foto: Reprodução/Rainbow Six Esports Flickr.

Diretor de esports da Ubisoft prega manutenção do Brasil no topo do Rainbow Six e fomento do Tier 3 do jogo

Trazendo o foco para o competitivo no Siege X, os desejos de Leandro “Montoya” Estevam são simples: Manter o Brasil no topo do Rainbow Six e fortalecer o caminho para os talentos que surgirem no Tier 3. Para o executivo, este último é mais que um desejo — é um objetivo estratégico:

Sim, esse é um objetivo estratégico nosso para este ano e os próximos. Então, à comunidade de Rainbow Six Siege — todos aqueles que quiserem se juntar a nós — saibam que nós vamos triplicar a quantidade de campeonatos no Tier 3. Parece promessa de político, né? Mas a minha meta pessoal é triplicar a quantidade.

Mais do que isso, queremos mais do que triplicar o número de torneios de comunidade neste ano. Esses torneios serão organizados por criadores de conteúdo, influenciadores, organizações parceiras, páginas da comunidade e, por que não, por jogadores que tenham bastante penetração nas suas comunidades.

Todos terão suporte da Ubisoft — em comunicação e, possivelmente, em premiação também — para que o campeonato chegue até os nossos jogadores, e não o contrário, ou seja, que os jogadores não precisem ir até o campeonato.

A partir daí, eles também estarão sempre conectados com as nossas competições de Tier 2 e, futuramente, de Tier 1. A gente já tem essa cultura do passado, mas neste ano estamos investindo muito mais energia nisso.

Leandro "Montoya" Estevam, diretor de Esports da Ubisoft.
Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Montoya reforçou o compromisso com os campeonatos de base, e afirmou que o produto final é seguir levando equipes para a glória internacional dentro do Siege. Afinal, o Brasil já conta com 10 títulos internacionais e 13 milhões em premiação na modalidade. Para o executivo, o foco é seguir aumentando estes números:

O nosso objetivo é continuar muito próximos — ou, melhor dizendo, levar cada vez mais equipes que estão competindo aqui no LATAM e no Brasil a se tornarem campeãs de Majors e do Six Invitational. O Brasil é reconhecidamente destaque em seu desempenho dentro do jogo, e precisamos manter isso. É algo importante.

O segundo objetivo é aumentar a penetração dos campeonatos de comunidade, os campeonatos de base. Esse ponto vai receber muita atenção neste ano — uma atenção muito maior do que demos no ano passado.

O executivo finaliza, e reforça que uma das novas funcionalidades do Siege X, a aba de Esports, servirá para que os novos jogadores sigam descobrindo os campeonatos do Rainbow Six:

E, por fim, queremos trabalhar muito próximos da equipe do estúdio de Rainbow Six Siege, do jogo propriamente dito, para que as novas funcionalidades de esports que estão sendo incluídas dentro do jogo gerem bons resultados e bons campeonatos dentro da comunidade de jogadores do LATAM.

Neste ano, o Siege X traz, dentro do jogo, a nova aba de Esports. Muitos jogadores que estão no Siege talvez ainda não saibam que existem campeonatos — pode ser que ainda não tenham descoberto.

Com essa nova aba, vamos espalhar essa mensagem: todo jogador que estiver jogando aqui, no nosso território, vai ter a chance de entrar em um campeonato da forma mais fácil possível.

A ideia é trabalhar isso de maneira bem integrada para trazer o máximo de benefícios para a comunidade.

No Roadmap, apresentado pelos desenvolvedores do Siege, já foi possível acompanhar como a novidade será introduzida no Siege X:

Reload contou com pico expressivo de telespectadores na Grande Final

A comunidade de Rainbow Six esteve atenta para a primeira competição internacional do ano, que alcançou mais de 219.244 espectadores simultâneos, de acordo com dados do Esports Charts. O recorde absoluto ainda pertence ao Six Invitational 2024, que teve 521 mil espectadores no pico.

Agora, os olhos dos fãs de Rainbow Six se voltam para Munique, na Alemanha, onde irá ocorrer o Major da modalidade, em novembro deste ano. O Six Invitational 2026, por sua vez, será sediado na capital da França, Paris, em fevereiro do próximo ano, conforme anunciado pela Ubisoft.

Foto da torcida brasileira no RELOAD.
Foto: Reprodução/Rainbow Six Esports.

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Ian Teixeira

por Ian Teixeira

Publicado em 26 de maio de 2025 • Editado há 21 dias

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