Após o jogo com vitória e classificação da Ninjas in Pyjamas à final, Mity concedeu uma entrevista ao Mais Esports. O treinador da NiP falou sobre a final do Six Invitational, a sensação da classificação e a dominância das equipes brasileiras nessa edição da competição.
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Sem dúvidas, conquistar uma vaga na final da principal competição de Rainbow Six do mundo é para poucos e são apenas essas pessoas que sabem da sensação que passam pela cabeça após garantir a classificação.

Para Mity, o mais recém integrante da equipe, a conquista é “surreal”. “É surreal pensar nisso. Até porque é o primeiro campeonato que estou jogando na NiP e já estou na final do principal campeonato de Rainbow Six do mundo. Está caindo a ficha ainda”, contou ao Mais Esports.
A sensação só não é conhecida para o próprio Mity uma vez que o treinador era o único da atual equipe que não estava presente no vice-campeonato em 2020. Na ocasião, a Ninjas in Pyjamas chegou na decisão pela lower bracket e saiu, antes mesmo da partida, perdendo por um a zero.
Essa situação não irá acontecer de novo, pelo menos para os Ninjas. Por terem vencido a upper bracket, é a vez de Psycho e companhia experimentarem as vantagens. Sim, no plural. A final da lower bracket será disputada neste domingo (23), mesmo dia da final.
“No último Six Invitational, começamos na desvantagem. Já sabíamos naquela época que ter um mapa de vantagem é algo muito forte até por questão psicológica. Você perde o primeiro mapa e já tem dois pontos e precisam de um para fechar a série. Com essa vantagem para o nosso lado, ficamos muito mais tranquilo para arriscar”, comentou.

Psycho e pino foram os destaques da Ninjas in Pyjamas dentro do jogo contra o MIBR. Os jogadores foram fundamentais para que os Ninjas garantissem a vitória e a classificação à final da competição. Mity comentou a atuação de seus jogadores e elogiou pino quando afirmou que este é “um dos melhores do mundo”.
“O Psycho tem muita liberdade dentro do jogo. O diferencial dele como jogador e capitão é que ele joga muito bem assim, ele não perde o potencial por ser IGL. Sobre o pino, não tem muito o que falar, ele é simplesmente um dos melhores do mundo, é fato”, cravou.
Kamikaze, Muzi e julio vão ajudar pino e Psycho na caminhada rumo ao título do Six Invitational. Os jogadores participaram do melhor resultado do Brasil na história do Rainbow Six, o vice-campeonato no último Six Invitational.
Mesmo com seis equipes na competição geral e três entre os quatro melhores, o cenário de Rainbow Six nacional não é tão grande como League of Legends, Free Fire ou CS:GO. Uma vitória nesse mundial pode fazer com que a própria comunidade brasileira olhe com mais atenção as equipes.
Mity concordou com esse argumento e afirmou uma vitória trará mais olhos para o cenário nacional. “[O Brasil] Conseguindo ser campeão, os olhos vão ficar voltados para o país e LATAM. Todo mundo que acompanha o cenário brasileiro sabe que é muito forte, só que nunca nos provamos. A última grande aparição foi no último Six Invitational e apenas com o vice. Sendo campeão, o público de fora vai olhar mais para gente”.

A Europa e América do Norte no Six Invitational
A Europa é uma das principais regiões do Rainbow Six mundial e nessa edição do Six Invitational, as equipe não fizeram uma campanha sólida. Na entrevista, Mity comentou que a região “deixou a desejar”.
“Acho que a Europa deixou um pouco a deseja nesse Six Invitational. Achei que eles iriam vir melhor junto com a LATAM, porque trouxemos bons times, mas não esperava também que fosse nós fossemos tão dominante. Não ter nenhum europeu na disputa me surpreende”, contou.
O treinador também falou sobre a questão da Covid-19 e como isso influenciou nesse Six Invitational.
“[As outras regiões] Jogando contra eles mesmos, não forçam tantas posições e jogam safe. No NA, ficaram acostumados a jogar nessas situações e não ser tão forçados. Eles vêm para o Six Invitational e dão de cara com brasileiros que estão forçando todas as posições possíveis. Os europeus eles jogam mais na adaptação, na teamplay, mas o estilo brasileiro é único. Só jogando contra a gente para entender nosso jogo. Ficar isolado das regiões creio que foi bom para o Brasil”, disse.

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